Aliança Questionada
PL suspende aliança com Ciro Gomes após racha na família Bolsonaro
Política Nacional
Os três filhos do ex-presidente. Flávio, Eduardo e Carlos Bolsonaro se alinharam ao deputado cearense e afirmaram que o acordo com Ciro foi feito com o conhecimento do pai
Brasília / DF
O Partido Liberal (PL) anunciou que suspendeu as negociações com uma aliança com o ex-presidenciável Ciro Gomes no Ceará após uma reunião convocada para colocar panos quentes na briga pública entre a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e os enteados Flávio, Carlos e Eduardo Bolsonaro.

Michelle Bolsonaro questiona a possível aliança do PL com Ciro Gomes / Foto: Reprodução / PL
A crise começou no domingo, quando Michelle foi a um evento de lançamento da pré-candidatura do senador Eduardo Girão (Novo-CE) ao governo estadual, em Fortaleza, e criticou publicamente o deputado federal André Fernandes (PL-CE) pela aliança com Ciro para derrotar o PT no Estado.
As declarações pegaram mal entre os filhos do ex-presidente, que fizeram defesa pública de André e chamaram o comportamento de Michelle de autoritário. O PL então convocou a reunião na sede do partido, em Brasília.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) chamou a crise de “ruído” de comunicação, afirmou que um desentendimento do tipo não vai mais acontecer e que a articulação no Ceará está suspensa até que o partido encontre uma saída.
“(Houve) um ruído na nossa comunicação interna, já que as tratativas sobre todos os Estados do Brasil já vêm acontecendo, mas veio a público de forma muito prematura no Ceará”, afirmou Flávio a jornalistas após a reunião.
Participaram da “lavagem de roupa suja”, além de Flávio, Fernandes e Michelle, o presidente nacional Valdemar Costa Neto e o secretário-geral da sigla, o senador Rogério Marinho (RN).
Os bolsonaristas combinaram de discutir a composição das chapas e as alianças internamente a partir de agora para não levar questionamentos a público e causar novos rachas.
“Daqui para a frente, a gente vai fazer como tem que ser feito sempre: a gente conversar internamente com quem melhor conhece melhor a realidade regional. E pensar qual é a melhor forma de recolocar nosso projeto de país pra voltar a prevalecer a partir de 2027 e analisando cada cenário com muita calma. Não vai acontecer novamente”, declarou.
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- Informações O Estadão – Conteúdo
- Foto/Destaque: Reprodução / Internet
Política Nacional
“Nenhum Poder deve se julgar acima do outro”, diz Alcolumbre sobre atraso em sabatina de Messias
Em nota, o presidente do Congresso, Davi Alcolumbre (União-AP), critica a demora do Planalto em formalizar a indicação de Jorge Messias e acusa “setores do Executivo” de interferir no rito da Casa e tentar resolver divergências com “ajustes de interesse fisiológico”
Por Iago Mac Cord* – Brasília / DF
Por meio de uma nota divulgada neste domingo (30/11), o Senado Federal demonstrou perplexidade com uma suposta interferência de “setores do Executivo” no processo de sabatina de Jorge Messias, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva à vaga em aberto no Supremo Tribunal Federal (STF).
A nota, emitida pelo presidente da Casa e do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (União-AP), critica o fato de que, apesar de a escolha do presidente ter sido publicada no Diário Oficial da União, a mensagem escrita ainda não foi enviada ao Senado.
“Se é certa a prerrogativa do Presidente da República de indicar ministro ao STF, também o é a prerrogativa do Senado de escolher, aprovando ou rejeitando o nome. E é fundamental que, nesse processo, os Poderes se respeitem e que cada um cumpra seu papel de acordo com as normas constitucionais e regimentais”, diz o documento.
O Parlamento entende que essa demora busca “interferir indevidamente no cronograma estabelecido pela Casa”. Alcolumbre reafirma que o cronograma da sabatina guarda coerência com a “quase totalidade das indicações anteriores” e permite que a definição sobre o nome ocorra “ainda em 2025”.
Na nota, é destacado também que há uma “nítida tentativa de setores do Executivo de criar a falsa impressão” perante a sociedade de que divergências entre os Poderes são resolvidas por “ajustes de interesse fisiológico, com cargos e emendas”. O Senado disse considerar essa tática “ofensiva” não apenas ao presidente do Congresso, mas “a todo o Poder Legislativo”.
“Em verdade, trata-se de um método antigo de desqualificar quem diverge de uma ideia ou de um interesse de ocasião. Nenhum Poder deve se julgar acima do outro, e ninguém detém o monopólio da razão. Tampouco se pode permitir a tentativa de desmoralizar o outro para fins de autopromoção, sobretudo com fundamentos que não correspondem à realidade”, acrescentou Alcolumbre.
Confira a nota completa abaixo:
“É nítida a tentativa de setores do Executivo de criar a falsa impressão, perante a sociedade, de que divergências entre os Poderes são resolvidas por ajuste de interesse fisiológico, com cargos e emendas. Isso é ofensivo não apenas ao Presidente do Congresso Nacional, mas a todo o Poder Legislativo.
Em verdade, trata-se de um método antigo de desqualificar quem diverge de uma ideia ou de um interesse de ocasião.
Nenhum Poder deve se julgar acima do outro, e ninguém detém o monopólio da razão. Tampouco se pode permitir a tentativa de desmoralizar o outro para fins de autopromoção, sobretudo com fundamentos que não correspondem à realidade.
Se é certa a prerrogativa do Presidente da República de indicar ministro ao STF, também o é a prerrogativa do Senado de escolher, aprovando ou rejeitando o nome. E é fundamental que, nesse processo, os Poderes se respeitem e que cada um cumpra seu papel de acordo com as normas constitucionais e regimentais.
Feita a escolha pelo Presidente da República e publicada no Diário Oficial da União, causa perplexidade ao Senado que a mensagem escrita ainda não tenha sido enviada, o que parece buscar interferir indevidamente no cronograma estabelecido pela Casa, prerrogativa exclusiva do Senado Federal.
Aliás, o prazo estipulado para a sabatina guarda coerência com a quase totalidade das indicações anteriores e permite que a definição ocorra ainda em 2025, evitando a protelação que, em outros momentos, foi tão criticada.
Portanto, o que se espera é que o jogo democrático seja conduzido com lisura. Da parte desta Presidência, absolutamente nada alheio ao processo será capaz de interferir na decisão livre, soberana e consciente do Senado sobre os caminhos a serem percorridos.
Davi Alcolumbre
Presidente do Senado Federal e do Congresso Nacional”
- Correio Braziliense – Conteúdo
- Foto/Destaque: Crédito – Geraldo Magela / Agência Senado
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