Política Nacional
Deputados do PDT pedem expulsão de Ciro Gomes do partido
Política

Ciro teria dado “apoio velado” a deputado federal bolsonarista André Fernandes (PL) durante disputa de Fortaleza. Parlamentares o acusam de ter seguido um “rumo diferente” do partido e de ter prejudicado candidaturas pedetistas nas eleições de 2024
Por Juliana Souza* – Brasília / DF
A bancada do PDT na Câmara dos Deputados se reunirá nesta quarta-feira (30/10) para discutir o futuro do ex-ministro Ciro Gomes no partido. Parte dos parlamentares sugere que ele seja “convidado a se retirar”, enquanto outros defendem sua remoção da vice-presidência nacional do PDT, alegando que suas ações recentes estão em desacordo com os interesses da legenda.
A insatisfação com Ciro se intensificou durante as eleições municipais em Fortaleza e Belo Horizonte. Em agosto, ele criticou a candidatura de Duda Salabert (PDT-MG) à prefeitura da capital mineira, dizendo que ela “não tem preparo” para o cargo. Em Fortaleza, sua postura foi interpretada como um “apoio velado” a André Fernandes (PL), adversário do petista Evandro Leitão, o que causou grande descontentamento interno.
Parlamentares acusam Ciro de ter seguido um “rumo diferente” do partido e de ter prejudicado candidaturas pedetistas nas eleições de 2024. Eles temem que sua postura comprometa o desempenho da legenda em 2026, ano decisivo para atingir a cláusula de barreira — que exige eleger 13 deputados ou obter 2,5% dos votos válidos para garantir a continuidade do partido.
Entre os defensores da expulsão está o deputado Josenildo (PDT-AP), que declarou: “Eu vou protocolar um pedido de expulsão se isso não avançar consensualmente no partido”. Segundo ele, a conduta de Ciro tem afastado o PDT de seu caminho e dificultado seu crescimento.
A Juventude do PDT também divulgou uma nota pública criticando Ciro. Em resposta, ele pediu “mais respeito” e afirmou que o partido “não é nem nunca será um puxadinho do PT”. As tensões aumentaram ainda mais após o rompimento de Ciro com seu irmão, o senador Cid Gomes (PSB-CE), o que levou à saída de Cid e seus aliados do PDT e ao afastamento do partido da base do governo estadual.
O saldo do pleito municipal agravou a crise interna. No primeiro turno, o PDT teve um dos piores desempenhos entre os partidos, perdendo 163 prefeituras em relação a 2020 e ficando com apenas 148 municípios. No Ceará, reduto histórico da legenda, o partido caiu de 67 prefeitos eleitos em 2020 para apenas cinco, aumentando a pressão pela revisão de rumos.
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* Informações Correio Braziliense
* Foto / Destaque: Marcelo Ferreira / CB / D. APress

Política
Decisão judicial deixa Pablo Marçal inelegível por 8 anos, mas cabe recurso

Marçal foi condenado por conta de um vídeo em que prometeu apoio a candidatos a vereador que fizesse doações de R$ 5 mil; cabe recurso.
Candidato derrotado na eleição para a prefeitura de São Paulo (SP) no ano passado, o influenciador digital Pablo Marçal (PRTB) está inelegível por 8 anos, segundo decisão judicial desta sexta-feira (21/02).
Marçal foi condenado por abuso de poder político, econômico e dos meios de comunicação na campanha eleitoral de 2024, por conta de um vídeo em que prometeu apoio a candidatos a vereador que fizesse doações de R$ 5 mil para sua campanha.
A decisão ocorreu na primeira instância da Justiça eleitoral — portanto, Marçal pode recorrer. A condenação dessa sexta-feira ocorre em resposta a ações abertas pelos partidos PSB e PSOL — sigla do também ex-candidato Guilherme Boulos, que foi derrotado no segundo turno pelo atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), que conseguiu se reeleger.

Pablo Marçal / Foto: CNN Brasil
O vídeo em que Marçal ofereceu apoio mediante doações em Pix de R$ 5 mil foi publicado em setembro de 2024.
“Quero te fazer uma pergunta: você conhece alguém que quer ser vereador e é candidato, que não seja de esquerda, tá? De esquerda não precisa avisar. Se essa pessoa é do bem e quer um vídeo meu para ajudar a impulsionar a campanha dela, você vai mandar esse vídeo e falar ‘mano, olha que oportunidade’. Essa pessoa vai fazer o quê? Ela vai mandar um pix pra minha campanha, de doação. Pix de R$ 5 mil. Fez essa doação, eu mando o vídeo”, disse.
Segundo o jornal Valor Econômico, Marçal é alvo de cinco ações na Justiça Eleitoral. Uma delas trata dos “cortes” de vídeos, em que usuários que editassem e divulgassem trechos que conquistassem grande engajamento eram remunerados.
Outra ação diz respeito a um laudo falso divulgado pelo candidato do PRTB, o que fez com que sua conta no Instagram fosse suspensa na véspera do primeiro turno.
Na ocasião, a campanha de Boulos entrou com uma ação pedindo a prisão de Marçal por ter publicado um laudo falso — o que foi comprovado por perícia da Polícia Civil — alegando que o candidato do PSOL teria procurado ajuda médica após consumir cocaína.
Em novembro daquele ano, Marçal foi indiciado pela Polícia Federal (PF) por conta do laudo.
No primeiro turno da eleição municipal em 2024, Marçal ficou em terceiro lugar, com 28,14% dos votos — portanto, não passando para o segundo turno.
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* Informações Correio Braziliense / BBC News
* Foto/Destaque: Crédito BBC News
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