Saúde / Alimentação
É melhor cozinhar com azeite, manteiga ou margarina? Como escolher o melhor para você
SAÚDE
Escolher o óleo de cozinha mais adequado pode ser uma tarefa difícil. Aqui estão algumas dicas para escolher a melhor opção para frituras, saladas e pratos em geral.
Por Yasmin Rufo*
As prateleiras dos supermercados estão repletas de diversos tipos de óleo de cozinha. Eles variam das garrafas mais baratas de óleo de soja, canola e girassol até os mais caros, de oliva, abacate e coco, que afirmam trazer benefícios à saúde.

Consumidora segurando uma garrafa de óleo de cozinha em frente a uma gôndola de supermercado
Os óleos e gorduras fazem parte de um debate nutricional há anos. Para tentar entender sua importância, é preciso observar os diferentes tipos de gordura que cada um deles contém.
Nem todas as gorduras se comportam da mesma forma no corpo. Algumas aumentam o colesterol e outras ajudam a reduzi-lo.
O colesterol é uma substância graxa natural produzida no fígado. Ele também pode ser encontrado em alguns dos alimentos que ingerimos.
Níveis muito altos de colesterol podem gerar acúmulo de gordura depositada nas paredes internas dos vasos sanguíneos, causando seu estreitamento ou bloqueio.
Com tantas mensagens conflitantes, saber qual produto devemos escolher, muitas vezes, pode parecer assustador.
A professora de Nutrição e Saúde Populacional Nita Forouhi, da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, conta ao programa de rádio Sliced Bread, da BBC, que nenhum óleo isoladamente detém a solução mágica para a boa saúde. Ela comenta três mitos comuns sobre os óleos de cozinha.
1. Não elimine os óleos mais baratos
Os tipos de óleo mais baratos, como o de canola e de girassol, costumam ter má fama. Há quem afirme que eles são ultraprocessados e podem causar inflamações, com consequentes prejuízos à saúde cardiovascular.
Mas não há evidências que confirmem esta afirmação.
Na verdade, estes óleos contêm baixo teor (5-10%) de gorduras saturadas prejudiciais à saúde e alto teor de gorduras mono e póli-insaturadas mais saudáveis. E as gorduras póli-insaturadas (incluindo ômega-3 e ômega-6) são essenciais para a saúde do cérebro e do coração.
Forouhi destaca que estes óleos são “absolutamente bons para nós. Não é uma mera opinião, existem muitas pesquisas a respeito.”
A professora explica que é possível reduzir o risco de doenças “quando gorduras saturadas [que podem aumentar o colesterol ruim], como manteiga, banha ou ghee, são substituídas por esses óleos”.
Óleo de canola ou girassol costuma ser mais barato, representando uma opção econômica para frituras em casa.
2. Margarina pode ajudar a reduzir o colesterol ruim

A margarina possui má reputação há anos.
Muitos de nós acreditamos que deveríamos evitá-la porque ela costumava conter gorduras trans prejudiciais, fortemente relacionadas a doenças cardiovasculares.
Mas as margarinas atuais “contêm teor de gorduras trans próximo de zero”, segundo Forouhi. “Por isso, de fato, ela pode fazer parte de uma alimentação saudável e reduzir o colesterol ruim.”
A manteiga também não deve ser totalmente eliminada do cardápio. “Se você adora manteiga na sua torrada, por exemplo, certamente pode comê-la”, orienta Forouhi.
Você pode usar manteiga e margarina para cozinhar, mas a professora recomenda substituí-las, às vezes, por óleo, que contém menos gordura saturada.
As orientações de saúde britânicas aconselham a manter a ingestão de gordura saturada abaixo de 10% das calorias. E é mais fácil atingir este nível usando óleo para cozinhar, em vez de manteiga.
3. Não use azeite de oliva para fritura de imersão
Diferentes tipos de óleo apresentam comportamento diferente quando aquecidos, o que faz com que alguns deles sejam inadequados para uso em frituras.
O azeite de oliva extravirgem, por exemplo, contém antioxidantes e compostos benéficos, mas seu baixo ponto de fumaça faz com que ele seja mais adequado para uso em saladas ou para regar pratos prontos, não para fritura de imersão.
O ponto de fumaça é a temperatura em que as gorduras do óleo começam a se decompor, liberando compostos indesejáveis que podem fazer com que o sabor do óleo fique amargo, queimado ou desagradável.
O dono de restaurante Tim Hayward conta que usa azeite de oliva comum para frituras rasas. Mas, para fritura de imersão, como batatas fritas ou peixe empanado, é melhor usar óleo de canola ou girassol, que suportam altas temperaturas sem se decomporem.
Estudos também demonstraram que os óleos aquecidos acima do seu ponto de fumaça liberam subprodutos químicos tóxicos.
Mas Forouhi afirma que este tipo de cozimento não é muito comum em casa e que estudos de saúde a longo prazo ainda demonstram que os óleos vegetais “sem exceção estão relacionados a melhores resultados para doenças crônicas”.
Quais óleos devo usar?
Se você estiver procurando uma estratégia simples de cozinha, aqui estão algumas indicações:
- Para a cozinha do dia a dia: óleo de girassol ou canola é barato, saudável e versátil. Você também pode usar azeite de oliva comum.
- Para saladas e acabamento de pratos: azeite de oliva extravirgem agrega sabor e benefícios à saúde
- Para fritura de imersão: adote um óleo com alto ponto de fumaça, como óleo de canola ou girassol.
- Para variar o sabor: use óleo de gergelim, abacate ou coco para pratos frios, se você gostar do sabor.
