Manifestações violentas
Manifestantes invadem palácios dos três poderes em Brasília
BRASIL
Foram invadidos e depredados os prédios do Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal
Brasília / DF
Manifestantes radicais, que contestam a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pedem o respeito a Constituição Federal, furaram o bloqueio feito pela Polícia Militar do Distrito Federal na tarde deste domingo (8) e deram início a uma grande invasão na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
Um grupo de manifestantes iniciou os atos de vandalismo no Congresso Nacional, também se dirigiu ao Palácio do Planalto e à Praça dos Três Poderes, onde fica o Supremo Tribunal Federal (STF), com o discurso de fazer uma intervenção em todos os Poderes.
No momento da invasão, manifestantes derrubaram as grades do local de acesso ao prédio do Congresso Nacional. A polícia soltou gás de pimenta, mas, mesmo assim, pessoas que estavam na manifestação furaram o bloqueio de segurança.
Os invasores reagiram às bombas de efeito moral usadas pelas forças policiais e conseguiram afastar as tropas. Depois de invadirem o Congresso, os manifestantes se dirigiram à rampa do Palácio do Planalto.
Foi visto um manifestante com a bandeira do PT ateando fogo próximo ao prédio do Congresso Nacional e supostamente infiltrados estavam no meio dos manifestantes.
No sábado (7) o ministro da Justiça, Flávio Dino autorizou o uso da Força Nacional para conter os atos e a Esplanada dos Ministérios foi fechada para veículos. Os manifestantes, porém, caminharam a pé do quartel general do Exército e foram até o Congresso Nacional, com faixas pedindo “Lula na cadeia”, “intervenção militar” e “Bolsonaro presidente”.

A convocação foi feita por grupos de apoiadores do ex-presidente. O discurso de pessoas que chamaram as manifestações nas redes sociais é esperar alguma ação das Forças Armadas contra o governo Lula, medida que contraria a Constituição, mesmo que não haja nenhum indício por parte dos militares de que isso vá ocorrer.
Vídeos publicados nas redes sociais mostram o momento em que os manifestantes subiram a rampa do Congresso Nacional e invadiram a parte de cima, onde ficam as cúpulas do Senado Federal e da Câmara dos Deputados. Uma bandeira com as cores verde e amarela foi estendida no local. As imagens mostram que os policiais reagiram com bombas.
Segundo informações da Record News, os manifestantes chegaram a quebrar janelas no Congresso Nacional.

Caravanas
A área central de Brasília foi interditada no último sábado (07) após a chegada de vários ônibus com apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Diante de ameaças de manifestações violentas e a chegada de caravanas contrárias ao resultado das eleições presidenciais a Brasília, o governo federal autorizou o uso da Força Nacional na capital federal entre este sábado (07) e segunda-feira (09). O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, assinou uma portaria com o aval.
Parte da tropa já está na Esplanada dos Ministérios. Mais cedo, também pelas redes sociais, Dino afirmou que articula junto à Polícia Federal, à Polícia Rodoviária Federal, ao governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), e ao ministro da Defesa, José Múcio, medidas para coibir e penalizar os que cometeram atos de vandalismo.
Decretada intervenção federal no DF
O presidente Lula (PT), afirmou, em rede nacional, que assina decreto neste domingo (08) promovendo intervenção federal no Distrito Federal, diante dos violentos atos de vandalismo. O decreto já entrou em vigor na data da publicação.
Foto: TV Brasil
BRASIL
Após cancelamento, CPMI ouvirá ex-dirigente de entidades do INSS
Cecília Rodrigues Mota depõe nesta terça (18/11); ela presidiu associações suspeitas de integrar esquema bilionário de descontos ilegais em aposentadorias
Por Danandra Rocha* – Brasília / DF
Apesar do cancelamento da sessão desta segunda-feira (17/11), a CPMI do INSS retoma os trabalhos já na terça (18), às 10h, com a oitiva da advogada Cecília Rodrigues Mota. Ex-presidente da Associação dos Aposentados e Pensionistas Nacional (Aapen) e também da Associação dos Aposentados e Pensionistas do Brasil (AAPB), ela é apontada como uma figura-chave no funcionamento das entidades investigadas na Operação Sem Desconto, conduzida pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União. As duas organizações teriam sido beneficiadas por descontos indevidos aplicados a aposentados e pensionistas, em um esquema que já estima prejuízo de cerca de R$ 6,3 bilhões.

Senador Carlos Viana, presidente da CPMI do INSS / Foto: Agência Senado
Cecília é alvo de dez pedidos de convocação. O senador Izalci Lucas (PL-DF), autor de um deles, lembra que tanto a Aapen quanto a AAPB tiveram bens bloqueados a pedido da AGU em razão de “infrações gravíssimas” à Lei Anticorrupção. Para o parlamentar, ouvir a ex-dirigente é fundamental para entender a lógica interna e a cadeia de decisões que, segundo as investigações, teriam transformado as entidades em peças centrais de uma engrenagem que explorou financeiramente “beneficiários vulneráveis”.
“Cecília Rodrigues Mota passou a liderar entidades que não estão apenas sob suspeita, mas são formalmente apontadas pela Advocacia-Geral da União (AGU) pela prática gravíssima de pagamento de vantagem indevida a agente público”.
Oitiva sobre a Amar Brasil
Além de Cecília, a CPMI também ouvirá João Carlos Camargo Júnior, sócio-administrador da Mkt Connection Group. Ele é citado em requerimentos devido a repasses expressivos feitos pela entidade Amar Brasil,investigada por efetuar cobranças não autorizadas em benefícios de segurados do INSS, para sua empresa.
O deputado Paulo Pimenta (PT-RS), que solicitou a convocação, aponta que a Mkt Connection Group foi criada em dezembro de 2022, apenas um mês depois da assinatura do acordo de cooperação técnica entre a Amar Brasil e o INSS, o que adiciona ainda mais dúvidas sobre a relação financeira entre as duas partes.
“Além dos valores, chama atenção o fato de a empresa ter sido criada em 12 de dezembro de 2022, um mês após a assinatura do ACT da Amar Brasil com o INSS”, disse o parlamentar.
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- Correio Braziliense – Conteúdo
- Foto/Destaque: Crédito – Edilson Rodrigues / Agência Senado
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