Política / Ação do STF
Moraes mandou prender Capitão Assumção sem considerar parecer da PRG
Política
Procuradoria-Geral da República se posicionou, em documento, pelo indeferimento da prisão preventiva do parlamentar
O parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) pelo indeferimento da prisão do deputado estadual Capitão Assumção (PL) não foi considerado na decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou na última quarta-feira (28) a prisão preventiva do parlamentar do Espírito Santo.
A informação consta na própria decisão de Moraes, motivada pelo descumprimento por parte de Assumção de medidas cautelares que lhe haviam sido impostas pelo STF, entre elas a proibição de usar as redes sociais. Assumção está preso no Quartel do Comando-Geral da Polícia Militar.
“A Procuradoria-Geral da República manifestou-se pelo indeferimento do pedido de prisão do deputado estadual Lucinio Castelo de Assumção (Capitão Assumção), com manutenção das medidas cautelares já impostas, bem como a análise de dados telefônicos e telemáticos arrecadados na investigação na juntada de relatório circunstanciado no prazo de 60 dias”, diz a decisão do ministro do STF.
Procurado o advogado de defesa de Assumção, Fernando Dilen, disse que não teve acesso ao parecer da PGR e não se manifestou.
O advogado constitucionalista Flávio Fabiano para entender se havia a necessidade de Moraes acatar o parecer da PGR em sua decisão.
Segundo o jurista, o juiz, neste caso o ministro do STF, tem autonomia para dar seguimento ao pedido de prisão sem seja necessário o deferimento por parte da Procuradoria, uma vez que se trata de prisão por descumprimento de medida cautelar imposta anteriormente.
De acordo com o colunista Paulo Capelli, do Metrópoles, em documento encaminhado ao ministro, a PGR foi contra a prisão do deputado por descumprimento de medidas cautelares impostas a Assumção, em dezembro de 2022, no processo em que ele é acusado de atacar os ministros da Suprema Corte, bem como demais poderes constituídos.
No entendimento da PGR manter as mesmas medidas cautelares impostas ao deputado anteriormente, seria o suficiente.
No mesmo documento, a PRG opinou que deveria ser feita uma análise dos dados telefônicos e telemáticos [mensagens] nos aparelhos obtidos pela investigação, cujo relatório, segundo, a PGR deveria ser concluído no prazo de 60 dias.
Decisão de Moraes atende ao pedido da PGJ-ES
A prisão de Assumção atende a um pedido do Ministério Público Estadual (MPES), feito por meio da Procuradoria-Geral de Justiça do Espírito Santo (PGJ-ES), no início do ano passado.
“A conduta do investigado, narrada pelo Ministério Público do Espírito Santo, revela-se ilícita e gravíssima, constituindo ameaça ilegal à segurança do presidente da República, dos deputados federais, senadores, bem como dos ministros do Supremo Tribunal Federal, revestindo-se do intuito de, por meio de grave ameaça e violência, impedir o exercício dos poderes constituídos”, diz trecho da decisão do ministro.
Moraes continua: “As condutas do investigado, mesmo ciente da decisão judicial proibitiva, consubstanciadas em diversas postagens nas redes sociais TikTok e Kwai, revela a deliberação em burlar as ordens emanadas desta Suprema Corte. Assim, o descumprimento de qualquer das medidas alternativas implicara em prisão”.
O ministro do STF, pontua, diversas vezes, na mesma decisão, que o deputado “permanece atacando o Supremo em discurso que ultrapassa o regular exercício da liberdade expressão e tom que se presta a incitar a subversão da ordem e incentivo á quebra da normalidade da institucional”.
Na decisão consta que foram anexadas imagens que mostram que capitão Assumção realizou a publicação de vídeos no TikTok, nos dias 22 (2 postagens), 23 (3 postagens), 24 (2 postagens), 25 (2 postagens) e 26 (3 postagens), de dezembro de 2022, bem como no dia 8 de janeiro de 2023.
Na mídia publicada em 8 de janeiro, segundo os autos, o deputado “protagoniza escárnio sobre os recentes ataques antidemocráticos sofridos nas dependências físicas desta Suprema corte”, em que falava “Já dizia aquela máxima, Supremo é o povo, não é verdade?!”.
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- Informações de mídias sociais / Foto: Reprodução
Política
Sede da Câmara de Vitória será reformada
Obra está em fase de estudos; redes elétrica e tecnológica serão modernizadas
Por Julia Camim* – Vitória / ES
A sede da Câmara de Vereadores de Vitória, no bairro Bento Ferreira, será reformada após a mudança de endereço da Casa para o Centro da Capital ser cancelada. O objetivo é modernizar a estrutura física e tecnológica do edifício. As obras devem começar entre dezembro deste ano e janeiro de 2026.
A reforma é necessária porque, segundo o presidente do Legislativo Municipal, Anderson Goggi (PP), o espaço atual já não comporta as mais de 600 pessoas que circulam por lá. Para o parlamentar, isso é resultado do aumento da representatividade da Câmara.
Inaugurado em 1976, o Palácio Atílio Vivácqua compõe a Casa juntamente com o edifício Paulo Pereira Gomes, construído 2003. Lá estão o plenário, os gabinetes dos vereadores e os setores administrativos do Legislativo.
Para modernizar as construções, foi definido um grupo de trabalho para fornecer dados para o projeto de engenharia. O objetivo é otimizar o ambiente, refazer a rede elétrica e tecnológica e construir novas salas.
Segundo informações da Câmara, o Plenário, tombado como patrimônio histórico, será modificado visando à segurança e acessibilidade do público, mantendo a fachada original da construção. Já a renovação da rede elétrica é necessária para suportar as novas instalações.
Mudança para o Centro foi cancelada
Desde março deste ano, a Câmara negociava com a União a mudança da sede para o edifício Castelo Branco, que pertence à Caixa Econômica Federal, localizado no Centro de Vitória. A expectativa era se instalar no novo espaço até dezembro.
Além da necessidade de mais espaço, a mudança era justificada como uma possibilidade de fortalecer a economia local, visto que a alteração no endereço da sede do órgão contribuiria para a revitalização do bairro, movimentando os negócios da região.
Em maio, após reunião com a diretoria da Caixa, Goggi explicou que havia pedido a doação do prédio, mas como este trâmite seria mais demorado, ele propôs a cessão por 30 anos. A expectativa era receber uma resposta em poucos dias, mas o prazo se arrastou.
A negociação, no entanto, foi prejudicada pela ocupação do prédio por famílias que integram o Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM), iniciada em setembro.
Conforme explicação de Goggi, que foi a Brasília em outubro para se reunir com a direção da Caixa, “administrativamente estava tudo certo, mas politicamente havia problemas.”
“Eles disseram que cederiam (o edifício) apenas se eu me responsabilizasse por acolher as pessoas que invadiram o prédio em algum programa da prefeitura”.
Segundo o presidente, esta contrapartida é inviável para o município e injusta com as pessoas já cadastradas em programas habitacionais da prefeitura. Sendo assim, ele declinou a oferta e o acordo foi rompido.
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* Folha Vitória – Conteúdo
* Foto/Destaque: Reprodução / Internet
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