De forma geral, Nita Forouhi afirma que é melhor observar a dieta como um todo, sem se obcecar com qual óleo deve ser usado.
“Eu recomendaria considerar o sabor e o custo, experimentando diferentes tipos de óleo que tragam benefícios à saúde”, conclui a professora.
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* BBC News – Conteúdo
* Fotos: Reprodução / Redes Sociais
SAÚDE
Dá tempo de emagrecer até o verão? Médico responde e faz alerta sobre dietas extremas
Com pouco mais de 30 dias para o início do verão, cresce a busca por métodos rápidos de emagrecimento; especialista alerta que a pressa pode custar caro à saúde.
Faltando pouco mais de um mês para o início do verão, a corrida contra o tempo para perder peso se intensifica. Nas redes sociais, multiplicam-se receitas milagrosas, promessas de resultados em poucos dias e dietas cada vez mais restritivas. O desejo por um corpo “pronto para o verão” faz com que muitas pessoas apostem em estratégias radicais, que nem sempre são seguras.
De acordo com o médico Danilo Almeida, pós-graduado em Nutrologia pela ABRAN e em Metabolômica pela Academia Brasileira de Medicina Funcional Integrativa, o principal problema é que essas dietas extremas ignoram o funcionamento metabólico do corpo. “Quando o organismo é submetido a uma restrição calórica intensa, ele entende que está em risco e passa a economizar energia. A consequência é a redução da massa muscular e a desaceleração do metabolismo”, explica.
Dietas com cortes drásticos de calorias ou que eliminam grupos alimentares inteiros podem até provocar perda de peso rápida nas primeiras semanas, mas o efeito raramente é duradouro. Segundo o Dr. Danilo, isso ocorre porque o corpo tende a reagir a essa escassez. “O metabolismo desacelera, o apetite aumenta e, quando a dieta termina, a tendência é recuperar o peso perdido — muitas vezes com um ganho adicional de gordura corporal”, alerta.
Além do efeito sanfona, os riscos incluem deficiências nutricionais, queda de imunidade, perda de massa magra, queda de cabelo e distúrbios hormonais. Em casos mais graves, dietas mal orientadas podem causar desequilíbrio eletrolítico e alterações cardíacas. Segundo o médico, o acompanhamento profissional é essencial para evitar esses quadros. “Cada pessoa tem um metabolismo, uma rotina e um histórico diferentes. Dietas copiadas da internet ou de outras pessoas desconsideram essas variáveis e podem causar mais prejuízos do que benefícios”.
Devagar e sempre
O Dr. Danilo destaca que o emagrecimento saudável precisa estar alinhado ao metabolismo e às condições clínicas de cada indivíduo. Por isso, o ideal é que toda mudança alimentar seja feita com orientação médica e nutricional, garantindo segurança e equilíbrio. “O excesso de peso nem sempre está ligado apenas à alimentação. Pode envolver alterações hormonais, falhas metabólicas ou carências nutricionais ocultas. É fundamental identificar as causas antes de iniciar qualquer plano de perda de peso”.
Ele reforça que o emagrecimento sustentável deve combinar alimentação equilibrada, atividade física regular, controle do estresse e qualidade do sono. “Mais importante do que emagrecer rápido é emagrecer bem — com energia, saúde e manutenção dos resultados”.
7 dicas que podem te ajudar a emagrecer até o verão
O Dr. Danilo afirma que essa motivação para perder peso até o verão pode ser otimizada e inspirar mudanças de hábitos que vão refletir na balança não só nos próximos 30 dias, como também ao longo da vida. A seguir, o médico lista o que priorizar nas próximas semanas:
- Beber bastante água.Quanto mais água o corpo recebe, mais urina produz — o que reduz a retenção de líquidos e melhora a saciedade.
- Aumentar o consumo de proteínas.“A maioria das pessoas consome menos proteína do que deveria. Alimentos como carne, frango, peixe e ovos ajudam na manutenção da massa magra e aumentam a saciedade ao longo do dia.”
- Escolher carboidratos de baixa caloria.Priorizar alimentos como batata inglesa, abóbora e feijão, além de frutas leves como melancia e melão. “Evitaria sucos, mesmo naturais, porque concentram calorias. Apostaria em água com gás e limão e, ocasionalmente, no refrigerante zero”.
Mover o corpo.Para quem é sedentário, o ideal é iniciar com caminhadas leves ou moderadas três vezes por semana. Já pessoas mais ativas podem incluir dois ou três treinos aeróbicos extras. “Mais movimento significa mais queima de gordura.”
- Fazer musculação.Se ainda não pratica, começar três vezes por semana; se já pratica, aumentar a intensidade. O crescimento muscular acelera o metabolismo e favorece o gasto calórico.
- Controlar o estresse.“Tire pelo menos um dia da semana para uma atividade prazerosa, longe das telas. Estar em contato com a natureza, seja na praia ou no jardim, ajuda o corpo a sair do modo de alerta e equilibrar os hormônios.”
- Dormir melhor.Buscar de sete a oito horas de sono por noite e investir na higiene do sono: desligar telas antes de deitar, evitar refeições pesadas e manter horários regulares.
O médico reforça que cada organismo responde de forma diferente, e que o resultado mais duradouro é aquele conquistado com acompanhamento, constância e equilíbrio. “Ainda dá tempo de emagrecer até o verão, desde que o foco esteja na saúde, não na pressa. O corpo muda quando é tratado com inteligência, não com desespero”, conclui o Dr. Danilo Almeida.
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* Multiverso Comunicação – Conteúdo
* Foto/Destaque: Reprodução / Internet
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