Mundo Cristão
Papa Leão XIV critica materialismo e falta de fé: “Preferem dinheiro, poder e prazer”
Mundo Cristão
Primeira missa do pontífice foi realizada na Capela Sistina na manhã desta sexta-feira (9/5)
Por Jaqueline Fonseca*
Na primeira homilia do Papa Leão XIV, o pontífice criticou o materialismo em detrimento da fé e atribuiu as várias crises da sociedade à distância da Igreja e da devoção. O novo líder da Igreja Católica refletiu sobre a missão da igreja diante do mundo e os desafios apostólicos para promover conversão e garantir o testemunho da fé. A missa foi realizada na manhã desta sexta-feira (9/5) dentro da Capela Sistina.
“Não faltam contextos em que a fé cristã é considerada uma coisa absurda para pessoas fracas, pouco inteligentes. Contextos que em vez dela se preferem outras seguranças como tecnologia, o sucesso, o dinheiro o poder e o prazer. São ambientes onde não é fácil testemunhar o evangelho e onde quem acredita se vê ridicularizado, contrastado, desprezado ou, quando muito, suportado e digno de pena. Por isso, são lugares onde a missão se torna urgente. Porque a falta de fé, muitas vezes, traz consigo o drama da falta do sentido da vida, esquecimento da misericórdia, a violação sobre as mais diversas formas da dignidade das pessoas, a crise da família e tantas outras crises que a nossa sociedade sofre e não são poucas”, declarou.
Aos fiéis, o papa convidou a refletir sobre relação pessoal com Cristo, com a fé e com a Igreja. Mencionou uma recorrente fala do Papa Francisco e convidou todos a buscar percorrer um caminho de conversão.
“Ainda hoje não faltam contextos em que Jesus, embora apreciado como homem, é simplesmente reduzido a uma espécie de líder carismático ou super-homem. Não só entre os não crentes, mas entre os batizados, que acabam por viver a este nível num ateísmo prático, este é o mundo que nos está confiado e no qual, como tantas vezes nos ensinou o Papa Francisco, somos chamados a testemunhar a alegria da fé em Jesus Salvador. Por isso, também para nós, é essencial repetir: ‘tu és o Messias, o filho de Deus vivo’. É essencial fazê-lo primeiramente na nossa relação pessoal com ele, no empenho de percorrer um caminho cotidiano de conversão, mas também na nossa igreja, vivendo juntos com o senhor”, pediu o papa Leão XIV.

O evangelho do dia, presente na Bíblia no livro de Mateus, lido na primeira missa, narra a criação da Igreja da Católica e a profissão de fé de São Pedro. “Tu és Pedro e sobre essa pedra edificarei a minha igreja”.
Ao comentar as escrituras, o papa Leão XIV refletiu como a posição de Jesus diante da sociedade naquela época persiste no mundo moderno. O papa afirmou que, nos tempos antigos, os homens estavam divididos entre os que viam em Jesus uma figura “desprovida de importância, quando muito um personagem curioso capaz de suscitar admiração com sua maneira invulgar de falar e agir”, para outros grupos, “o nazareno não é um charlatão, é um homem justo, alguém que tem coragem, que fala bem e que fala coisas certas como grandes profetas na história de Israel”.
O papa se colocou também na posição de fiel e pediu que Jesus o guie na missão de comandar a Igreja com caridade. “Digo isso em primeiro lugar para mim mesmo, como sucessor de Pedro, ao iniciar minha missão de bispo da igreja que está em Roma chamado a presidir na caridade a Igreja Universal, segundo a célebre expressão de Santo Inácio de Antiochia. Ele, enquanto era conduzido como prisioneiro a essa cidade, lugar de sacrifício, disse aos cristãos que aqui se encontravam ‘então serei o verdadeiro discípulo de Jesus quando meu corpo for subtaído à vista do mundo’. Se referia ao ser devorado pelas feras do circo, como aconteceu. Desaparecer para que Cristo apareça e permaneça, fazer-se pequeno para que ele seja conhecido e glorificado. Gastar-se ao limite para que a ninguém falte a oportunidade de o conhecer e amar. Jesus, me dê essa graça hoje e sempre com a terna intercessão de Maria, Mãe da Igreja”, disse o papa Leão XIV ao finalizar a primeira homilia, realizada na Capela Sistina nesta sexta-feira (9/5).
O papa também fez uma prece, diante dos cardeais que o escolheram, para que Deus o ajude a guiar a igreja ‘a arca da salvação e o farol que ilumina as noites do mundo” diante dos desafios da modernidade.
“Confia-me esse tesouro para que com a sua ajuda eu seja seu fiel administrador em benefício de todo corpo místico da igreja. Para que ela seja cada vez mais cidade colocada sobre o monte, a arca de salvação que navega as ondas da história, o farol que ilumina as noites do mundo”, pediu.
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* Informações Correio Braziliense – Conteúdo
* Foto/Destaque: AFP
Mundo Cristão
Cristo Redentor recebe água abençoada pelo Papa Leão XIV
Água, resultante do derretimento de um bloco de gelo proveniente da Groenlândia, é considerada um símbolo da urgência climática global
Por Raphael Fernandes* – Rio de Janeiro / RJ
O Santuário Cristo Redentor, na Zona Sul do Rio de Janeiro, recebe, nesta segunda-feira (03/11), uma quantidade de água abençoada recentemente pelo Papa Leão XIV.
No último mês de outubro, durante a conferência ”Raising Hope for Climate Justice” (”Espalhando Esperança pela Justiça Climática”, em português), realizada em Castel Gandolfo, na Itália, o sumo pontífice da Igreja Católica abençoou um bloco de gelo proveniente da Groenlândia, ilha situada na América do Norte, como símbolo da urgência climática global.
Posteriormente, com o derretimento do referido bloco de gelo, a água resultante dessa fusão foi devidamente preservada e trazida ao Brasil, iniciando sua peregrinação pelo país no último sábado (02/11), no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, em São Paulo.
Agora, o líquido chega ao Rio para, depois, ser levado a Belém, no Pará, onde estará na Basílica Santuário Nossa Senhora de Nazaré, entre os dias 10 e 12 de novembro, durante a realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30).
No Cristo Redentor, na segunda-feira (3), houve uma celebração religiosa, presidida pelo padre Josafá Carlos de Siqueira, vigário episcopal do Vicariato para o Meio Ambiente e Sustentabilidade (Vemas), da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, com a presença de representantes católicos, organizações da sociedade civil e lideranças socioambientais. Logo após, o tradicional monumento carioca será iluminado em azul.
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* Diário do Rio – Conteúdo
* Foto/Destaque: Reprodução / Internet
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