Turbulência em solo
Apagão na torre de controle suspende pousos e decolagens no Aeroporto de Vitória
GERAL

Passageiros com viagem marcada formaram longas filas no terminal; 36 voos foram cancelados, de acordo com a Zurich
Por Guilherme Lage*
Um pico de energia na torre de controle paralisou as atividades no Aeroporto de Vitória na noite desta segunda-feira (7). De acordo com a Zurich Airport Brasil, concessionária que administra o local, pelo menos 36 voos foram cancelados. Pousos e decolagens foram suspensos desde o início da noite de ontem.
Passageiros com viagem marcada formaram filas e aguardavam a liberação do terminal para seguirem viagem. Eles não ficaram no escuro, uma vez que o saguão conta com gerador.
A EDP, concessionária de energia do Espírito Santo, também foi procurada para comentar sobre o problema e informou que não há ocorrência na rede elétrica da Distribuidora e acrescenta ainda que a instalação interna é de responsabilidade do cliente.
O motorista Francisco Airton, 50 anos, e a esteticista Osmarina Motta, 55 anos, contaram que estavam dentro do avião que seguiria para Manaus quando o comandante avisou que havia ocorrido um apagão geral no aeroporto.
“Nosso voo era as 18h, para Manaus com conexão em Brasília. Estavávamos dentro do avião quando o comandante disse que havia acontecido um apagão geral no aeroporto, mas quando a energia voltou, a torre de energia de controle não voltou. Ficamos mais de uma hora dentro do avião e fomos orientados a sair da aeronave e entrar na fila para remarcar a passagem”, disse Francisco.
Os dois são de Manaus e estavam visitando parentes em Marataízes. “Ia ter conexão em Brasília, mas com esse atraso, perdemos a conexão”, contou Osmarina.
Já a empresária Liliana Lima, 66 anos, estava indo para Belo Horizonte a trabalho. Com a paralisação, ela disse que tentaria remarcar o voo, ir para casa dormir e voltar ao aeroporto bem cedinho nesta terça-feira (08).
“Mais de 200 pessoas dentro do avião e todas tiveram que sair para saber o que vai ser feito. Foi um problema que afetou o aeroporto todo, todas as companhias. Eu teria que estar em BH às 8h desta terça para um evento, mas já vi que posso acabar perdendo. Mas vou ficar aqui na fila e tentar remarcar meu voo para amanhã bem cedinho”, contou.
A jornalista Caroline Pignaton, 45 anos, contou que teria que estar em um evento nesta terça-feira (08), em Brasília.
“Estou indo a trabalho para Brasília e teria que estar lá às 9h, para um evento que só acontece amanhã (terça). Então, se eu não conseguir embarcar, perdi todo o evento. Além disso, como estou indo a trabalho, tem reserva de hotel que já foi feita pela empresa. Tudo vai precisar ser repensado”, disse.
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* Folha Vitória – Conteúdo
* Foto/destaque: Elisa Rangel / FV

GERAL
Uerj anula título de Doutor Honoris Causa concedido ao ex-presidente Médici durante a ditadura

Conselho formado pela Comissão da Verdade e Memória da universidade decidiu de forma unânime pela revogação
Rio de Janeiro / RJ
Por unanimidade, o Conselho Universitário da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) aprovou, nesta sexta-feira (9), a revogação do título de Doutor Honoris Causa concedido em 1974, durante o período da Ditadura Militar, ao general e ex-presidente Emílio Garrastazu Médici. O parecer que embasou a decisão foi produzido pela Comissão da Verdade e Memória Luís Paulo da Cruz Nunes.
O grupo foi instituído no ano passado, a fim de ampliar e aprofundar debates e análises sobre os fatos ocorridos na Uerj durante o período da Ditadura Militar (1964-1985). O texto do Conselho aponta que o homenageado não atendia aos critérios estabelecidos no regimento para outorga da honraria: “Personalidade eminente, nacional ou estrangeira, que tenha se destacado singularmente por sua contribuição à cultura, à educação ou à humanidade”.
No relatório, a Comissão aponta ainda: “Os registros da Comissão Nacional da Verdade apontaram 180 casos de graves violações dos Direitos Humanos no período de recrudescimento ditatorial de Médici, mas estamos conscientes de que o elenco anterior já é suficiente para ratificar a proposição de retirada do Título Doutor Honoris Causa, com base no próprio argumento da legislação que o institui”.
Médici presidiu o Brasil entre 1969 e 1974 e colaborou para a edição, em 1968, do AI-5, ato institucional que representou o endurecimento da ditadura que aplicava práticas de tortura, assassinato e desaparecimento de pessoas críticas ao golpe. As universidades brasileiras, dentre elas a Uerj, também foram alvo da repressão. O documento ressalta que o ex-presidente atuou como ditador com ameaças aos opositores e silenciamento contínuo.
“Fico muito feliz. Estamos cumprindo nosso papel de reparação, num momento em que o mundo precisa entender que a defesa incondicional da democracia deve estar presente em todos os espaços”, afirmou a reitora da Uerj, Gulnar Azevedo e Silva, em seu pronunciamento na sessão do Consun.
UFRJ também anulou título do ex-presidente em 2015
Em dezembro de 2015, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) revogou o título honorário concedido a Médici no período em que foi presidente do Brasil (1969-1974). A decisão foi aprovada pelo Conselho Universitário na data em que se comemora o Dia Internacional da Declaração dos Direitos Humanos.
A revogação do título de Médici contou com o apoio dos estudantes, que fizeram um ato, pintando suas roupas e rostos de vermelho e preto, para lembrar os assassinatos e desaparecimentos de pessoas ligadas à universidade.
Médici havia recebido o título honorário da UFRJ em 1972, quando ainda era presidente da República. No mesmo período, um ginásio da faculdade de educação física, sob a gestão da nadadora Maria Lenk, foi batizado com o nome do general. A homenagem também foi retirada.
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* Informações de O Dia
* Fotos: Reproduções / Redes Sociais
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