O Favorito foi Eleito
Hugo Motta é eleito presidente da Câmara dos Deputados com amplo apoio parlamentar
Política Nacional
Por Maria Carolina Marcello*
Brasília / DF
Deputados confirmaram neste sábado a já esperada eleição de Hugo Motta (Republicanos-PB) para presidente da Câmara pelos próximos dois anos, com um amplo leque de apoio que reuniu em torno do parlamentar tanto o PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quanto o PL, principal partido da oposição.

Fontes próximas ao deputado, conhecido por cultivar um bom trânsito com os mais variados setores da política, afirmam que ele não deve oferecer dificuldades ao governo e deve auxiliá-lo nas pautas econômicas consideradas prioritárias, como projeto de isenção do imposto de renda aos que ganham até 5 mil reais por mês, a tributação sobre os chamados super ricos e a reforma da previdência dos militares, além de eventuais novas medidas fiscais a serem editadas pelo Executivo.
O novo presidente da Câmara, que já está no quarto mandato, iniciou sua carreira política em Brasília sob a tutela de outro presidente da Câmara, Eduardo Cunha (MDB-RJ), que, em 2016, liderou o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, sucessora escolhida por Lula após seus dois primeiros mandatos.
Em 2015, Motta foi presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou denúncias de corrupção na Petrobras e, em 2023, foi relator da PEC dos Precatórios, segundo a Agência Câmara de Notícias.
Além dele, também concorreram à Presidência da Câmara, como candidatos avulsos, os deputados Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ) e Marcel Van Hattem (Novo-RS).
Hattem obteve 31 votos, enquanto Vieira recebeu 22.
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* Reuters – Reportagem adicional de Ricardo Brito
* Foto/Destaque: Sony Lacerda / Agência Câmara
Política Nacional
Lula classifica como ‘desastrosa’ megaoperação contra o Comando Vermelho
Essa foi a primeira vez que o presidente brasileiro comentou a megaoperação realizada pela Polícia Civil e Militar do Rio de Janeiro, que resultou em pelo menos 121 mortos e 112 presos
Belém / PA
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou como “matança”, nesta terça-feira (4/11), a megaoperação realizada na semana passada no Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho.
“O dado concreto é que a operação, do ponto de vista da quantidade de mortes, as pessoas podem considerar um sucesso, mas do ponto de vista da ação do Estado, eu acho que ela foi desastrosa, foi um massacre”, afirmou o presidente, em entrevista a agências internacionais em Belém.
O presidente também relatou que o governo federal deverá investigar possíveis irregularidades nas mortes resultadas pelo confronto.
“Estamos tentando ver se é possível os legistas da Polícia Federal participarem do processo de investigação da morte. A decisão do juiz era uma ordem de prisão (aos suspeitos mortos na operação). Não tinha ordem de matança e houve uma matança. É importante a gente verificar em que condições ela se deu (o combate)”, acrescentou o presidente.
Essa foi a primeira vez que o presidente brasileiro comentou a megaoperação realizada pela Polícia Civil e Militar do Rio de Janeiro, que deixou ao menos 121 mortos e 112 presos. Antes do pronunciamento de Lula, ministros do Palácio do Planalto já haviam criticado a ação policial.
Guilherme Boulos, titular da Secretaria-Geral da Presidência da República, questionou os métodos empregados pela polícia fluminense no combate às facções criminosas.
Para ele “a cabeça do crime organizado desse país não está no barraco de uma favela, muitas vezes está na lavagem de dinheiro lá na Faria Lima (avenida conhecida como centro financeiro de São Paulo), como vimos na Operação Carbono Oculto da Polícia Federal”.
Governador do Rio chama megaoperação de “sucesso”
Apesar das críticas do presidente da República, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), classificou a megaoperação como um “sucesso”. Ele se reuniu na segunda-feira (3/11) com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e afirmou que a conduta policial seguiu preceitos “constitucionais”.
“Temos muita tranquilidade para defender tudo que fizemos ontem, no dia da operação. Quero me solidarizar com a família dos quatro guerreiros que deram a vida para proteger a população. De vítimas, ontem, só tivemos esses policiais”, disse Castro em coletiva realizada na semana da operação.
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* Correio Braziliense – Conteúdo
* Foto/Destaque: Crédito – Reuters
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