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Tragédia na Estrada

Acidente de ônibus: motorista nega estar em alta velocidade e alega que foi fechado por carreta

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O motorista do ônibus que transportava um time do Rio de Janeiro, que caiu de uma ponte na BR-116, em Além-Paraíba, no sul de Minas Gerais, disse à polícia ter sido fechado por uma carreta antes de perder o controle da direção do veículo. Ele negou estar dirigindo em alta velocidade, como afirmaram vítimas do acidente. O funcionário da LG Turismo foi ouvido nesta terça-feira no Hospital São Salvador (MG), onde permanece internado. O nome do motorista não foi divulgado. O acidente ocorreu na madrugada de segunda-feira e deixou quatro mortos e 29 feridos.

“A viagem estava boa, mas volta foi terrível”, diz jogador que se feriu em queda de ônibus

Segundo o delegado responsável pelas investigações, Marcos Vignolo Alves, da 28ª DP (Além-Paraíba), seis adolescentes que sobreviveram ao acidente também prestaram depoimento. Os jovens afirmaram que estavam dormindo na hora do acidente, mas perceberam que o motorista fazia curvas com velocidade antes de despencar da ponte de 10 metros.

— Pelo que temos até agora, estamos trabalhando com homicídio culposo (sem intenção de matar), mas se a perícia nos der um elemento para empregar dolo (intenção de matar) a gente vai empregar. Ainda não é possível dizer se ele assumiu o risco de matar. Ele vai responder ao processo em liberdade. A grande maioria dos jovens estava dormindo no momento do acidente. Eles relataram que o motorista estava imprimindo uma velocidade um pouco elevada, principalmente nas curvas — revelou o delegado.

A polícia já pediu a análise dos discos tacógrafo (dispositivo de segurança de ônibus e caminhões que monitorando a velocidade que o veículo vai imprimindo) para analisar se de fato o motorista estaria dirigindo em alta velocidade. O delegado também investiga se o motorista teria dormido ao volante.

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— Vamos observar a velocidade que o motorista estava durante o trajeto para determinar se ela estava fora do que é permitido na via — afirmou Vignolo, que pretende concluir o inquérito em 10 dias.

O responsável pela empresa do ônibus também foi ouvido. Em depoimento, o empresário afirmou que o coletivo estava em boas condições e que o motorista prestava serviço na empresa há cinco anos. Segundo o delegado, ele teria descrito o motorista como “um excelente profissional e muito elogiado pela empresa”.

— A gente vai prosseguir com mais depoimentos. Até o momento ainda não fizemos o levantamento de ficha criminal dele para saber se responde por outros crimes ou infrações — esclareceu o delegado.

Vignolo frisa que pretende dar prioridade ao caso tendo em vista a gravidade dos fatos:

— A gente vai priorizar a investigação diante da gravidade. Ainda temos dois adolescentes em estado grave e outro que sofreu uma lesão muito grave, transferido para Muriaé. Ele pode ter paralisia dos membros inferiores.

Segundo a Prefeitura de Além-Paraíba, 24 pacientes foram atendidos na região, incluindo o motorista do ônibus. Desses, 17 já receberam alta médica. Até o momento, três pacientes estão em UTI, três em enfermaria e um jovem foi transferido para hospital de Muriaé em estado grave.

Relembre o acidente

Os atletas voltavam de um campeonato disputado em Ubaporanga, no Vale do Rio Doce. O ônibus levava a equipe do Esporte Clube Vila Maria Helena de volta para Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, quando caiu de uma ponte na BR-116. Quatro pessoas morreram: Kailon da Silva Paixão, 13 anos, morador de Magé; Andrey Viana da Costa Silva, 15 anos, morador de Duque de Caxias; Diogo Coutinho Chao Villar, 18 anos, Duque de Caxias; Thyago Ramos de Oliveira Dias, 15 anos, Duque de Caxias.

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O veículo que seguia viagem com 33 pessoas a bordo tombou sobre o Rio Angu, por volta de 1h20. Com o impacto da queda, ele virou e parou de cabeça para baixo, próximo a um riacho localizado às margens do rio.

Diiogo era treinador do Grêmio Recreativo Esportivo Social Cultural Independente Parque Paulista (GRESCIPP), clube de futebol de base de Duque de Caxias. Com o fim do ano, as competições que disputava acabaram e, por isso, integrou a comissão técnica do Esporte Clube Vila Maria Helena, também de Caxias, na disputa de um torneio em Ubaporanga, Minas Gerais. Ele estava no ônibus que caiu da ponte com os atletas em Além-Paraíba.

— A viagem estava boa. Fomos campeões da competição. A volta foi terrível. Eu consegui dormir. Quando acordei, o ônibus estava tombando, foi quando desmaiei. Já acordei de novo, lá embaixo da ponte. Consegui sair sozinho. Foi difícil de sair do ônibus, estava pingando água em mim, mas fiquei com medo de ser gasolina — narra, ao lado do pai, em entrevista ao Globo no dia do acidente

Jogadores e o técnico mortos no acidente

 

  • Fotos: Reprodução  /  Informações: O Vigilante Online – Jessica Marques

 

 

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Justiça decreta falência do Grupo Oi

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Apesar da decisão, operadora continuará funcionando provisoriamente para garantir a manutenção de serviços essenciais de telecomunicações no país; dívidas e esgotamento de caixa levaram à insolvência

A Justiça do Rio de Janeiro decretou, nesta segunda-feira (10), a falência do Grupo Oi, uma das maiores operadoras de telecomunicações do Brasil. A decisão, proferida pela 7ª Vara Empresarial, reconhece que a companhia não tem mais capacidade de honrar seus compromissos financeiros, culminando em um estado de insolvência após anos de crise e uma segunda tentativa de recuperação judicial.

O pedido de falência partiu do próprio administrador judicial da empresa, Bruno Rezende, que apontou a impossibilidade de pagamento das dívidas e o descumprimento do plano de recuperação em vigor. Em sua decisão, a juíza Simone Gastesi Chevrand foi afirmou que “a Oi é tecnicamente falida”, destacando o “caos financeiro” e o esgotamento dos recursos da companhia, situação conhecida legalmente como “liquidação substancial”.

Apesar da falência, os serviços prestados pela Oi não serão interrompidos imediatamente. A Justiça autorizou a continuação provisória das atividades para assegurar a conectividade de milhões de brasileiros e de serviços estratégicos. A Oi é responsável pela infraestrutura de comunicação de números de emergência, como polícia e bombeiros, além de ser a única operadora presente em aproximadamente sete mil localidades do Brasil e manter cerca de 4,6 mil contratos com todas as esferas de governo.

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Como consequência imediata da decisão, toda a diretoria e o Conselho de Administração da empresa foram afastados. O administrador judicial, Bruno Rezende, assumirá a gestão da companhia. Além disso, todas as ações e processos de execução contra a Oi foram suspensos, e uma nova assembleia será convocada para que os credores possam se organizar.

A crise da operadora se arrastava há mais de uma década, agravada após as fusões com a Brasil Telecom (BrT) e a Portugal Telecom. Mesmo após vender ativos importantes nos últimos anos, como suas operações de telefonia móvel e fibra óptica, a empresa não conseguiu reverter o quadro financeiro. As dívidas fora do processo de recuperação judicial já somavam R$ 1,7 bilhão em outubro, um indicativo da grave situação de caixa que tornou a continuidade da operação, nos moldes atuais, insustentável.

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* Informação de agências

* Foto/Destaque: Reprodução / Internet

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