Perdendo a Credibilidade
Para revista francesa, “magia Lula acabou” após atritos com Zelensky e elogios a Maduro
BRASIL
A revista francesa L’Express traz na edição desta semana uma análise impiedosa da diplomacia brasileira neste início de terceiro mandato de Lula. Para a publicação, “a magia Lula” acabou depois que o presidente brasileiro “desqualificou” o ucraniano Volodymyr Zelensky e, ao mesmo tempo, elogiou o venezuelano Nicolás Maduro.
A semanal ressalta que a diplomacia brasileira, criada em 1821, desfruta de “grande prestígio por seu profissionalismo e sua tradição reconhecida de pragmatismo”. Entretanto, hoje esses traços não estariam mais “funcionando”.
“Aqueles que admiravam o presidente brasileiro não entendem”, afirma a revista, ao lembrar que desde a campanha eleitoral, o “herói da esquerda latino-americana” já desqualificava Zelensky como sendo um “cara” que queria aparecer, enquanto a cidade ucraniana de Mariupol “desmoronava sob as bombas russas”.
Mais recentemente, na última cúpula do G7, no Japão, Lula “se distinguiu” novamente ao ser o único a não se levantar para cumprimentar o líder ucraniano, semanas depois de fazer comentários controversos sobre a guerra na Ucrânia e receber o chanceler russo Sergei Lavrov em Brasília. “Assim, se esvaíram as ambições do Brasil, que esperava atuar como mediador na resolução do conflito iniciado por Vladimir Putin”, analisa L’Express.
“E na semana retrasada, de novo!”, ironiza a publicação. “O brasileiro reabilitou o presidente venezuelano, cuja única diferença com um ditador de direita é que ele é de esquerda”, avalia a revista.
- Folha São Paulo – Conteúdo
- Foto/Crédito: Louise Delmotte – AP
BRASIL
Após cancelamento, CPMI ouvirá ex-dirigente de entidades do INSS
Cecília Rodrigues Mota depõe nesta terça (18/11); ela presidiu associações suspeitas de integrar esquema bilionário de descontos ilegais em aposentadorias
Por Danandra Rocha* – Brasília / DF
Apesar do cancelamento da sessão desta segunda-feira (17/11), a CPMI do INSS retoma os trabalhos já na terça (18), às 10h, com a oitiva da advogada Cecília Rodrigues Mota. Ex-presidente da Associação dos Aposentados e Pensionistas Nacional (Aapen) e também da Associação dos Aposentados e Pensionistas do Brasil (AAPB), ela é apontada como uma figura-chave no funcionamento das entidades investigadas na Operação Sem Desconto, conduzida pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União. As duas organizações teriam sido beneficiadas por descontos indevidos aplicados a aposentados e pensionistas, em um esquema que já estima prejuízo de cerca de R$ 6,3 bilhões.

Senador Carlos Viana, presidente da CPMI do INSS / Foto: Agência Senado
Cecília é alvo de dez pedidos de convocação. O senador Izalci Lucas (PL-DF), autor de um deles, lembra que tanto a Aapen quanto a AAPB tiveram bens bloqueados a pedido da AGU em razão de “infrações gravíssimas” à Lei Anticorrupção. Para o parlamentar, ouvir a ex-dirigente é fundamental para entender a lógica interna e a cadeia de decisões que, segundo as investigações, teriam transformado as entidades em peças centrais de uma engrenagem que explorou financeiramente “beneficiários vulneráveis”.
“Cecília Rodrigues Mota passou a liderar entidades que não estão apenas sob suspeita, mas são formalmente apontadas pela Advocacia-Geral da União (AGU) pela prática gravíssima de pagamento de vantagem indevida a agente público”.
Oitiva sobre a Amar Brasil
Além de Cecília, a CPMI também ouvirá João Carlos Camargo Júnior, sócio-administrador da Mkt Connection Group. Ele é citado em requerimentos devido a repasses expressivos feitos pela entidade Amar Brasil,investigada por efetuar cobranças não autorizadas em benefícios de segurados do INSS, para sua empresa.
O deputado Paulo Pimenta (PT-RS), que solicitou a convocação, aponta que a Mkt Connection Group foi criada em dezembro de 2022, apenas um mês depois da assinatura do acordo de cooperação técnica entre a Amar Brasil e o INSS, o que adiciona ainda mais dúvidas sobre a relação financeira entre as duas partes.
“Além dos valores, chama atenção o fato de a empresa ter sido criada em 12 de dezembro de 2022, um mês após a assinatura do ACT da Amar Brasil com o INSS”, disse o parlamentar.
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- Correio Braziliense – Conteúdo
- Foto/Destaque: Crédito – Edilson Rodrigues / Agência Senado
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