Política
Projeto de ampliação da Unidade de Saúde de Jardim Camburi motivou embate entre deputado e prefeito
Política / Municipal

Por Paulo Borges
O cenário parece de preparação para a disputa das eleições do próximo ano, especificamente na intenção de cooptar os votos do maior colégio eleitoral de Vitória, o bairro Jardim Camburi. Como pano de fundo, as eleições para prefeito de Vitória.
Nesse imbróglio, o fator em questão é a Unidade Básica de Saúde, Raul Oliveira Neves. É unânime a necessidade de ser ampliada e também a construção de – pelo menos – mais duas unidades no bairro em função do crescimento da sua população, uma vez que a atual está sobrecarregada diante da grande demanda.
Nos oito anos de mandato do ex-prefeito Luciano Resende, a demanda da necessidade de ampliação da UBS de Jardim Camburi foi levada pelas duas associações do bairro, Amojac e Acjac. O vereador à época era o atual deputado estadual, Fabrício Gandini (Cidadania) que, sendo morador do bairro encampou essa solicitação e passou a cobrar do executivo a ampliação daquela unidade. Com o tempo, o projeto foi elaborado e a conversa nos bastidores era que os recursos estavam assegurados advindos de um banco de desenvolvimento, o BID.
Na ocasião, a comunidade, através de suas associações foram chamadas a opinar sobre a possibilidade da ampliação se estender ao trecho da rua Silvino Grecco, ao lado da UBS Raul Oliveira Neves.
Recentemente aconteceu uma audiência pública, cujo autor foi o vereador, André Moreira (PSOL), quando representante da municipalidade apresentou novo projeto de ampliação da unidade, elaborado pela administração do prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos).
De acordo com o vereador Maurício Leite (Cidadania), a nova administração da capital, assim que o prefeito assumiu, todos os projetos e contratos celebrados pela gestão anterior foram suspensos, revisados ou cancelados. Nesse pacote de iniciativa supostamente saneadora, estava o da ampliação da Unidade Básica de Saúde de Jardim Camburi. Novo projeto foi elaborado e a Prefeitura garante que os procedimentos para a sua execução devem acontecer no segundo semestre deste ano. A celeuma que se criou entre o deputado Gandini e o prefeito Pazolini, foi o fato da assessoria do chefe do executivo dizer que não havia projeto de ampliação da UBS antes de ser elaborado esse novo. Sendo assim não haveria a necessidade de ser elaborado o atual. Essa declaração levou o parlamentar a afirmar que existia projeto desde a gestão anterior e que não haveria a necessidade de um novo gasto desnecessário. E disse mais: que a iniciativa tardia do prefeito é puramente uma ação eleitoreira. Vale destacar que um é pré-candidato a prefeito e o outro vem para a reeleição. Para o eleitorado, que acompanha a política da capital, tem fundo de verdade essa disputa de quem fez e faz mais pelo bairro. Mas, o que interessa para os moradores de Jardim Camburi é a destinação dos pesados impostos que deixam nos cofres da Prefeitura, e como consequência, receberem as benfeitorias para o bairro que proporcionem melhor qualidade de vida para todos.
Em 2026 haverá eleição municipal e a tendência é o acirramento dessas disputas eleitorais ou eleitoreiras. Até lá, o ensaio do que vai advir…
* Foto: Reprodução / Foto da UBS: Equipe Pauta 1

Política / Municipal
Câmara de Vitória aprova projeto para disciplinar medidas em caso de ocupação irregular de imóveis públicos ou privados

Vitória / ES
A Câmara Municipal de Vitória aprovou, em sessão ordinária dia 15 deste mês de setembro, o projeto de lei que disciplina medidas administrativas a serem adotadas pelo Município em casos de ocupação irregular de imóveis públicos ou privados. A proposta seguiu para sanção do prefeito Pazolini (Republicanos).
O texto do projeto define ocupação irregular como a permanência em imóvel sem autorização do proprietário ou do Poder Público, quando houver decisão judicial ou administrativa que determine a desocupação. Também prevê sanções em casos de ocupação com violência, grave ameaça ou em grupo.
Entre as penalidades previstas estão multa de até R$ 50 mil, proibição de celebrar convênios com o município e suspensão do acesso a programas municipais de habitação social. O projeto ainda estabelece que pessoas condenadas por decisão judicial transitada em julgado por invasão ou ocupação irregular fiquem proibidas, pelo prazo de cinco anos, de participar de concursos públicos ou assumir funções na administração municipal.

Armandinho Fontoura (Da Federal), do PL
Segundo o autor da lei, vereador Armandinho da Federal (PL), a proposta busca dar ao Município instrumentos legais mais claros para lidar com uma situação que tem se agravado em todo o país. “Apresentamos este projeto com o objetivo de criar, no âmbito do Município de Vitória, instrumentos administrativos para enfrentar de forma mais eficaz as ocupações irregulares de imóveis, sejam eles públicos ou privados. A proposta está alinhada com os princípios constitucionais e respeita a divisão de competências prevista na Constituição Federal”, afirmou.
Durante a discussão do projeto, parlamentares também trouxeram à tona questões relacionadas à política habitacional do município. O vereador Professor Jocelino (PT) defendeu que o tema precisa ser enfrentado com seriedade e criticou os limites atuais do bônus moradia.
“Gostaria de chamar a atenção para a necessidade de discutir a política pública de habitação e, em especial, o valor do bônus moradia. Reconheço que o valor é significativo, mas a especulação imobiliária em Vitória é tão alta que as famílias não conseguem adquirir imóveis dentro desse limite. Tanto é que temos recebido convites para entregas de moradias compradas com o bônus da prefeitura de Vitória em outros municípios”, declarou.

Anderson Goggi (PL), presidente da Câmara
O presidente da Câmara, Anderson Goggi (PP), também se manifestou. Ele destacou que o enfrentamento das invasões precisa ser feito com equilíbrio, mas com firmeza na defesa do patrimônio coletivo.
“Alguns dos invasores já estão, inclusive, cadastrados e recebem benefícios do poder público. Ainda assim, colocam em risco o patrimônio da sociedade. Sempre defendi a moradia digna, pública e acessível — mas que seja construída de forma democrática e respeitosa, sem distorções. Independentemente de ideologias, a régua precisa ser a mesma para todos. Quem invade patrimônio público deve arcar com as consequências. Nosso objetivo é garantir justiça, equilíbrio e respeito às regras — para proteger o interesse coletivo e assegurar políticas habitacionais que realmente atendam quem mais precisa”, afirmou.
O projeto agora aguarda sanção do prefeito para entrar em vigor e integrar o conjunto de normas voltadas à organização urbana e à proteção do interesse coletivo em Vitória.
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* Fonte: Câmara Municipal de Vitória
* Foto/Destaque:
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