Medicina & Saúde
Mitos e verdades: conheça alguns alimentos que podem sobrecarregar os rins
SAÚDE
A alimentação é um fator muito importante na manutenção da saúde renal. De acordo com a médica Ângela Santos, nefrologista da Uninefron, isso ocorre porque determinados alimentos podem influenciar de forma benéfica, e outros não, o funcionamento dos rins. “A ingesta de alguns produtos ajuda na preservação das funções renais, enquanto outros colaboram para o surgimento de problemas como a doença renal crônica, por exemplo. É preciso ficar atento na hora das refeições”, alerta a especialista.
Ângela Santos (foto) explica ainda que é fundamental conhecer os alimentos que estão sendo ingeridos para saber se são benéficos ou prejudiciais aos rins. “A maior parte da população desconhece a importância de rins saudáveis para a funcionalidade de todos os órgãos e, quando se fala em nutrição saudável para a prevenção de doenças, as patologias mais lembradas são hipertensão e diabetes. O que muita gente não sabe é que essas doenças crônicas podem evoluir e serem prejudiciais aos rins”, garante.
Para ajudar a esclarecer o que é mito e verdade sobre alimentos que influenciam diretamente a função renal, a médica Ângela Santos nos ajudou a separar algumas situações cotidianas que podem indicar ou agravar problemas renais:
Tomar leite ajuda a formar cálculo renal?
MITO – Os cálculos renais são formados prevalentemente por cálcio, por isso há a ideia incorreta de que o leite e seus derivados devem ser excluídos da dieta. O leite é um importante alimento e seu consumo diário pode até inibir a formação das pedras, por reduzir a absorção do oxalato no intestino, sendo então liberado como oxalato de cálcio. Vale lembrar também que a falta do alimento pode causar osteoporose e outros prejuízos para a funcionalidade renal.
Todas as frutas podem ser consumidas sem restrições?
MITO – Algumas frutas podem, sim, ser benéficas para o trato renal, como a laranja e o limão, que são ricos em ácido cítrico, e atuam como agentes preventivos na formação de cálculos renais. No entanto, outras frutas podem ser prejudiciais aos rins, como a carambola, que possui a enzima caramboxina, que não é filtrada pelos rins e pode atingir o cérebro, causando confusão mental, vômitos e convulsões. É preciso ponderar o uso de cada fruta e consumir somente quantidades moderadas de cada uma.
Que frutas são essas, que precisamos comer com maior moderação?

ATENÇÃO – Não só frutas, mas outros alimentos devem ser consumidos com moderação. Um exemplo são os produtos ricos em potássio, que pode ser danoso para pacientes renais crônicos. Geralmente eles são encontrados na banana, abacate, mamão, melão e uvas, além de grãos como feijão, ervilha e grão de bico, frutas secas e oleaginosas, chocolates e cafés. Portanto, esses itens também devem ser ingeridos com cautela por esses pacientes.
Sal em excesso pode causar pedra nos rins?
VERDADE – Quando consumido em excesso, o sal contribui para uma maior eliminação de cálcio do organismo, podendo gerar uma supersaturação da substância nos rins, o que pode levar à formação das pedras. O sódio contido no sal também pode afetar a pressão arterial, prejudicando os vasos sanguíneos dos rins e, consequentemente, suas funções.
Pacientes renais crônicos podem ingerir água à vontade?
MITO – O consumo exagerado de líquidos por parte de pacientes renais crônicos pode, muitas vezes, causar aumento da pressão arterial, edemas no corpo e em casos graves congestão pulmonar, podendo causar dificuldade respiratória. Por isso, é preciso consumir um volume correto, indicado por um médico nefrologista.
Um copo ou uma taça de bebida alcoólica pode fazer mal aos rins?

DEPENDE – Estudos mostraram que a prevalência de patologias renais, como a doença renal crônica, pode ser menor em pacientes que consomem uma taça pequena de vinho por dia. No entanto, o consumo exagerado do álcool provoca o efeito contrário: em excesso, bebidas alcoólicas podem causar hipertensão, doença que causa ou agrava cenários de problemas renais. Por isso, o consumo deve ser evitado ou moderado, sempre evitando exageros. A ingesta de álcool sem moderação também pode causar prejuízo ao fígado, coração e outros órgãos do corpo.
Alimentos ultraprocessados prejudicam diretamente os rins?
VERDADE – Alimentos como presunto, mortadelas, bacon, salsichas, queijos amarelos, margarinas e manteigas, enlatados e peixes salgados, como sardinha e atum em conserva, são ricos em sódio, substância já citada anteriormente pela capacidade prejudicial aos rins. Portanto, esses produtos devem ser consumidos com moderação, com atenção individual ao quadro clínico apresentado.
- Informações Dra. Ângela Santos (Nefrologista)
- Foto/Destaque: Ilustração – Getty Images
SAÚDE
Dá tempo de emagrecer até o verão? Médico responde e faz alerta sobre dietas extremas
Com pouco mais de 30 dias para o início do verão, cresce a busca por métodos rápidos de emagrecimento; especialista alerta que a pressa pode custar caro à saúde.
