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Pesquisa / Diagnóstico

Estudo “Perfil da Pobreza no Espírito Santo 2024” revela retrato da vulnerabilidade social no Estado

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CIDADES

Por Stefhani Paiva Lima* – Vitória / ES

O Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) divulgou o estudo Perfil da Pobreza no Espírito Santo 2024: Famílias Inscritas no CadÚnico, que apresenta uma análise abrangente sobre as condições de vida da população de baixa renda capixaba.

A publicação, elaborada pela Coordenação de Estudos Sociais do IJSN, é baseada nos dados de dezembro de 2024 do Cadastro Único (CadÚnico), traz informações sobre pobreza e extrema pobreza, características domiciliares, escolaridade, mercado de trabalho e acesso a serviços básicos, além de indicadores como o Índice de Desenvolvimento da Família (IDF) e o Índice de Gestão Descentralizada Municipal (IGDM).

De acordo com o diretor-geral do IJSN, Pablo Lira, o estudo oferece informações estratégicas para subsidiar políticas públicas: “Este diagnóstico é um instrumento fundamental para orientar ações mais efetivas de combate à pobreza e redução das desigualdades sociais no Espírito Santo. Olhar para os dados auxilia na elaboração de ações mais assertivas e que contribuem de forma mais eficiente para o desenvolvimento social”, destacou Lira.

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Segundo o levantamento, 65,6% das pessoas cadastradas no CadÚnico no Espírito Santo vivem em situação de pobreza, enquanto a estimativa para toda a população é de 26,0%. Já a extrema pobreza atinge 41,1% dos cadastrados e 16,3% da população. As maiores estimativas de pobreza estão concentradas nas microrregiões Nordeste (37,4%), Caparaó (34,2%) e Litoral Sul (33,8%). Entre os municípios, destacam-se com índices mais elevados Ibitirama (58,0%), Ponto Belo (50,5%) e Alto Rio Novo (47,3%).

O estudo também mostra que, em 2024, 3.643 pessoas inscritas no CadÚnico estavam em situação de rua, sendo a maioria na Região Metropolitana (65,5%), especialmente nos municípios de Vitória (953), Serra (534) e Vila Velha (514).

Em relação às condições domiciliares, 7,7% das famílias não têm acesso à coleta de lixo adequada, 26,2% não têm esgotamento sanitário adequado e 15,7% não contam com abastecimento de água adequado.

No campo da educação, a taxa de analfabetismo entre pessoas com 15 anos ou mais inscritas no CadÚnico foi de 7,9%, e a média de anos de estudo da população de 25 anos ou mais ficou em 6,7 anos, o que não é suficiente para concluir o Ensino Fundamental. Entre crianças e adolescentes de 4 a 17 anos cadastrados, 97,1% frequentam a escola.

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A publicação completa Perfil da Pobreza no Espírito Santo 2024 está disponível para consulta e download no site do IJSN, acesse: https://ijsn.es.gov.br/Media/IJSN/PublicacoesAnexos/IJSN_Especial/IJSN_Perfil_Pobreza_ES_2024.pdf

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* Instituto Jones dos Santos Neves / Comunicação – Conteúdo

* Foto/Destaque: Divulgação / IJSN

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CIDADES

Pesquisa aponta capital capixaba como referência cultural no país

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em

Por Pedro Vargas* – Vitória / ES

Vitória, a capital de todos os capixabas, acaba de ser reconhecida como uma das grandes referências culturais do Brasil, conforme dados da pesquisa “Cultura nas Capitais”. O estudo, que analisou os hábitos de moradores das 26 capitais brasileiras e do Distrito Federal, coloca Vitória em destaque pelo elevado acesso da população a atividades culturais diversas. Em áreas como bibliotecas e concertos de música, o município chega a liderar o ranking nacional.

De acordo com o maior levantamento sobre o tema já produzido no Brasil, a cidade está acima da média das capitais brasileiras em 10 de 14 atividades culturais pesquisadas como: locais históricos, festas populares, bibliotecas, dança, saraus, entre outros. Nas demais atividades o município encontra-se dentro da média nacional.

