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Vitória é Destaque

Vitória é referência na proteção à mulher: 1 ano e 4 meses sem feminicídio

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POLÍTICA & GOVERNO

Por Maya Dorietto* – Vitória / ES

Quem vive o drama da violência doméstica sabe como os dias podem ser longos, incertos, marcados pela espera por dias melhores que parecem nunca chegar. Em Vitória, essa espera ganhou outro compasso, 1 ano e 4 meses (489 dias) sem registros de feminicídio, fruto de políticas transversais que envolvem saúde, educação, assistência social, cidadania e segurança.

Guarda de Vitória participa de curso nacional de atendimento a mulheres vítimas de violência

Guarda de Vitória participa de curso nacional de atendimento a mulheres vítimas de violência / Foto: Divulgação

Enquanto a violência contra a mulher ainda faz vítimas diariamente no Brasil, a capital capixaba apresentou queda de 67% nos feminicídios no ano passado e, em 2025, não registrou nenhum caso. A última ocorrência foi em 8 de junho de 2024.

Esse resultado é fruto da conjunção de políticas públicas integradas. O prefeito Lorenzo Pazolini destaca:

“Quando ampliamos as escolas de tempo integral e criamos a Casa Rosa, estávamos atendendo a uma necessidade antiga da nossa cidade. Mas o que vemos hoje vai muito além dessas ações isoladas, é a combinação de políticas de educação, assistência social, saúde, cidadania e segurança que transforma a vida das pessoas. Mulheres com proteção, crianças com educação de qualidade, famílias amparadas, isso cria esperança e reflete em uma cidade mais segura. Vitória hoje está há mais de 1 ano e 4 meses sem registros de feminicídio e tivemos uma redução histórica nos homicídios pela metade. Políticas públicas bem planejadas e integradas têm poder de mudar vidas de verdade, e é isso que estamos construindo juntos.”

Na educação, a expansão das escolas em tempo integral, de 4 unidades em 2021 para 41 em 2025, permite que crianças permaneçam mais tempo na escola e que mães possam trabalhar ou participar de cursos profissionalizantes da Secretaria de Cidadania, Direitos Humanos e Trabalho. Além disso, programas dessa secretaria fortalecem a autoestima das mulheres, promovem capacitação, acesso à educação pelo EJA e ajudam a romper o ciclo de violência.

Na saúde, Vitória conta com uma série de atendimentos voltados à proteção da mulher, incluindo a Casa Rosa, centro de acolhimento para mulheres e famílias vítimas de violência, que oferece suporte psicológico, médico e orientação em parceria com o Cramsv (Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência), ligado à Secretaria de Cidadania e Direitos Humanos. As mulheres recebem atendimento integral, orientação para inserção no mercado de trabalho e acompanhamento psicológico, reforçando a importância de políticas que se cruzam para gerar impacto efetivo.

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Antes que um feminicídio aconteça, há sinais que qualquer pessoa pode observar, não somente a mulher em situação de violência. “Muitas vezes não se resume às agressões físicas. O silêncio, o controle, as ameaças e até a violência patrimonial fazem parte de um ciclo que precisa ser interrompido com informação, apoio e proteção”, descreve a comandante da Guarda de Vitória, Dayse Barbosa.

A Guarda de Vitória atua diariamente no enfrentamento da violência por meio de patrulhamento preventivo, monitoramento e tecnologia, como o Botão Maria da Penha / Foto: Crédito – Jansen Lube / PMV

A Guarda Civil Municipal de Vitória (GCMV) atua diariamente no enfrentamento da violência por meio de patrulhamento preventivo, monitoramento e tecnologia, como o Botão Maria da Penha. Mas reconhecer os sinais é o primeiro passo para romper o ciclo de violência.

“A violência contra a mulher vai muito além da agressão física. Ela pode ser psicológica, moral, sexual ou patrimonial. Muitas vezes, o agressor tenta isolar a vítima, controlar sua vida e enfraquecer sua autoestima. É preciso identificar esses sinais e buscar ajuda o quanto antes”, afirma Dayse Barbosa.

A comandante destaca que o combate à violência deve envolver toda a sociedade. “Não podemos colocar na conta da mulher em situação de violência toda a responsabilidade por se salvar. Precisamos prestar atenção às mulheres ao nosso redor, ligar para o 190, levá-la ã Casa Rosa, ao Cramsv ou mesmo acolher a vítima. Todos precisam ajudar a proteger as mulheres”, enfatiza.

O que fazer se você for vítima de violência:

      1.    Em caso de emergência, ligue 190.

      2.    Procure um local seguro, afastando-se do agressor.

      3.    Registre a ocorrência em uma delegacia, preferencialmente a Delegacia da Mulher.

      4.    Solicite medidas protetivas para afastamento do agressor.

      5.    Acione a rede de proteção: Cramsv e Botão Maria da Penha.

      6.    Guarde provas da violência: mensagens, fotos, áudios e exames médicos.

Botão Maria da Penha

botão do pânico

Botão do Pânico / Foto: Crédito – Josué de Oliveira

Implantado em Vitória, é entregue a mulheres com medidas protetivas de urgência. Discreto e de fácil uso, envia a localização da vítima em tempo real à Central da Guarda, garantindo resposta rápida.