Faltando pouco mais de um mês para o início do verão, a corrida contra o tempo para perder peso se intensifica. Nas redes sociais, multiplicam-se receitas milagrosas, promessas de resultados em poucos dias e dietas cada vez mais restritivas. O desejo por um corpo “pronto para o verão” faz com que muitas pessoas apostem em estratégias radicais, que nem sempre são seguras.
De acordo com o médico Danilo Almeida, pós-graduado em Nutrologia pela ABRAN e em Metabolômica pela Academia Brasileira de Medicina Funcional Integrativa, o principal problema é que essas dietas extremas ignoram o funcionamento metabólico do corpo. “Quando o organismo é submetido a uma restrição calórica intensa, ele entende que está em risco e passa a economizar energia. A consequência é a redução da massa muscular e a desaceleração do metabolismo”, explica.
Dietas com cortes drásticos de calorias ou que eliminam grupos alimentares inteiros podem até provocar perda de peso rápida nas primeiras semanas, mas o efeito raramente é duradouro. Segundo o Dr. Danilo, isso ocorre porque o corpo tende a reagir a essa escassez. “O metabolismo desacelera, o apetite aumenta e, quando a dieta termina, a tendência é recuperar o peso perdido — muitas vezes com um ganho adicional de gordura corporal”, alerta.
Além do efeito sanfona, os riscos incluem deficiências nutricionais, queda de imunidade, perda de massa magra, queda de cabelo e distúrbios hormonais. Em casos mais graves, dietas mal orientadas podem causar desequilíbrio eletrolítico e alterações cardíacas. Segundo o médico, o acompanhamento profissional é essencial para evitar esses quadros. “Cada pessoa tem um metabolismo, uma rotina e um histórico diferentes. Dietas copiadas da internet ou de outras pessoas desconsideram essas variáveis e podem causar mais prejuízos do que benefícios”.
Devagar e sempre
O Dr. Danilo destaca que o emagrecimento saudável precisa estar alinhado ao metabolismo e às condições clínicas de cada indivíduo. Por isso, o ideal é que toda mudança alimentar seja feita com orientação médica e nutricional, garantindo segurança e equilíbrio. “O excesso de peso nem sempre está ligado apenas à alimentação. Pode envolver alterações hormonais, falhas metabólicas ou carências nutricionais ocultas. É fundamental identificar as causas antes de iniciar qualquer plano de perda de peso”.
Ele reforça que o emagrecimento sustentável deve combinar alimentação equilibrada, atividade física regular, controle do estresse e qualidade do sono. “Mais importante do que emagrecer rápido é emagrecer bem — com energia, saúde e manutenção dos resultados”.
7 dicas que podem te ajudar a emagrecer até o verão
O Dr. Danilo afirma que essa motivação para perder peso até o verão pode ser otimizada e inspirar mudanças de hábitos que vão refletir na balança não só nos próximos 30 dias, como também ao longo da vida. A seguir, o médico lista o que priorizar nas próximas semanas:
- Beber bastante água.Quanto mais água o corpo recebe, mais urina produz — o que reduz a retenção de líquidos e melhora a saciedade.
- Aumentar o consumo de proteínas.“A maioria das pessoas consome menos proteína do que deveria. Alimentos como carne, frango, peixe e ovos ajudam na manutenção da massa magra e aumentam a saciedade ao longo do dia.”
- Escolher carboidratos de baixa caloria.Priorizar alimentos como batata inglesa, abóbora e feijão, além de frutas leves como melancia e melão. “Evitaria sucos, mesmo naturais, porque concentram calorias. Apostaria em água com gás e limão e, ocasionalmente, no refrigerante zero”.
Mover o corpo.Para quem é sedentário, o ideal é iniciar com caminhadas leves ou moderadas três vezes por semana. Já pessoas mais ativas podem incluir dois ou três treinos aeróbicos extras. “Mais movimento significa mais queima de gordura.”
- Fazer musculação.Se ainda não pratica, começar três vezes por semana; se já pratica, aumentar a intensidade. O crescimento muscular acelera o metabolismo e favorece o gasto calórico.
- Controlar o estresse.“Tire pelo menos um dia da semana para uma atividade prazerosa, longe das telas. Estar em contato com a natureza, seja na praia ou no jardim, ajuda o corpo a sair do modo de alerta e equilibrar os hormônios.”
- Dormir melhor.Buscar de sete a oito horas de sono por noite e investir na higiene do sono: desligar telas antes de deitar, evitar refeições pesadas e manter horários regulares.
O médico reforça que cada organismo responde de forma diferente, e que o resultado mais duradouro é aquele conquistado com acompanhamento, constância e equilíbrio. “Ainda dá tempo de emagrecer até o verão, desde que o foco esteja na saúde, não na pressa. O corpo muda quando é tratado com inteligência, não com desespero”, conclui o Dr. Danilo Almeida.
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* Multiverso Comunicação – Conteúdo
* Foto/Destaque: Reprodução / Internet
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