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Prefeitura em Ação

Antigo Ceasa é de São Mateus pelo prazo de 40 anos

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O contrato de concessão foi celebrado e o uso da área passa a ser – em comodato – do município

Por Paulo Roberto Borges*

Para quem passa pela BR-101 Norte, nas proximidades do bairro Nova Era, em São Mateus, fica intrigado ao ver uma grande obra feita para servir de distribuição de produtos agrícolas de toda a região, abandonada. Alguns boxes até foram vendidos, mas nunca tiveram a possibilidade de funcionar devido ao desinteresse do governo da época, o que toda aquela estrutura fosse considerada “Elefante Branco”. Aquela realidade poderá mudar nos próximos meses.

Agora a Prefeitura de São Mateus formalizou a concessão de uso gratuito do imóvel conhecido como antigo Ceasa. O prefeito Marcus Batista (Podemos) assinou contrato com o Governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Gestão e Recursos Humanos (Seger), que vai garantir ao município de São Mateus o direito de uso da área pelo prazo de 40 anos, com possibilidade de prorrogação.

A área total de 41.120,50 m², incluindo edificações já existentes, passa a integrar oficialmente o patrimônio de uso do município para fins estratégicos de desenvolvimento econômico. De acordo com o contrato, o imóvel será destinado exclusivamente à implantação e operação do Hub Estratégico Industrial de São Mateus, estruturado como um condomínio industrial voltado à geração de emprego, renda e fortalecimento da economia local.

Marcus Batista, prefeito de São Mateus / Foto: ES360

De acordo com as assessorias dos governos municipal e estadual, a concessão é realizada “de forma gratuita, cabendo à Prefeitura de São Mateus a responsabilidade pela guarda, conservação, vigilância e utilização adequada do imóvel, além da realização de benfeitorias necessárias para viabilizar o funcionamento do hub. Todas as ações deverão respeitar a finalidade prevista em contrato e as normas legais vigentes”.

O contrato foi assinado pelo secretário de Estado de Gestão e Recursos Humanos, Marcelo Calmon Dias, representando o Governo do Estado, e pelo prefeito de São Mateus, Marcus Azevedo Batista. Para o gestor mateense, “a iniciativa reforça a parceria institucional entre Estado e Município e representa um passo importante para o planejamento de longo prazo, aproveitando uma área estratégica para impulsionar o desenvolvimento industrial e social de São Mateus”.

Para lideranças políticas, agentes públicos e empresários, com a concessão, a Prefeitura de São Mateus avança na organização do território e na criação de condições estruturais para atrair investimentos, ampliar oportunidades e promover crescimento sustentável, alinhado às necessidades atuais e futuras do município.

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  • Fonte: Prefeitura de São Mateus / Comunicação
  • Foto/Destaque: Crédito – Maickson Correia / PMSM
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Guriri só será bom para o turista se for bom para seus moradores

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Por Paulo Roberto Borges* – São Mateus

O balneário de Guriri, localizado no município de São Mateus, norte capixaba, já foi cantado em prosa e verso e até chamado de Ilha do Mel dentre outros adjetivos que, tempos depois podemos dizer que foi apenas um projeto midiático para vender algo que tinha embalagem bonita, porém, dentro um produto de qualidade duvidosa. Uma espécie de propaganda enganosa.

O Guriri glamourizado, aquele das páginas de jornais e revistas, expondo seus encantos não existe e nunca existiu desde quando virou local habitado por pessoas e não somente por mariscos, areia e vegetação rasteira. O Guriri de hoje, o verdadeiro, traz inúmeros problemas que passaram por décadas sem qualquer intervenção do poder público de maneira efetiva com a intenção de uma solução definitiva diante dos problemas que foram surgindo. Hoje esses problemas estão no ápice.

Durante o período de festas o poder público se movimenta freneticamente para maquiar o local, pelo menos nas duas principais avenidas, em detrimento das ruas perpendiculares e transversais, aonde residem a maioria das pessoas com suas famílias e animais domésticos. Varrem, tiram entulhos, podam árvores, pintam meios-fios, melhora a iluminação, enfeitam o pavão. O intuito é montar um cenário que só existe nas duas principais artérias, por onde circulam os visitantes, os veranistas, os turistas e os farofeiros. Claro que os comerciantes dessas vias vibram com a possibilidade de melhorar seu faturamento. O que virá depois desse período pouco importa e enquanto estão faturando, santificam o gestor pela obra ali feita.

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Vários gestores passaram e pouco se fez para que o residente local, o nativo, se orgulhasse de ali morar. Passado o período pseudo-glamuroso, voltam a conviver com a realidade, voltam os problemas recorrentes e, com qualquer chuva, os alagamentos, as “esquadrilhas” de pernilongos, o aumento de casos de dengue, as ruas com crateras, lama, poeira, poças d’água conforme o clima e a ocasião. Guriri passa a ser o que sempre foi. O manto que cobrira seus problemas e que são escondidos durante o período festivo é retirado e voltam os problemas crônicos, companheiro fiel do morador ano todo.

O morador de Guriri não quer ter essas companhias que só trazem transtornos para o seu dia-a-dia. Quando chove é alagamento; quando faz sol a poeira; as árvores não recebem podas, o “entulho se entulha”; o transporte público é deficitário; a saúde costuma ficar doente e o doente fica doente de indignação pela carência dos serviços disponibilizados para turistas no curto período que por lá passam e que não se prolongam pelo restante do ano.

O DER está construindo a chamada calçada cidadã nas duas laterais da Rodovia Otovarino Duarte Santos que tem lá sua importância; entretanto não são vistas pelos nativos como prioridade. Estes, na realidade, têm outras prioridades urgentes, por exemplo, entrar e sair das suas residências sem precisar de usar algum meio de transporte aquático. Alguém poderá argumentar que a verba que custeia as calçadas cidadãs  são do DER. Não, não são. Pertence ao pagador de impostos, os quais deveriam ser ouvidos quanto da aplicação desse recurso.

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A gente reconhece os esforços da atual gestão e do próprio governo do Estado, mas o cidadão tem todo o direito de exigir que as coisas aconteçam com mais celeridade naquilo que é possível se fazer. A microdrenagem é importante, assim como a macrodrenagem. Haja paciência para esperar o dia da redenção, mas… que jeito?!

A verdade verdadeira é que Guriri só vai ser o que dizem que é, quando todos os seus moradores puderem dizer e viver também as maravilhas que as propagandas disseminam mundo a fora. Por enquanto continua sendo um bairro aparentemente nobre, mas que tem os mesmos problemas de um bairro periférico de uma cidade cheia de “poréns”…

Guriri não pode ser bom para o turista sem antes ser bom para seus moradores. Simples assim.

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* Da Redação / Com informações do correspondente

* Foto/Destaque: Reprodução / Redes Sociais

 

 

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