Parlamento Capixaba / Homenagem
Assembleia Legislativa presta homenagem ao ex-presidente Jair Bolsonaro
Política

Ele recebeu a maior honraria do Legislativo capixaba e título de cidadão espírito-santense
Foi um momento muito significativo para eleitores e militantes de direita, que lotaram a Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo (Ales), que homenageou, nesta sexta-feira (10), o ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL). Durante a sessão solene especial, no Plenário Dirceu Cardoso, Bolsonaro foi duplamente homenageado, com a Ordem do Mérito Domingos Martins, a mais alta honraria concedida pela Casa, e também com o título de Cidadão Espírito-Santense.
Os autores da proposição foram os deputados estaduais, Delegado Danilo Bahiense e Capitão Assumção, ambos do PL.
A Sessão e os Discursos
O deputado Bahiense foi quem presidiu a sessão e, em seu discurso, falou das realizações do governo do ex-presidente como as novas unidades do programa Minha Casa, Minha Vida, os recursos para que todos os municípios combatessem a pandemia, o Contorno de Iconha, os equipamentos para os Conselhos Tutelares, além das concessões do Aeroporto Eurico Sales e do Porto de Vitória.
O parlamentar destacou que a gestão Bolsonaro se empenhou para a construção do Contorno do Mestre Álvaro, no município de Serra e que está em fase final de construção.
Danilo Bahiense enfatizou ainda os 58,04% dos votos válidos dos capixabas ao ex-presidente no 2º turno de 2022, o que seria reconhecimento “para um presidente que se dedicou tanto ao Espírito Santo”.
“Sob a liderança do nosso presidente Bolsonaro, que foi muito perseguido e ainda continua sendo, o Brasil passou por momentos desafiadores e conseguiu enfrentá-los com coragem. Seu compromisso com valores conservadores e defesa da nossa liberdade deixaram grande legado na política nacional”, finalizou.
Outro parlamentar que também se pronunciou foi o deputado Callegari (PL) que lembrou que a Comenda Domingos Martins, que Bolsonaro iria receber, honra a memória do capixaba que participou da Revolução Pernambucana.
“Saiu daqui em 1813 para morar em Pernambuco e apenas quatro anos depois comandou a revolução contra um governo opressor, e pagou com a vida. Essa comenda representa a luta daqueles que não têm medo, como o senhor”, disse.
Lucas Polese destacou a influência de Bolsonaro para sua vida pública. “Esse é o cara que me fez olhar para dentro do sistema político e ter esperança”, afirmou. Capitão Assumção exaltou a gestão do ex-presidente na segurança pública, na infraestrutura, no meio ambiente e na gestão da pandemia do novo coronavírus.
Representando a bancada capixaba de direita na Câmara dos Deputados, falou Gilvan da Federal (PL). Além de salientar a sua admiração pelo ex-presidente, disse que ele e os demais correligionários não desistirão de tornar Bolsonaro elegível para 2026 (o Tribunal Superior Eleitoral condenou-o duas vezes por supostas condutas irregulares, tornando-o inelegível até 2030).
Já o senador Magno Malta (PL) criticou a aprovação da Reforma Tributária no Senado e a forma de repasse dos impostos para estados e municípios. “Todo o dinheiro arrecadado pelo município vai tudo para Brasília, para um caldeirão, e quem for amigo do rei vai ganhar uma barra de ouro, quem não for vai ganhar uma cesta básica”, disparou.
Entre as ações do ex-presidente no governo federal, citou a complementação das obras de transposição do rio São Francisco, a relação com o governo de Israel e a política armamentista. Por fim, criticou a decisão que tornou Bolsonaro inelegível e a prisão dos manifestantes do 8 de janeiro deste ano.
Homenageado
Após receber a comenda e o título, Jair Bolsonaro fez uso da tribuna, lembrando a idade (68 anos) e a carreira política. “Fui 2 anos vereador, 28 anos deputado federal, e depois aconteceu uma falha do sistema, nos elegemos presidente da República”.
O ex-chefe do Executivo Federal explicou que ninguém em mandato consegue, de uma hora pra outra, mudar as coisas, “é como um casamento”. Disse ainda estar muito honrado pelo reconhecimento do Parlamento capixaba, e que a forma carinhosa que vem sendo tratado em cada lugar do Brasil o comove.
Bolsonaro ainda abriu a reflexão de que o país não vive todo seu potencial. “O que é o Brasil? Metade da extensão da Rússia. Quem tem mais recursos minerais? Quem tem mais áreas agricultáveis? Quem tem mais água doce? Mais belezas naturais? Somos nós e podemos comparar proporcionalmente com qualquer outro país. Por que o Brasil não vai pra frente?”, indagou o político.
O homenageado teceu comentário ainda sobre a Reforma Tributária, aprovada nesta semana no Senado Federal. “Reforma que parte da imprensa jogou para mim a responsabilidade do fracasso, porque ela infelizmente foi aprovada, eu fui contra desde o começo”, citou. Para ele, a reforma seria injusta e ampliaria a pobreza.
Sobre o próprio mandato, Jair Bolsonaro defendeu que passou quatro anos, “juntamente com o mundo”, por sérios problemas e desafios, como a pandemia de Covid-19 e a eclosão da guerra da Ucrânia. Ele ainda citou feitos da própria gestão: criação do Pix, acesso à água no Nordeste, aumento de valor de benefício social, retirada de impostos federais sobre combustíveis, superávit fiscal em 2022, entre outros pontos.
Autoridades na mesa
Fizeram parte da Mesa, além dos mencionados, os deputados federais Messias Donato (Republicanos) e Evair de Mello (PP); os ex-deputados federais Manato e Neucimar Fraga (PP); e os deputados estaduais Adilson Espindula (PDT), Coronel Weliton (PTB), Alcântaro Filho (Republicanos) e Pablo Muribeca (Patri); além do presidente do Fórum Evangélico Nacional de Ação Social e Política (Fenasp), pastor Romerito Oliveira.
No começo da solenidade houve uma apresentação musical da cantora gospel e servidora da Ales, Danúbia Jordão. Ao final da sessão, foi realizado um momento de oração pela vida do ex-presidente.
Quem é
Jair Messias Bolsonaro é militar da reserva. Formou-se na Academia Militar das Agulhas Negras em 1977 e foi promovido a segundo-tenente. Foi paraquedista por 10 anos no Exército Brasileiro, e chegou ao posto de Capitão. A carreira política se iniciou em 1989, quando foi eleito a vereador do Rio de Janeiro. Em 1991, foi eleito deputado federal pela primeira vez, sendo reeleito por oito mandatos consecutivos. Em 2018 foi eleito presidente da República do Brasil, cargo para o qual concorreu à reeleição em 2022.
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* Com informações da ALES / Fotos/Crédito: Lucas S. Costa / Thiago Soares – FV

