Combatendo Furtos e Roubos
Iema realiza ação de fiscalização em florestas do Parque Estadual de Itaúnas
Meio Ambiente
O Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) conduziu, na última semana, uma ação de fiscalização para combater o furto de madeira de lei em florestas localizadas na zona de amortecimento do Parque Estadual de Itaúnas (PEI), em Conceição da Barra. A região, próxima a um assentamento rural, tem sido alvo recorrente de roubo de madeira nativa.

A ação contou com a participação conjunta do Iema, da Polícia Ambiental, da Suzano S.A. e de pesquisadores da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Durante a operação, dois fragmentos florestais foram identificados como pontos de atividades criminosas. As árvores, muitas delas seculares e de grande porte, são derrubadas ilegalmente no interior da mata, serradas e retiradas para usos ainda não identificados. Entre as espécies exploradas de forma ilícita, estão a Oiticica, a Braúna e o Quina de Rego, algumas sendo ameaçadas de extinção.
O servidor do Iema que atua no PEI, Gustavo Rosa, explica que, além de caracterizar os danos ambientais, as equipes iniciaram o processo de recolhimento da madeira ilegalmente extraída e intensificaram o monitoramento das áreas afetadas. “O monitoramento contínuo das áreas e a condução de investigações seguem para apurar os responsáveis pelas atividades ilegais”, disse.
Assim, a fiscalização nos fragmentos florestais e a operação se estenderam às propriedades rurais adjacentes, com o objetivo de investigar e identificar o uso irregular da madeira e orientar os proprietários da região sobre as restrições legais para o uso de madeira nativa. Denúncias podem ser realizadas presencialmente no Protocolo Geral do Iema ou de forma digital, na seção “Denúncias” do site do Instituto.
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* Fonte: Iema / Assessoria de Comunicação – Karolina Gazoni
* Foto/Destaque: Divulgação / Iema
Meio Ambiente
Bahia e Espírito Santo lideram poluição por microplásticos no litoral brasileiro
Pesquisa acende alerta ambiental e expõe fragilidades no saneamento, na gestão de resíduos e na proteção da vida marinha
Por Camilla Gumieiro* – Vitória / ES
A costa leste do Brasil, que vai da Baía de Todos os Santos (BA) até a foz do rio Piraquê-Açu, em Aracruz (ES), apresenta hoje a maior concentração de microplásticos do país. Um estudo divulgado recentemente pelo projeto MicroMar, coordenado pelo Instituto Federal Goiano, identificou 17 partículas de microplástico por litro de água, média superior à soma das outras quatro macrorregiões costeiras analisadas.

O cenário coloca Bahia e Espírito Santo no centro de uma crise silenciosa, persistente e com efeitos ainda pouco mensurados sobre o meio ambiente e a saúde humana. Entre abril de 2023 e abril de 2024, foram coletadas amostras de água em 1.024 praias ao longo de 7.500 km de costa. As regiões foram divididas em Amazônia Equatorial, Nordeste, Leste, Sudeste e Sul.
Segundo a pesquisa, o resultado no leste brasileiro surpreende pela magnitude. Mesmo regiões altamente urbanizadas, como Rio de Janeiro e São Paulo, não apresentaram níveis tão elevados quanto Bahia e Espírito Santo.
Por que a contaminação é tão alta nessa região?
O estudo aponta fatores estruturais e ambientais:
– Falta de saneamento adequado, que aumenta o descarte de resíduos no mar.
– Turismo intenso, especialmente na alta temporada, elevando a geração de lixo.
– Proximidade de rodovias e áreas urbanas, que liberam partículas de pneus, uma das principais fontes de microplásticos para mares e rios.
– Correntes oceânicas que favorecem o acúmulo desses fragmentos nessa faixa da costa.
Impactos na vida marinha e riscos para humanos
Os microplásticos, partículas menores que 5 mm, são ingeridos por animais na base da cadeia alimentar, como filtradores, larvas e peixes jovens, prejudicando seu desenvolvimento e sobrevivência. Eles também podem carregar substâncias tóxicas e microrganismos, o que representa risco indireto para a saúde humana, principalmente para comunidades que dependem da pesca.
Para Luana Romero, diretora-executiva do Instituto Ideias, os novos dados reforçam a necessidade de respostas rápidas e integradas entre poder público, empresas e sociedade civil.
“Estamos diante de uma combinação de fatores estruturais, como saneamento, manejo inadequado dos resíduos e pressão turística, que exige ação imediata. Microplásticos não são um problema isolado: eles afetam biodiversidade, economia local e, indiretamente, a saúde das pessoas. Reduzir esse impacto passa por políticas públicas consistentes, regulação empresarial e educação ambiental contínua”.
Especialistas apontam um conjunto de ações urgentes e de médio prazo:
Ações imediatas
– Ampliar e melhorar sistemas de tratamento de esgoto nos municípios costeiros.
– Monitorar fontes de poluição e reforçar fiscalização ambiental.
– Estruturar planos de gestão de resíduos sólidos adaptados a períodos de alta estação.
A médio e longo prazo
– Implementar políticas de economia circular para reduzir plásticos descartáveis.
– Modernizar drenagem urbana para diminuir aporte de partículas de pneus nos rios.
– Estimular inovação no setor empresarial com foco em materiais alternativos e logística reversa.
– Investir em programas contínuos de educação ambiental.
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- Foto/Destaque: Reprodução Internet
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