Fraude no INSS
Após cancelamento, CPMI ouvirá ex-dirigente de entidades do INSS
BRASIL
Cecília Rodrigues Mota depõe nesta terça (18/11); ela presidiu associações suspeitas de integrar esquema bilionário de descontos ilegais em aposentadorias
Por Danandra Rocha* – Brasília / DF
Apesar do cancelamento da sessão desta segunda-feira (17/11), a CPMI do INSS retoma os trabalhos já na terça (18), às 10h, com a oitiva da advogada Cecília Rodrigues Mota. Ex-presidente da Associação dos Aposentados e Pensionistas Nacional (Aapen) e também da Associação dos Aposentados e Pensionistas do Brasil (AAPB), ela é apontada como uma figura-chave no funcionamento das entidades investigadas na Operação Sem Desconto, conduzida pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União. As duas organizações teriam sido beneficiadas por descontos indevidos aplicados a aposentados e pensionistas, em um esquema que já estima prejuízo de cerca de R$ 6,3 bilhões.

Senador Carlos Viana, presidente da CPMI do INSS / Foto: Agência Senado
Cecília é alvo de dez pedidos de convocação. O senador Izalci Lucas (PL-DF), autor de um deles, lembra que tanto a Aapen quanto a AAPB tiveram bens bloqueados a pedido da AGU em razão de “infrações gravíssimas” à Lei Anticorrupção. Para o parlamentar, ouvir a ex-dirigente é fundamental para entender a lógica interna e a cadeia de decisões que, segundo as investigações, teriam transformado as entidades em peças centrais de uma engrenagem que explorou financeiramente “beneficiários vulneráveis”.
“Cecília Rodrigues Mota passou a liderar entidades que não estão apenas sob suspeita, mas são formalmente apontadas pela Advocacia-Geral da União (AGU) pela prática gravíssima de pagamento de vantagem indevida a agente público”.
Oitiva sobre a Amar Brasil
Além de Cecília, a CPMI também ouvirá João Carlos Camargo Júnior, sócio-administrador da Mkt Connection Group. Ele é citado em requerimentos devido a repasses expressivos feitos pela entidade Amar Brasil,investigada por efetuar cobranças não autorizadas em benefícios de segurados do INSS, para sua empresa.
O deputado Paulo Pimenta (PT-RS), que solicitou a convocação, aponta que a Mkt Connection Group foi criada em dezembro de 2022, apenas um mês depois da assinatura do acordo de cooperação técnica entre a Amar Brasil e o INSS, o que adiciona ainda mais dúvidas sobre a relação financeira entre as duas partes.
“Além dos valores, chama atenção o fato de a empresa ter sido criada em 12 de dezembro de 2022, um mês após a assinatura do ACT da Amar Brasil com o INSS”, disse o parlamentar.
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- Correio Braziliense – Conteúdo
- Foto/Destaque: Crédito – Edilson Rodrigues / Agência Senado
BRASIL
FAB confirma gasto de R$ 345 mil para buscar ex-primeira-dama do Peru
A confirmação se deu por meio de Requerimento de Informação apresentado pelo líder do Novo, Marcel van Hattem, ao Ministério da Defesa
Por Vanilson Oliveira* – Brasília / DF
A Força Aérea Brasileira (FAB) confirmou nesta sexta-feira (14/11) que o transporte da ex-primeira-dama do Peru, Nadine Heredia, que pediu asilo político no Brasil no dia 15 de abril deste ano, custou aos cofres públicos R$ 345.013,56. Segundo o documento, a solicitação partiu do próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva, via Ministério das Relações Exteriores.
A confirmação dos gastos foi confirmada em resposta ao Requerimento de Informação (RIC) 5716/2025, apresentado pelo deputado Marcel van Hattem (RS), líder do partido Novo, na Câmara dos Deputados. “Gastaram R$ 345 mil do dinheiro do povo para usar um FAB como Uber para buscar uma corrupta condenada no Peru e a ordem partiu diretamente do presidente Lula”, declarou Marcel van Hattem (Novo-RS), líder do Novo na Câmara.
De acordo com o documento, assinado pelo ministro de Estado da Defesa, José Mucio Monteiro Filho, a FAB disponibilizou o jato E-135 Shuttle (VC-99C), matrícula FAB 2560, para a missão que partiu de Brasília rumo a Lima, com escalas técnicas em Cuiabá. Todo o trajeto ocorreu entre os dias 15 e 16 de abril passado.
A FAB informou em sua resposta que o custo total foi de R$ 345.013,56, sendo R$ 318.009,20 em custos logísticos (combustível, manutenção/depreciação e horas de voo), R$ 7.547,62 em diárias de tripulação e R$ 19.456,74 em taxas aeroportuárias de handling. Ainda segundo o documento, a tripulação foi composta por seis militares, sendo três pilotos, um mecânico e dois comissários de voo.
Para Van Hattem o gasto demonstra a total desconexão com a realidade de gastos do governo Lula. “O próprio Ministério da Defesa confirmou que o pedido veio da Presidência da República. É um escândalo: o Brasil virou abrigo de corruptos, enquanto o pagador de imposto é quem banca a conta”, concluiu.
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- Correio Braziliense – Conteúdo
- Foto/Destaque: Crédito – Cris Bouroncle
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