Política
CNJ afasta desembargador após postagem de apoio a Bolsonaro e associação de Lula ao CV

Lima Buhatem já teve suas redes sociais suspensas em outubro do ano passado
O Plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu afastar por 60 dias o desembargador Marcelo Lima Buhatem, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), por publicação de mensagens de cunho político-partidário em redes sociais. Segundo o CNJ, Buhatem compartilhou mensagens de grande alcance e postagens que questionavam a credibilidade do sistema judicial e eleitoral. Para o órgão, as publicações fomentaram a desconfiança social acerca da justiça, segurança e transparência das eleições.
Em outubro do ano passado, o desembargador chegou a ter suas redes sociais suspensas em uma decisão inédita do ministro Luis Felipe Salomão, corregedor nacional de Justiça.
Salomão alegou que o desembargador reincidiu na conduta, “mesmo depois de já instaurado procedimento investigatório” na Corregedoria.
Entre os conteúdos usados como base para o afastamento, está uma mensagem enviada por lista de transmissão no WhatsApp que associava o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao Comando Vermelho (CV).
Buhatem compartilhou uma reportagem sobre a visita de Lula a uma favela onde a polícia teria sido proibida de realizar operações acompanhada da mensagem: “Lula é convidado de honra do Comando Vermelho.”
Em outra postagem, o desembargador divulgou a capa do jornal Folha de S.Paulo com uma pesquisa do Datafolha publicada antes do primeiro turno, acompanhada do comentário: “Isso sim, tinha que está (sic) no Inquérito das Fake News! Ato contra democracia!”
A Corregedoria Nacional do CNJ identificou outras postagens, incluindo críticas a ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), questionamentos sobre a integridade do sistema eleitoral e conteúdo alinhado ao ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL).
Um dos exemplos citados é uma nota publicada por Buhatem, na condição de presidente da Associação Nacional de Desembargadores (Andes), em que ele critica os ataques do ex-deputado federal Roberto Jefferson à ministra do STF, Cármen Lúcia, mas insere comentários que, segundo a Corregedoria, indicam apoio a Bolsonaro, então candidato à reeleição.
Na nota, Buhatem chama Jefferson de “lobo solitário”, o que foi interpretado como uma tentativa de influenciar a percepção de que o ex-parlamentar agia sozinho, sem a colaboração de grupos próximos a Bolsonaro.
O termo “lobo solitário” foi usado pela Polícia Federal na conclusão do caso Adélio Bispo, autor da facada a Bolsonaro na campanha presidencial de 2018.
Em seu interrogatório, Buhatem afirmou que utilizou o termo “lobo solitário” apenas para indicar que Roberto Jefferson agiu sozinho, sem qualquer relação com Bolsonaro.
Além das publicações político-partidárias nas redes sociais, o desembargador foi investigado por suposta quebra de imparcialidade, paralisação de processos em seu gabinete e omissão sobre sua suspeição em casos envolvendo uma advogada com quem tinha vínculo de parentesco. No entanto, não foram encontradas provas suficientes para essas acusações.
Apesar de o relator do caso, conselheiro Alexandre Teixeira, ter votado pela pena de afastamento por 90 dias, a maioria do Plenário seguiu o voto divergente do conselheiro Caputo Bastos, que propôs uma penalidade de 60 dias. O julgamento ocorreu na terça-feira, 8 de abril.
Defesa
A defesa do desembargador afirmou que ele apenas “curtiu” postagens institucionais do então presidente Jair Bolsonaro, sem fazer manifestações pessoais sobre o conteúdo.
Sustentou ainda que as interações ocorreram em 2023, após o período eleitoral, o que afastaria a imputação de apoio à candidatura do agora ex-presidente.
Também negou envolvimento nos atos golpistas do 8 de janeiro e afirmou que as capturas de telas não podem, isoladamente, provar manifestações em conversas de WhatsApp.
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* Informação do Estadão – Conteúdo
* Foto/destaque: Luiz Silveira / Agência CNJ
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