Cidade amante da literatura

Programação começa na próxima segunda (28).

A pesquisa “Cultura nas Capitais”, realizada pela JLeiva Cultura & Esporte, revelou dados surpreendentes sobre os hábitos culturais da população. Um dos principais pontos positivos foi o acesso da população a bibliotecas, com 35% da população frequentando esses espaços – número bem superior à média das capitais brasileiras, que é de 25%.

A Biblioteca Municipal Adelpho Poli Monjardim, equipamento da Secretaria de Cultura de Vitória (Semc), conta com 200 ações virtuais e presenciais anuais, realizando inúmeras atividades por meio do premiado projeto Viagem pela Literatura que completou, em 2025, 31 anos de existência. Diferentes ações proporcionam visibilidade aos mais variados escritores, inclusive autores capixabas que têm nesses projetos espaços abertos para além da divulgação de obras, formações literárias, debates e interação de leitores e escritores. Em 2024 a instituição realizou atividades que impactaram mais de 14 mil pessoas.

Cidade da música

Quando o assunto é música, a capital também é destaque. O estudo revelou que 14% dos moradores participaram de concertos de música, um número expressivamente acima da média nacional de 8%.

A pesquisa considerou se o entrevistado participou ao menos uma vez, nos últimos 12 meses (anteriores à entrevista), de alguma atividade cultural.

Os dados apontam ainda que Vitória possui altos índices de visita a locais históricos (56%), shows de música (47%), dança (31%) e saraus (16%).

“Esses bons resultados não são frutos do acaso, mas sim do compromisso da administração municipal com a Cultura”, declarou o secretário municipal da pasta, Edu Henning.

Investimentos crescentes: o motor do sucesso cultural de Vitória

A Semc desde o início da gestão aumentou consideravelmente os investimentos na área. De R$ 2,71 milhões investidos em 2021, a pasta elevou os números para R$ 26,5 milhões em 2024, quase 10 vezes mais do que o investimento inicial. Em 2025, até o último mês de agosto, a Semc já destinou cerca de R$ 17 milhões para projetos e iniciativas culturais, reflexo claro do empenho da gestão em promover e ampliar o acesso da população às artes.

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O “fazer arte”

Vitória também foi apontada como uma das capitais onde mais gente pratica ou já praticou atividades culturais. Na música, são 36% e no teatro, 28% dos entrevistados.

Vale lembrar que só a Fafi ofertou em 2024 um total de 997 vagas nas suas três áreas de atuação com oportunidades de transformação de vidas por meio da arte.

Mucane é destaque entre espaços culturais e símbolos da cultura capixaba

A pesquisa “Cultura nas Capitais” revelou a forte presença de espaços culturais em Vitória. O estudo perguntou aos entrevistados qual espaço cultural eles mais freqüentam na capital onde moram. A resposta era aberta e qualquer local poderia ser mencionado. Em Vitória foram nomeados 130.

O Museu Capixaba do Negro “Verônica da Pas” (Mucane), dentre os espaços da Prefeitura, é o museu gratuito mais conhecido e visitado, com 28% da população tendo ido ao local.

O Mucane é um dos maiores exemplos de como os investimentos em cultura têm dado resultados. Com uma reforma completa em 2023, que contou com R$ 800 mil em recursos, o espaço se consolidou como um dos museus mais visitados da cidade, recebendo quase três mil visitantes em 2024.

O museu tem sido fundamental para a preservação da memória negra e para a valorização da cultura afro-brasileira, uma das marcas da identidade capixaba.

Além do Mucane, a pesquisa também mostrou que o acesso aos museus em Vitória está em sintonia com a média das capitais brasileiras (26%).

Outros espaços como o Parque Moscoso, a Casa Porto e a Praça do Papa também são amplamente conhecidos, reforçando a importância de Vitória como um pólo cultural.

