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Novas indústrias serão instaladas em portos no Espírito Santo

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Em Aracruz, estão previstos condomínios industriais, galpões e nova planta da Excim, e o Porto Central terá estaleiro e termelétrica

Por João Vitor Gomes* – Vitória / Es

Pelo menos 13 empresas já confirmaram a intenção de se instalar ou operar em áreas de portos em implantação no Espírito Santo. Os projetos são para o Porto Central, em Presidente Kennedy; o Porto da Imetame e a retroárea do Parklog/ES, em Aracruz.

No Porto Central, há o projeto de um estaleiro a ser instalado pela M.A.R.S. Europe A/S, indústria de descomissionamento e reciclagem de navios; além de uma termelétrica nomeada como UTE Sudeste.

Já a Praxys, consultoria especializada em negócios e transações financeiras, firmou memorando de entendimento para operar o terminal de contêineres no Porto Central, “um dos maiores da América Latina”, como classifica a empresa.

Já em Aracruz, a previsão é de instalação de pelo menos oito estruturas dentro ou em áreas próximas à região portuária, segundo a prefeitura. Entre elas estão dois condomínios, industriais ou logísticos, segundo o subsecretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Eduardo Ramos. Atualmente, a empresa realiza estudos para pedir o licenciamento ambiental.

A Excim, do grupo Focus Têxtil, é outra. A empresa está terminando a terraplanagem e inicia, nos próximos meses, as obras estruturais de uma planta industrial. Segundo o subsecretário, a empresa escolheu o município pela proximidade com o Porto da Imetame.

“Querem importar matéria-prima pelo porto. Mas não descartam, no futuro, uma abertura comercial (para exportação)”, conta.

Três galpões independentes, de uma só empresa, também fazem parte dos investimentos previstos com foco nas operações portuárias em Aracruz. A estrutura será construída às margens da BR-101, próximo ao distrito de Guaraná.

“Será um para montagem de kits de energia solar, o outro para fabricação de tecidos, e o terceiro ainda será definido, mas deve ser aberto para algum investimento em centro de distribuição”, afirma.

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Na área da Zona de Processamento de Exportação (ZPE), dois empreendimentos foram aprovados para instalação: o Imetame Pedras Naturais, voltado à exportação de rochas ornamentais, e o Biomasstruts, do setor de bioenergia.

Empresas de diversos outros segmentos, tais como agronegócio, automotivo, entre outros, também têm consultado a Imetame, administradora da ZPE, com foco no desenvolvimento de projetos para o local, afirma a empresa.

Saiba quais são as empresas:

  1. Excim

Indústria de tecidos do grupo Focus Têxtil, a empresa escolheu Aracruz pela proximidade com o Porto da Imetame, afirma Ramos. Ela vai importar matéria-prima e pretende, no futuro, exportar. Atualmente estão terminando a terraplanagem e iniciam, nos próximos meses, as obras estruturais.

  1. Imetame Pedras Naturais

Indústria do grupo Imetame voltada à exportação de rochas ornamentais. Ela ficará instalada na área da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) de Aracruz, administrada pela empresa.

  1. Biomasstruts

Startup do setor de bioenergia, nascida no ecossistema de inovação da Universidade de Harvard, que também vai se instalar na ZPE de Aracruz. Irá produzir pellets de madeira, biocombustível sólido feito a partir do pó de serra.

4 e 5. Galpões logísticos

As estruturas serão construídas em Aracruz, segundo afirmou o subsecretário de Desenvolvimento Econômico, Eduardo Ramos.

6 e 7. Condomínios

Serão estruturas voltadas à indústria ou ao setor logístico, a serem instaladas na retroárea do Parklog/ES em Aracruz. A empresa responsável está entrando com licenciamento ambiental.

8 a 10. Galpões independentes

Também em Aracruz, serão um para montagem de kits de energia solar, outro para fabricação de tecidos e um terceiro possivelmente funcionará como centro de distribuição. Ficará às margens da BR-101, próximo ao distrito de Guaraná.

  1. M.A.R.S. Europe A/S

É um estaleiro multinacional que atua para o ramo de petróleo e gás e se define como “empresa líder em reciclagem e descomissionamento” e está previsto para o Porto Central, em Presidente Kennedy.

