Crime Ambiental
Suzano registra mais de 140 ocorrências de caça irregular em áreas florestais do Espírito Santo e Bahia
Meio Ambiente
Números são referentes aos dez primeiros meses de 2024; 87% dos casos resultaram em desmobilização de armadilhas e recolhimento de acessórios
“Basicamente, o número que tivemos em 2023 está relacionado a uma mudança de metodologia de monitoramento e coleta de dados, o que foi suficiente para entendermos de forma mais assertiva o problema. Então, comparando com este ano, o reflexo é altamente positivo e demonstra uma redução significativa, muito graças à percepção do caçador de que sua atividade foi identificada. Quando nosso time localiza e desmonta uma armadilha, o caçador volta, percebe nossa intervenção e não retorna àquela área, pois sabe que está sendo monitorado e isso representa um risco para ele ser autuado em flagrante pelo crime ambiental de caça”, explica Lucio Flavio Gracino, coordenador Corporativo de Inteligência Patrimonial da Suzano.
A Suzano tem compromisso estabelecido com a preservação e restauração ambiental, atuando de forma integrada com instituições especializadas no combate a queimadas e buscando contribuir com a proteção do patrimônio natural brasileiro, incluindo a fauna. Em relação à caça irregular, a empresa se mantém forte no enfrentamento do crime, o que inclui o monitoramento ostensivo, ações operacionais e atuação preventiva em educação ambiental, como é o caso das abordagens dos guardiões junto às comunidades locais. Só em 2024, já foram realizadas 346 abordagens em regiões estratégicas capixabas e baianas, impactando e conscientizando mais de 650 pessoas, somente quanto ao tema da prática ilegal de caça.
Ação de conscientização da Suzano inclui a distribuição de panfleto do Guardiões da Floresta em comunidades vizinhas
Armadilhas
Entrando na operação de campo, quando as equipes identificam ocorrências deste gênero, promovem as devidas tratativas, tais como o acionamento policial, a desmobilização de armadilhas ou perigos eminentes e o recolhimento de artefatos de caça, dentre outras, que podem incluir, por exemplo, o resgate de um animal capturado e sua reintrodução em seu habitat natural. Do total de ocorrências identificadas, 95% tiveram tratativas classificadas como de resolução imediata, tendo em vista que são intervenções que impedem que a captura do animal se concretize. Rodrigo Pimentel, Coordenador de Inteligência Patrimonial da Suzano na Bahia, explica o motivo da alta taxa de resolução imediata e as particularidades da identificação e tratativa destes casos.
“O acionamento policial é feito nos casos em que há o flagrante do caçador ou envolve arma de fogo. Então, por protocolo de operação, acionamos a polícia imediatamente para tomar as ações cabíveis. Mas o mais comum é encontrarmos ali um poleiro, gaiolas, armadilhas ou outros artefatos de caça. Então fazemos a desmobilização ou recolhimento e isso impede que o animal seja capturado posteriormente, frustrando a prática ilegal. A depender do artefato, recolhemos e entregamos ao órgão competente, como o IBAMA ou Polícia Ambiental. Nos demais casos, descartamos internamente da forma correta”, finalizou.
Tatu é o principal alvo de caçadores
Ponto de Caça criminosa
O tatu é a espécie animal mais cobiçada pelos caçadores capixabas e baianos. A fim de ser utilizado como alimento, o pequenino mamífero costuma ser encontrado em armadilhas durante as ocorrências captadas pela equipe de vigilância florestal da Suzano. Segundo o time operacional da empresa, outros animais que sofrem constantes ameaças são o quati, a capivara, a paca, a corça e o lagarto. Também é possível considerar que 80% dos casos de caça são para consumo, já os outros 20% são para comercialização.
“São raros os casos em que identificamos algum animal aprisionado ou surpreendido pelo artefato que o caçador usa. Nessas situações, ou o time faz a liberação do animal, então desfaz ali a armadilha e reintroduz o animal na natureza, ou quando tem algum tipo de ferimento, o time de campo consulta a gestão operacional da unidade para o direcionamento de como proceder, já que a Suzano possui estreito relacionamento com órgãos ambientais que normalmente dão suporte ao recolhimento, tratamento e reintrodução destes animais. Um lugar que utilizamos muito para entrega dos animais capturados é o Projeto Sereias, em Aracruz”, explica Arilson Siqueira, Coordenador de Inteligência Patrimonial da Suzano no Espírito Santo.
