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Caso de Polícia

Policial militar do RJ é morta com tiros de fuzil na porta de casa

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SEGURANÇA

Criminosos estavam encapuzados dentro de um carro preto e esperaram a policial abrir a garagem de casa para efetuar os disparos

Rio de Janeiro

Uma policial militar de 31 anos foi assassinada com tiros de fuzil na porta de casa, na noite desta sexta-feira (24), em Santa Cruz, na zona oeste do Rio de Janeiro.

Cabo Vaneza Lobão estava na corporação desde 2013 e era lotada na 8ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar, setor dedicado à investigação de grupos paramilitares e contravenção.

De acordo com as informações iniciais, os criminosos estavam encapuzados dentro de um carro preto e esperavam a policial abrir a garagem de casa. Quando ela se aproximou, eles atiraram em direção ao veículo e fugiram.

A 2ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar foi acionada, assim como a Delegacia de Homicídios da Capital, que ficará responsável pela investigação.

Duas linhas iniciais de investigação apontam participação de milicianos na morte da PM Vaneza Lobão

As linhas iniciais de investigação sobre o assassinato da Cabo PM Vaneza Lobão apontam para a participação da milícia no crime. Lotada na 8ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM), a policial não participava de operações de campo, concentrando seu esforço em trabalhos internos de inteligência. Segundo O GLOBO apurou, as duas principais hipóteses para explicar a motivação do crime, por enquanto, são: retaliação dos criminosos por conta do trabalho realizado pela policial ou o fato de milicianos suspeitarem que a policial estaria passando à corporação informações sobre a movimentação dos bandidos no cotidiano da localidade onde vivia.

Criadas na época áurea das Unidades de Polícia Pacificadora, as DPJM são voltadas hoje, basicamente, para a investigar a participação de policiais tanto nas milícias quanto no jogo do bicho. De acordo com colegas de Vaneza Lobão, a policial raramente participava de operações na rua. De acordo com a família, o enterro será realizado neste domingo às 16h no Jardim da Saudade de Sulacap.

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A PM foi morta por volta de 21h30 de sexta-feira, quando estava de folga, pronta para ir a uma academia. Ela foi alvo de tiros de fuzil na porta de casa em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio.

“Estamos devastados. Estava em casa quando soube da notícia, não acreditei. Minha irmã sempre foi muito tranquila, idônea. Nunca soube de ameaças, ou se ela tinha inimigos. A gente tinha receio pela profissão que ela exercia, mas nunca imaginei que ela poderia ser vítima de uma tragédia” –  diz aos prantos Andreza Lobo, irmã mais velha da policial.

Formada em Direito, Vaneza entrou na corporação em 2013 e era uma profissional valorizada por lá. Recentemente, tinha sido condecorada com o distintivo “Lealdade e constância” pela PM. Em um curso especial de formação de cabos, a carioca se formou com nota máxima. Fazer carreira por lá fazia parte do sonho agora interrompido.

Às vezes ela ouvia dos parentes, perguntas como: “Por que você não muda de área? É muito perigoso”. Mas o militarismo era o que ela mais amava. Ela falava do futuro por lá.

Mas nem tudo se resumia ao trabalho. Vaneza era apaixonada por futebol e pela esposa, Thais, com quem dividia uma casa e a vida.

“Ela não comentava de investigações ou rotina de trabalho conosco. Era policial lá dentro. Aqui fora, era a nossa Vaneza. Gostava de jogar bola e sempre foi muito ligada à família. Dedicada até demais” – diz Andreza, novamente em lágrimas.

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Polícia prende miliciano

No início da madrugada deste sábado, dia 25, a Polícia Militar do 27ºBPM prendeu um miliciano no loteamento Madean, também em Santa Cruz. A ação ocorreu durante as diligências em busca de suspeitos no caso da morte de Vaneza Lobão. Com ele foi encontrada uma arma de fogo, que foi apreendida.

De acordo com o Disque Denúncia, com a morte da policial sobe para 52 o número de agentes mortos em ações violentas no estado do Rio de Janeiro em 2023. Sendo 46 da Policia Militar, três Policiais Penais, um da Polícia Civil, um do Corpo de Bombeiros e um da Guarda Municipal.

Governador determina celeridade na investigação

Governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro usou as redes sociais para lamentar a morte da policial militar Vaneza Lobão, que foi alvo de tiros na porta de casa, em Santa Cruz, Zona Oeste do Rio. Ele disse ainda que determinou celeridade na investigação do caso.

“Me solidarizo com a família da nossa policial militar Vaneza Lobão, que foi brutalmente assassinada ontem. Há indícios de que sejam milicianos, o qual ela investigava, ela fazia parte da nossa corregedoria. E eu determinei que a resposta fosse rápida e dura. Nós não deixaremos que policiais, que fazem o seu trabalho bravamente, corram o risco e fiquem a mercê dessa bandidagem. Pode ser miliciano, traficante, estamos combatendo e iremos atrás. Só vai aumentar cada dia mais a nossa vontade de botar esses criminosos na cadeia”.

 O governador Cláudio de Castro

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* Com informações O Globo – Leonardo Ribeiro 

* Foto: Reprodução – Instagram

 

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SEGURANÇA

Vice-Presidente da CPMI do INSS diz ter sido ameaçado para interromper investigações e pede escolta

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Deputado federal Duarte Jr. (PSB-MA) registrou boletim de ocorrência contra o colega de partido Edson Araújo, apontado como autor das ameaças

Por Alícia Bernardes* – Brasília / DF

O vice-presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), deputado federal Duarte Jr. (PSB-MA), afirmou que foi ameaçado para interromper as investigações conduzidas pelo colegiado. O parlamentar registrou boletim de ocorrência na Polícia Legislativa Federal contra o deputado estadual e correligionário Edson Araújo (PSB-MA).

Segundo Duarte, as ameaças ocorreram por meio de mensagens enviadas por Araújo, que também é vice-presidente da Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura (CBPA), uma das entidades investigadas pela Polícia Federal na Operação Sem Desconto. A ação apura irregularidades em descontos indevidos de benefícios do INSS entre 2019 e 2024.

 “Quando assumi a vice-presidência da CPMI do INSS, sabia que não seria fácil enfrentar criminosos poderosos e de colarinho branco que roubam de pessoas em situação de vulnerabilidade. Nas últimas horas, fui ameaçado e constrangido a interromper as investigações. Já registrei a ocorrência na Polícia Legislativa Federal e estou requerendo proteção imediata para minha família”, escreveu o deputado em publicação no X (antigo Twitter).

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De acordo com o boletim de ocorrência, Edson Araújo teria enviado uma mensagem com “ameaça de morte” ao parlamentar federal. Duarte relatou ter visualizado o conteúdo nas dependências da Câmara dos Deputados, o que faz com que o caso fique sob a jurisdição da Polícia Legislativa Federal.

Durante a sessão da CPMI nesta quinta-feira (6/11), Duarte leu o conteúdo das mensagens trocadas com o colega de partido. Segundo ele, em um dos trechos, Araújo afirmou que os dois “ainda iriam se encontrar”. Ao questionar se aquilo seria uma ameaça, afirmou ter recebido a confirmação do próprio deputado estadual, que teria dito: “Você vai saber”.

O parlamentar pediu ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que autorize escolta e proteção à sua família. “Falo como pai, filho e marido. Porque, antes de ser deputado, sou um homem com uma família que merece viver em paz. E é por eles que sigo firme”, escreveu Duarte Jr. nas redes sociais.

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* Correio Braziliense – Conteúdo

* Foto/Destaque: Geraldo Magela / Agência Senado

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