Fraude no INSS
Governo ressarcirá segurado em julho, garante presidente do INSS
POLÍTICA & GOVERNO

Em audiência no STF, presidente do órgão, Gilberto Waller, assegurou que o governo vai iniciar o pagamento a partir do dia 24
Por Luana Patriolino* – Brasília/DF
O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Gilberto Waller, informou, ontem, que o órgão pode começar a pagar os valores descontados indevidamente de aposentadorias e pensões por entidades associativas a partir de 24 de julho. A declaração foi dada durante audiência de conciliação sobre o tema no Supremo Tribunal Federal (STF).
A Operação Sem Desconto, deflagrada, em maio, pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União (CGU), revelou que associações ofereciam e cadastravam pessoas sem autorização e com assinaturas falsas no sistema para desviar dinheiro. O esquema criminoso teria desviado mais de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.
No STF, Gilberto Waller disse que a intenção é realizar o ressarcimento de valores de forma integral “o mais rápido possível”. Segundo ele, 3.462.366 pessoas, até o momento, informaram não reconhecer descontos e pediram a devolução do dinheiro. O chefe do órgão também ressaltou as medidas já adotadas, como a abertura de investigação contra 16 entidades associativas envolvidas na fraude.
Na mesma reunião, a Advocacia-Geral da União (AGU) informou que o governo federal teria condições de ressarcir de forma imediata 1,2 milhão de beneficiários. No entanto, a secretária-geral do contencioso do órgão, Isadora Cartaxo, disse não saber detalhar quanto em dinheiro seria possível devolver neste momento. Ela fez uma comparação e afirmou que, até janeiro de 2024, o INSS havia sido alvo de 400 ações novas por mês na Justiça sobre possíveis descontos indevidos. Em maio deste ano, porém, o número chegou a 11 mil ações: crescimento de 2.650%.
“Para termos uma ideia, hoje há 4 milhões de ações previdenciárias no geral perante a Justiça. Mais de 9 milhões de descontos indevidos. Os números trazem-nos alguns parâmetros de graus que podiam chegar à judicialização. Essa judicialização tão intensa, naturalmente, traz efeitos adversos”, disse a secretária.
O advogado-geral da União, Jorge Messias, também apresentou informações sobre o aumento rápido das ações movidas sobre o caso na Justiça. “Ocorre que, enquanto estávamos organizando o processo de ressarcimento administrativo desses valores, identificamos uma litigância excessiva de inúmeras ações sendo propostas relacionadas aos descontos”, disse.
De acordo com ele, o manejo de ações ocorria com aplicação de tese e pedidos de condenação que, na avaliação da AGU, “não guardam consonância nem embasamento com a própria jurisprudência da Suprema Corte, Tribunal de Justiça”, declarou.
Segundo a CGU, 97,6% dos beneficiários ouvidos afirmam que não autorizaram os descontos mensais que foram aplicados diretamente no contracheque. A Operação da Polícia Federal revelou que o desvio bilionário contou com envolvimento de servidores, propinas e associações de fachada.
Demissão
O caso, que resultou na demissão do presidente do órgão, tem como figura central o ex-ministro da Previdência Carlos Lupi (também demitido) — ele havia sido informado do caso em 2023. O inquérito aponta indícios da prática dos crimes de corrupção passiva, inserção de dados falsos em sistema de informações e violação de sigilo funcional.
Neste mês, o ministro do STF Dias Toffoli suspendeu os pedidos de indenização decorrentes de fraude em desconto associativo que tramitam na Corte e convocou a União, o INSS, a Defensoria Pública da União (DPU) e o Ministério Público Federal (MPF) para audiência de conciliação no tribunal.
Para o magistrado, essa é a solução rápida para o caso. “Evidentemente que é a solução célere e rápida de devolução dos valores a quem de direito no presente e trágico golpe que atingiu os beneficiários da previdência — ação criminosa e desumana até não mais poder — não exime em nada quem tenha agido neste crime, incidindo em tipos penais, improbidade administrativa, entre outras responsabilidades”, escreveu Toffoli no despacho que autorizou a audiência.
Toffoli informou que, até abril de 2025, antes da deflagração da operação da PF, havia ao menos 52 mil ações individuais ajuizadas por beneficiários contra entidades associativas e o próprio INSS. Em maio, mais de 11 mil ações sobre o tema foram ajuizadas. “Nesse período de janeiro de 2024 a maio de 2025, já se totalizam mais de 65 mil ações, perfazendo um impacto estimado em quase R$ 1 bilhão”, afirmou.
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*Correio Braziliense – Conteúdo
*Foto/Destaque: Presidente do INSS / Crédito: TV Justiça – Reprodução

POLÍTICA & GOVERNO
Alunos de Vitória com autismo terão identificação bordada no uniforme

De autoria da vereadora Mara Maroca (PP), a nova Lei nº 10.183/2025 tem como objetivo facilitar a identificação e promover a inclusão, respeitando a individualidade de cada aluno com o autismo.
Por Tatiana Ribeiro – Vitória/ES
Este é mais um avanço importante na educação e na inclusão. Agora é lei! Alunos com autismo da Rede Municipal de Ensino de Vitória poderão confeccionar o símbolo mundial de conscientização do Transtorno do Espectro Autista (TEA) nos seus uniformes escolares. A Lei nº 10.183/2025, de autoria da vereadora Mara Maroca (PP), foi sancionada na última terça-feira (24/6) pelo prefeito de Vitória Lorenzo Pazolini.
O uso do símbolo será opcional. Os estudantes com TEA, matriculados na Educação Infantil e no Ensino Fundamental, poderão inserir o símbolo mundial de conscientização do TEA diretamente no uniforme, feito pela mãe, pai ou responsável legal, sem necessidade de solicitação ou autorização prévia junto à escola.
“Nosso objetivo é contribuir para uma escola mais inclusiva, sensível às necessidades de todos os estudantes, e para uma cidade mais empática, que valoriza a diversidade e o direito de aprender de forma digna e respeitosa”, destaca a vereadora Mara Maroca (PP).
Ela explica que, embora o uso de um cordão com o símbolo seja uma alternativa comum, nem todas as crianças conseguem utilizá-lo devido à hipersensibilidade sensorial. “Com essa nova lei, os responsáveis poderão optar por bordar o símbolo diretamente no uniforme, de forma sutil e respeitosa, promovendo um ambiente escolar mais acolhedor”, afirma Mara.
A vereadora expressa sua felicidade com a aprovação da lei e agradece a todos que contribuíram para essa conquista. “Só tenho gratidão à minha equipe, ao prefeito Pazolini, ao vereador Davi Esmael e aos demais colegas na construção, execução e aprovação dessa iniciativa”, conclui, reforçando seu compromisso com um mandato inclusivo, pautado pela empatia e atenção às necessidades do próximo.
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*Foto/Destaque: Prefeito Pazolini e a vereadora Mara Maroca / Crédito: : Gabriela Ferreira
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