Como realizar uma denúncia?
Com o objetivo de centralizar e agilizar o recebimento de informações cruciais da população sobre ocorrências em áreas florestais, tais como incêndios (principal problema reportado), furto de madeira, caça e pesca predatórias, além de invasões de terras, o Guardiões da Floresta pode ser acionado gratuitamente por telefone ou WhatsApp, por meio do número 0800-203-0000. O canal funciona 24 horas por dia e recebe denúncias de possíveis crimes patrimoniais ou ambientais nas áreas florestais da empresa, sempre garantindo total anonimato do denunciante.
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* Fonte: Suzano / Pauta6 Comunicação
* Fotos: Divulgação / P6Comunicação
Meio Ambiente
Bahia e Espírito Santo lideram poluição por microplásticos no litoral brasileiro
Pesquisa acende alerta ambiental e expõe fragilidades no saneamento, na gestão de resíduos e na proteção da vida marinha
Por Camilla Gumieiro* – Vitória / ES
A costa leste do Brasil, que vai da Baía de Todos os Santos (BA) até a foz do rio Piraquê-Açu, em Aracruz (ES), apresenta hoje a maior concentração de microplásticos do país. Um estudo divulgado recentemente pelo projeto MicroMar, coordenado pelo Instituto Federal Goiano, identificou 17 partículas de microplástico por litro de água, média superior à soma das outras quatro macrorregiões costeiras analisadas.

O cenário coloca Bahia e Espírito Santo no centro de uma crise silenciosa, persistente e com efeitos ainda pouco mensurados sobre o meio ambiente e a saúde humana. Entre abril de 2023 e abril de 2024, foram coletadas amostras de água em 1.024 praias ao longo de 7.500 km de costa. As regiões foram divididas em Amazônia Equatorial, Nordeste, Leste, Sudeste e Sul.
Segundo a pesquisa, o resultado no leste brasileiro surpreende pela magnitude. Mesmo regiões altamente urbanizadas, como Rio de Janeiro e São Paulo, não apresentaram níveis tão elevados quanto Bahia e Espírito Santo.
Por que a contaminação é tão alta nessa região?
O estudo aponta fatores estruturais e ambientais:
– Falta de saneamento adequado, que aumenta o descarte de resíduos no mar.
– Turismo intenso, especialmente na alta temporada, elevando a geração de lixo.
– Proximidade de rodovias e áreas urbanas, que liberam partículas de pneus, uma das principais fontes de microplásticos para mares e rios.
– Correntes oceânicas que favorecem o acúmulo desses fragmentos nessa faixa da costa.
Impactos na vida marinha e riscos para humanos
Os microplásticos, partículas menores que 5 mm, são ingeridos por animais na base da cadeia alimentar, como filtradores, larvas e peixes jovens, prejudicando seu desenvolvimento e sobrevivência. Eles também podem carregar substâncias tóxicas e microrganismos, o que representa risco indireto para a saúde humana, principalmente para comunidades que dependem da pesca.
Para Luana Romero, diretora-executiva do Instituto Ideias, os novos dados reforçam a necessidade de respostas rápidas e integradas entre poder público, empresas e sociedade civil.
“Estamos diante de uma combinação de fatores estruturais, como saneamento, manejo inadequado dos resíduos e pressão turística, que exige ação imediata. Microplásticos não são um problema isolado: eles afetam biodiversidade, economia local e, indiretamente, a saúde das pessoas. Reduzir esse impacto passa por políticas públicas consistentes, regulação empresarial e educação ambiental contínua”.
Especialistas apontam um conjunto de ações urgentes e de médio prazo:
Ações imediatas
– Ampliar e melhorar sistemas de tratamento de esgoto nos municípios costeiros.
– Monitorar fontes de poluição e reforçar fiscalização ambiental.
– Estruturar planos de gestão de resíduos sólidos adaptados a períodos de alta estação.
A médio e longo prazo
– Implementar políticas de economia circular para reduzir plásticos descartáveis.
– Modernizar drenagem urbana para diminuir aporte de partículas de pneus nos rios.
– Estimular inovação no setor empresarial com foco em materiais alternativos e logística reversa.
– Investir em programas contínuos de educação ambiental.
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- Foto/Destaque: Reprodução Internet
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