Mobilidade Urbana
Mais de 170 acidentes com bicicletas elétricas no ES; idosa morreu e adolescente ficou em coma
CIDADES
Especialistas alertam para velocidade, falta de equipamentos e uso irregular
Por Raul Rodrigues* – Vitória / ES
As bicicletas elétricas se tornaram populares no Espírito Santo devido à praticidade, ao baixo custo e ao uso sem esforço intenso. Porém, o aumento no número desses veículos circulando pelas cidades tem acendido um sinal de alerta.
Apenas este ano, o Samu já registrou 177 atendimentos relacionados a acidentes com bikes elétricas no Estado, sendo 154 na Região Metropolitana. Vila Velha lidera com 72 ocorrências. As bikes podem chegar a 32 km/h, mas em Vitória o limite máximo permitido é de 20 km/h.
Primeira morte envolvendo bike elétrica na Grande Vitória
No último mês, na Enseada do Suá, em Vitória, uma idosa de 82 anos foi atingida por uma bicicleta elétrica enquanto ia comprar remédio para o marido, de 86 anos. Segundo a família da vítima, a ciclista estava na contramão e em alta velocidade.
Conceição Anceschi Pissinali ficou 22 dias internada na UTI, mas não resistiu. Foi o primeiro caso de morte registrada em decorrência de atropelamento por bicicleta elétrica na Grande Vitória. A Polícia Civil não informou se a mulher que conduzia o veículo será denunciada. A reportagem não conseguiu localizá-la.
Outro caso recente envolve Bernard Costa, de 14 anos, que ficou em coma após descer uma ladeira com uma bicicleta elétrica sem freio. Ele não usava capacete. A família informou que o adolescente, morador de Colatina, está em casa e segue em recuperação.
Ele só pegou a bicicleta para passear. Infelizmente, aconteceu essa tragédia. A bike não era dele e estava sem freio. Todos os amigos também andavam sem capacete, mas depois disso começaram a usar, viram que não é brincadeira”, disse Pedro Costa, pai de Bernard
Uso cresce, mas exige cuidados
A bancária Fabíola Donadelo trocou o carro pela bike elétrica para ir trabalhar, mas reforça que a atenção precisa ser redobrada:
Eu tento andar sempre de capacete. Me preocupo em respeitar o limite da ciclovia e de velocidade. A gente precisa ter atenção com tudo: pedestres no celular, quem faz exercício, bikes convencionais e elétricas ao mesmo tempo.
O que diz a legislação
Infrações cometidas com bicicletas elétricas ou autopropelidas não são enquadradas pelo Código de Trânsito, mas podem gerar responsabilização na esfera penal em casos de acidentes.
Já para motonetas elétricas, scooters e ciclomotores, é obrigatório: Carteira de habilitação, emplacamento, circular apenas em vias permitidas e não podem andar em ciclovias.
O Batalhão de Trânsito reforça que muitos dos condutores são adolescentes e jovens sem conhecimento das regras.
“Vemos aumento no número desses veículos. É uma tecnologia positiva, mas é preciso conscientização por parte dos usuários. Muitos condutores são menores de idade e não têm preparo ou habilitação”, completou o Tenente Lucas Lourenço, BPTran.
Audiência pública na Ales discute o tema nesta segunda
Uma audiência pública marcada para esta segunda-feira (17) vai discutir o uso de bicicletas elétricas. O evento acontece às 9 horas na Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales). O objetivo é debater propostas concretas de conscientização e fiscalização relacionadas ao uso desse tipo de veículo.
“Vivemos em uma cidade que cresce e se transforma, e, com esse crescimento, aumenta também a complexidade do trânsito. É imprescindível que todos os usuários das vias públicas compreendam seus direitos e deveres para garantir um trânsito mais seguro, humano e responsável”, afirma o vereador Aylton Dadalto, que puxa o debate sobre o tema na Assembleia
- Folha Vitória – Conteúdo
- Foto/Destaque: Reprodução / Redes Sociais
CIDADES
Vitória lidera, desde 2021, o Indicador de Ambiente de Negócios (IAN)
Por Julya Feitoza* – Vitória / ES
A capital capixaba reafirma a sua posição de destaque no Indicador de Ambiente de Negócios (IAN), desenvolvido pela Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), ocupando, desde 2021, o 1º lugar entre os municípios avaliados, com 7,87 pontos.
O IAN avalia o ambiente de negócios dos 78 municípios capixabas a partir de 42 indicadores, agrupados em 12 categorias e quatro eixos.
“A posição de liderança de Vitória no Índice de Ambiente de Negócios é um reflexo direto do trabalho estratégico e organizado realizado pela atual gestão. Esse resultado evidencia nosso compromisso com o desenvolvimento sustentável da cidade, a promoção de um ambiente favorável para negócios e a constante melhoria a qualidade dos serviços públicos, sempre com foco na criação de valor para os cidadãos”, disse o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini.
A capital alcançou 7,94 pontos no eixo “Infraestrutura”. Na categoria “Condições urbanas”, além de 100% em cobertura 4G, a cidade lidera no acesso à internet rápida, registrando 366,29 conexões por mil habitantes. Na categoria “Segurança urbana”, a taxa de homicídios em Vitória caiu de 22,04 para 20,89, garantindo a liderança da capital em comparação com os demais municípios.
No eixo “Potencial de mercado”, Vitória alcançou 8,21 pontos. Na categoria “Acesso ao crédito”, a capital lidera em operações de crédito, com a taxa de 49,51. Em “Inovação”, a cidade lidera em trabalhadores nos setores da economia criativa, inovação e TIC, com a taxa 5,73. Em “Tamanho de mercado”, ocupa a primeira posição, com PIB per capita de R$ 92,805,97, além de renda média de R$ 4.692 dos trabalhadores formais.
No eixo “Capital humano”, a cidade lidera o IAN com 7,37 pontos, ocupando o 1º lugar na categoria “Educação” em alunos matriculados na educação infantil (0 a 5 anos), com taxa de 78,20, e 1º lugar no Ideb – Fundamental I (do 1º ao 5º ano), com nota 6,10. Na categoria “Qualificação da mão de obra”, a capital lidera em trabalhadores formais com ensino médio e ensino superior completos, com taxas de 87,91 e 39,46%, respectivamente. Na categoria “Saúde”, lidera por ter o menor número de óbitos por doenças crônicas não transmissíveis.
Por fim, no eixo “Gestão pública”, Vitória está no topo com 7,97 pontos. Na categoria “Processos burocráticos”, lidera no quesito “tempo de abertura de empresas”. Na categoria “Gestão fiscal”, lidera em vários quesitos, como autonomia, investimento público, gasto com pessoal, receita per capita e liquidez.
Construção coletiva
“Estamos falando de uma construção coletiva, sustentada por planejamento, disciplina e compromisso com o cidadão. Quando isso acontece, o impacto aparece na ponta: processos mais ágeis, ambiente de negócios mais estável, e toda a sociedade sente o reflexo – do trabalhador que encontra oportunidade ao empreendedor que ganha condições reais para crescer. O IAN contribui na construção de políticas públicas que impulsionem o Espírito Santo inteiro”, comentou o presidente da Findes, Paulo Baraona.
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* Prefeitura de Vitória / Comunicação – Conteúdo
* Foto/Destaque: Premiação IAN / Crédito – Marcos Salles / PMV
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