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A indústria fornece suporte completo ao ciclo de vida no descomissionamento, desmontagem e reciclagem em larga escala de plataformas de todos os tipos de embarcações.

  1. UTE Sudeste

Projeto de termelétrica que está sendo desenvolvido para ser construída na área do porto, com o objetivo de abastecer operações industriais.

A Usina terá capacidade de 3.900 MW, composta por seis turbinas de 650 MW cada.

O empreendimento está em fase de licenciamento junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

13. Praxys

Assinou um Memorando de Entendimento (MoU) para dar origem a um dos maiores terminais de contêineres da América Latina. Será no Porto Central, em Presidente Kennedy.

ZPE e Parklog/ES

A Zona de Processamento de Exportação é uma área de livre comércio destinada à instalação de empresas voltadas à produção de bens a serem comercializados no exterior, sendo consideradas zonas primárias para efeito de controle aduaneiro.

As empresas que se instalam em Zonas de Processamento de Exportação (ZPEs) têm acesso a tratamentos tributários, cambiais e administrativos específicos.

O modelo foi estabelecido em 1988, a partir do processo de maior internacionalização da economia brasileira e de aprimoramentos da legislação sobre o tema.

Já o ParkLog/ES é uma região administrativa, que integra Aracruz, Serra, Colatina, João Neiva, Ibiraçu, Fundão, Jaguaré, Marilândia, Sooretama e Linhares, para a qual está sendo estimulada a atração de investimentos voltados às atividades dos portos capixabas — importação e exportação.

O complexo logístico está no centro de uma rota estratégica e conta com três portos, três aeródromos, a ZPE e benefícios fiscais e tributários da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), do governo do Estado e dos municípios.

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* A Tribuna – Conteúdo

* Foto/Destaque: Projeto do Porto Imetame, em Aracruz / Crédito: Imetame

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Economia

Safra de café no Espírito Santo deve crescer 23% em 2025

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A produção de café no Espírito Santo deve atingir 17,07 milhões de sacas em 2025, segundo o terceiro levantamento de safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado neste mês de setembro. O resultado representa alta de 23,2% em relação a 2024, confirmando a força capixaba no setor.

O crescimento é puxado pelo café conilon, cuja produção está estimada em 13,8 milhões de sacas, o equivalente a 68,9% da safra nacional. Em comparação ao ciclo anterior, o conilon capixaba registra alta de 40,3%, com produtividade média de 53,5 sacas por hectare, sendo o melhor desempenho dos últimos anos.

Já o café arábica, cultivado principalmente no sul do Estado, deve somar 3,26 milhões de sacas, o que representa queda de 18,8% em relação a 2024. A redução é explicada pela bienalidade produtiva, quando as lavouras priorizam a recuperação vegetativa em detrimento da produção de frutos.

De acordo com a Conab, a ausência do fenômeno El Niño, as chuvas mais regulares e a recuperação das reservas hídricas foram fatores decisivos para o desempenho positivo da safra de conilon. A região norte, principal polo produtor, apresentou lavouras com boa sanidade, recuperação vegetativa e pegamento satisfatório dos frutos.

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O secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca, Enio Bergoli, ressaltou a importância estratégica da safra para a economia capixaba.

“O Espírito Santo mantém a liderança na produção de café conilon e mostra a força da nossa cafeicultura. Os dados oficiais da Conab indicam um recorde para o nosso Estado. No entanto, é importante destacar que estatísticas do setor privado apontam números ainda maiores, podendo a safra capixaba chegar ao total de 22 milhões de sacas, sendo 19 milhões de sacas de conilon”,
destacou Bergoli.

A colheita do conilon, iniciada em abril, já está na reta final, com mais de 90% da área colhida. No caso do arábica, cerca de três quartos da área já foi colhida até agosto, com previsão de encerramento até outubro.

Com o novo levantamento, o Espírito Santo reforça seu papel como líder nacional na produção de café conilon e segundo maior produtor de café do Brasil, sendo peça central no abastecimento interno e nas exportações do grão.

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* Fonte: Seag / Assessoria de Comunicação – Conteúdo

* Foto/Destaque: Reprodução / Seag

 

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