Teatro

No teatro, Vitória também mostra números consistentes, com 26% da população afirmando ter ido ao menos uma vez a espetáculos, índice que se mantém próximo da média nacional. Os dados indicam uma variedade de preferências, com destaque para as peças para o público adulto e musical, além do teatro infantil e comédia stand-up.

Carnaval de rua e festas populares ditam o ritmo da alegria

Outro destaque é a participação da população nas festas populares de Vitória, com o Carnaval de Rua sendo um dos eventos mais mencionados pelos moradores.

Ao todo 42% dos moradores de Vitória compareceram a algum tipo de festa popular. Destes, 65% foram a alguma Festa Junina, 42 % participaram de Blocos de Carnaval e 39% acompanharam o Desfile de Carnaval.

O Carnaval de Rua da capital capixaba tem se consolidado a cada ano, e em 2025, mais de 20 blocos desfilaram pelas ruas da cidade, atraindo milhares de foliões. A criação do “Circuito da Folia”, desde 2024, pela Semc, garantiu mais acessibilidade e estrutura, com 12 atrações regionais e nacionais, além de uma ampla infraestrutura para garantir a segurança e o bem-estar dos participantes.

O Carnaval só perde em importância para a Festa de Nossa Senhora da Penha na avaliação dos entrevistados sobre os eventos culturais da cidade onde moram.

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Na capital de todos os capixabas, foram mencionados 120 diferentes eventos. Além dos já citados, apareceram na pesquisa a Festa das Paneleiras, o aniversário da Cidade, a Festa de São Pedro e eventos relacionados ao Natal.

Moqueca Capixaba reina absoluta

Entre os entrevistados em, Vitória, como era de se esperar, a Moqueca Capixaba segue como principal símbolo da identidade gastronômica cultural. A iguaria foi citada por 40% dos entrevistados como o principal prato típico da capital.

A pesquisa revelou que 59% dos moradores consideram os frutos do mar como os principais representantes da culinária local, e a torta capixaba também foi mencionada por 28% dos participantes.

Por fim a pesquisa contabilizou o número de pessoas que nunca participaram de atividades culturais: em Vitória, esse índice é inferior à média das demais capitais, com a cidade figurando entre as melhores no acesso a eventos como concertos e teatro.

“Os dados dessa pesquisa comprovam o que muitos capixabas já sabem: Vitória é, cada vez mais, um modelo de cidade que promove e valoriza a Cultura em suas diversas formas. Com investimentos crescentes e um foco claro na ampliação do acesso da população à Cultura, a cidade se destaca não apenas em números, mas também no impacto positivo que esses investimentos têm na qualidade de vida e na identidade de seus moradores. Seguiremos avançando e fico feliz em ver que justamente na semana em que a nossa capital celebra 474 anos, celebramos seus feitos culturais com a certeza de que a Cultura é e continuará sendo um dos pilares do seu desenvolvimento e da sua projeção nacional”, finalizou Henning.

Sobre o estudo

A pesquisa “Cultura nas Capitais” da JLeiva Cultura & Esporte ouviu 19,5 mil pessoas em todas as capitais brasileiras. Em Vitória, foram entrevistados 600 participantes de todas as regiões do município. A pesquisa de campo foi feita pelo Datafolha.

Com idade a partir de 16 anos e de todos os níveis socioeconômicos os entrevistados foram ouvidos entre os dias 19 de fevereiro e 22 de maio de 2024.

A metodologia toma como base os 12 meses que antecederam a pesquisa, a fim de reduzir a influência de fatores sazonais. Esse método é adotado em diversos países e permite uma comparação internacional.

A JLeiva é uma consultoria especializada no desenvolvimento e na implementação de políticas culturais, esportivas e sociais para empresas públicas e privadas, que desenvolve desde 2010 estudos acerca de hábitos culturais no Brasil.

A pesquisa contou com patrocínio do Itaú e do Instituto Cultural Vale por meio da Lei Rouanet, Lei Federal de incentivo à Cultura do Ministério da Cultura.

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* Prefeitura de Vitória / Comunicação – Conteúdo

* Fotos: Crédito – Leonardo Silveira / PMV

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