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“É mais que tecnologia, é uma garantia de proteção. Nenhuma mulher está sozinha em Vitória. Nossa missão é proteger, apoiar e garantir que a vítima seja ouvida e amparada”, reforça Dayse Barbosa.

Efetivo capacitado

Identificar casos de violência, prestar escuta qualificada e oferecer acolhimento é uma rotina da GCMV. Todos os 421 guardas municipais receberam treinamento em “Atendimento a vulneráveis” e “Atendimento à Mulher em Situação de Violência” no Estágio de Qualificação Profissional (EQP) de 2025.

“A proximidade do efetivo com a comunidade é essencial para identificar riscos e agir preventivamente. As equipes estão capacitadas para intervir e acolher as vítimas com respeito”, afirma Dayse.

Casa Rosa

Foto: Crédito – Leonardo Silveira / PMV

Inaugurada em outubro de 2021, a Casa Rosa já realizou cerca de 16 mil atendimentos, com equipe multidisciplinar: médicos, psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros e técnicos de enfermagem. O atendimento inclui escuta qualificada, avaliação de risco, acompanhamento médico e psicossocial, e orientações para inserção no mercado de trabalho.

Funcionamento: segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Contato: 3332-3290, e-mail [email protected], Rua Hermes Curry Carneiro, nº 360, Ilha de Santa Maria.

Cramsv

O Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência completa 19 anos em Vitória. Ligado à Semcid, oferece atendimento psicológico, social e jurídico. Atua em rede com políticas públicas e organizações civis, promovendo acesso a direitos e apoio integral.

O primeiro atendimento é sem agendamento na Casa do Cidadão (Av. Maruípe, 2544, Itararé), de segunda a sexta, das 8h às 17h. Contatos: 98125-0138 e 3382-5464.

Educação em tempo integral

Vitória expandiu de 4 para 41 escolas em tempo integral entre 2021 e 2025. Cada escola oferece 9 horas diárias de atividades, quatro refeições para crianças nos CMEIs e alimentação completa nas EMEFs.

O currículo integrado promove desenvolvimento de múltiplas linguagens, protagonismo infantil e participação ativa. Na Educação Infantil, atende crianças de 6 meses a 5 anos, com oficinas temáticas e atividades escolhidas pelas próprias crianças. No Ensino Fundamental, atende estudantes de 6 a 14 anos, articulando BNCC com metodologias de êxito, Projeto de Vida, Protagonismo e Educação Científica.

A educação em tempo integral amplia oportunidades de aprendizagem e desenvolvimento pessoal, preparando cidadãos críticos, participativos e conscientes de seu papel na sociedade.

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* Prefeitura de Vitória / Comunicação – Conteúdo

* Foto/Destaque: Divulgação / PMV

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POLÍTICA & GOVERNO

Polícia Civil e Secretaria das Mulheres realizam projeto de combate à violência

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Por Jaqueline da Hora* – Vila velha / ES

Visando contribuir para a redução do índice de violência contra a mulher, a Secretaria das Mulheres da Prefeitura de Vila Velha firmou uma parceria com a  Divisão Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), da Polícia Civil, para realização do projeto “Homem que é Homem” no município. A solenidade de lançamento vai acontecer nesta terça-feira (14), às 14 horas, no auditório da Prefeitura de Vila Velha.

O projeto prevê a realização de palestras dirigidas a homens que foram denunciados nas delegacias por terem cometido violência contra a mulher. Durante os encontros são abordados tema a conscientização sobre a importância de repensar comportamentos e atitudes que reproduzem o machismo. A iniciativa integra as ações permanentes da Secretaria das Mulheres, que visa trabalhar de forma efetiva na prevenção e enfrentamento da violência no município.

De acordo com os dados levantados pela Gerência de Proteção à Mulher da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp), desde a implementação do projeto, no ano de 2015, aproximadamente 1.500 homens fizeram parte de ciclos do grupo reflexivo do Projeto Homem que é Homem. A reincidência está em torno de 1%.

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A secretária de Políticas Públicas para as Mulheres de Vila Velha, Lyza Herzog, afirma que o objetivo dessa ação é fortalecer o papel dos homens como aliados na construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

“O projeto ‘Homem que é Homem’ é um convite à reflexão. Queremos mostrar que ser homem de verdade é ter empatia, responsabilidade e respeito. A luta contra a violência de gênero não é apenas das mulheres, é um compromisso de todos nós”, destacou a secretária Lyza Herzog.

Projeto Homem que é Homem

Lançado em 2015 e idealizado por psicólogas e assistentes sociais da Polícia Civil, o Projeto Homem que é Homem foi desenvolvido para contribuir para a redução do índice de reincidência de violência contra a mulher no Estado do Espírito Santo.

No projeto, homens denunciados nas Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (Deam’s) são convocados a participar de um ciclo de palestras com temas voltados para a desconstrução de ideias sexistas e machistas, a fim de estimular formas pacíficas de lidar com os conflitos.

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 Serviço

Solenidade de lançamento do Projeto Homem que é Homem

Data: Terça-feira (14), às 14 horas

Local: Auditório da Prefeitura de Vila Velha – Avenida Santa Leopoldina, 840, Praia de Itaparica.

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* Prefeitura de Vila Velha /Secretaria de Políticas Públicas para Mulheres

* Foto/Destaque: Divulgação / Polícia Civil

 

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