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Espírito Santo adere ao Programa Fomento Rural e já beneficia 400 famílias do campo

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 Programa já está apoiando projetos produtivos em 45 municípios capixabas

Por Felipe Ribeiro*

Vitória / ES

O Governo do Espírito Santo aderiu ao Programa Fomento Rural, do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS). Com essa iniciativa, 400 famílias rurais de 45 municípios capixabas já estão recebendo apoio técnico e financeiro para desenvolverem atividades produtivas, e a expectativa é de que o número de beneficiários dobre até o fim deste ano.

A adesão ao programa foi realizada por meio da Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), responsável pela gestão da iniciativa no Estado, e do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), encarregado da execução das ações.

O Programa Fomento Rural busca promover a segurança alimentar e nutricional, bem como a inclusão social de famílias rurais em situação de vulnerabilidade. A iniciativa combina a transferência de um benefício financeiro não reembolsável, no valor de R$ 4,6 mil (pago em duas parcelas), com acompanhamento técnico para garantir que os recursos sejam aplicados no desenvolvimento de projetos produtivos.

Dessa forma, as famílias podem estruturar ou ampliar sua capacidade produtiva, aumentando e diversificando a produção de alimentos e outras atividades geradoras de renda.

“A adesão ao Programa Fomento Rural amplia as ações do Governo do Espírito Santo dedicadas a fortalecer a inclusão produtiva no meio rural”, ressaltou o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli.

De acordo com Bergoli, esse compromisso está alinhado às metas estratégicas do Plano Estratégico de Desenvolvimento da Agricultura Capixaba (Pedeag 4), que busca reduzir a desigualdade de renda no campo, refletida na projeção do Índice de Gini, com a meta de diminuir de 0,48 para 0,40 até 2032, representando uma redução de 15%. “Com ações concretas como essa, assistência técnica e acesso a recursos, estamos estruturando um meio rural mais equitativo e próspero para os capixabas”, enfatizou o secretário.

O subsecretário de Estado da Agricultura Familiar, Rogério Favoretti, destacou ainda que esta é uma ação crucial para o desenvolvimento da agricultura familiar no Espírito Santo. “É um passo importante para garantir a segurança alimentar e fortalecer a economia local”, afirmou.

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O programa atende exclusivamente famílias residentes em áreas rurais, incluindo agricultores e agricultoras familiares, povos indígenas, quilombolas e outras comunidades tradicionais inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).

“Por meio deste programa, buscamos ampliar e aprimorar nossas ações com políticas públicas voltadas para a agricultura familiar, promovendo melhores condições de vida e sustentabilidade no campo”, salientou o diretor-geral do Incaper, Alessandro Broedel.

Extensionistas identificam beneficiários

No Espírito Santo, são os extensionistas do Incaper que atuam, em parceria com servidores dos municípios, para identificar potenciais beneficiários, utilizando a base de dados do CadÚnico e realizando busca ativa em comunidades rurais. Esta abordagem, inclusive, permitiu cadastrar famílias em situação de vulnerabilidade que não constavam nos registros oficiais, garantindo a elas acesso ao programa e a outros serviços da assistência social.

Os extensionistas também são responsáveis por traçar um diagnóstico socioeconômico das famílias e, em conjunto com elas, elaborar o projeto produtivo a ser desenvolvido com os recursos repassados. Os investimentos podem ser direcionados para atividades agrícolas, como criação de pequenos animais e hortas, ou não agrícolas, como artesanato e pesca.

“A atuação dos extensionistas rurais é fundamental, uma vez que eles trabalham diretamente com as famílias beneficiárias, mediando políticas públicas que priorizam as necessidades dessas comunidades. O Incaper utiliza metodologias de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), tanto individuais quanto coletivas, para alcançar a meta de inclusão socioprodutiva. Essas metodologias visam promover o desenvolvimento familiar e local, valorizando os saberes socioculturais, os conhecimentos empíricos e as relações sociais”, frisou a extensionista Jacinta Cristiana Barbosa, que coordena as ações.

“Além disso, os extensionistas têm a sensibilidade de desenvolver abordagens mais inclusivas, que permitem a valorização e a visibilização das mulheres, que já são as protagonistas da segurança alimentar”, completou Jacinta Cristiana Barbosa.

Projetos contemplados

Entre os projetos produtivos contemplados no Espírito Santo, estão: sistema de irrigação para mulheres cultivarem café; iniciativas em comunidades quilombolas, indígena e assentamentos; estruturação de pequeno sistema de avicultura; produção de leite; aquisição de roçadeiras para prestação de serviços; produção de artesanato, e montagem de horta e salão de beleza.

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A primeira parcela do benefício foi paga em janeiro para os primeiros 400 beneficiários do programa. A segunda parcela será liberada após esse período, mediante a comprovação da aplicação dos recursos nos projetos produtivos. O plano operacional do Fomento Rural para 2025 prevê a inclusão de mais 400 famílias rurais, de diferentes municípios capixabas, no programa.

Como funciona o programa

Podem receber o Fomento Rural, as famílias inscritas no Cadastro Único, residentes no meio rural e que se encontrem em situação de pobreza (renda mensal de até R$ 218,00 por pessoa da família).

As famílias são identificadas e mobilizadas por agentes das equipes técnicas de instituições parceiras, e, caso atendam aos critérios do programa, passam a receber visitas domiciliares periódicas, a fim de acompanhar o desenvolvimento do projeto produtivo no prazo de até dois anos, a contar da data de liberação da primeira parcela.

Cada família recebe um único benefício, em duas parcelas, sendo a primeira parcela (R$ 2,6 mil) logo quando inicia o projeto, e a segunda (R$ 2 mil) após um intervalo de pelo menos três meses, de acordo com o acompanhamento do projeto em desenvolvimento. O pagamento é feito pela Caixa Econômica Federal, por meio do mesmo cartão do Programa Bolsa Família, ou, caso a família não tenha este cartão, pode receber por meio do Cartão Cidadão ou por saque direto na agência.

Para receber as parcelas do Fomento Rural, a família interessada precisa: confirmar a intenção em participar do programa assinando um Termo de Adesão; elaborar um Projeto Produtivo com apoio do técnico; e desenvolver satisfatoriamente as etapas previstas no projeto.

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* Fonte; Incaper / Comunicação e Marketing – Conteúdo

* Foto/Destaque: Divulgação / Incaper

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Mineração mais sustentável e energias limpas ganham impulso no Espírito Santo

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O Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes) e a empresa Vale S.A. assinaram nesta terça-feira (15), um protocolo de intenções com o objetivo de fomentar a cadeia de valor da economia verde no Espírito Santo, com foco na produção e consumo de combustíveis de baixo carbono, como biometano, hidrogênio verde e tecnologias de captura e armazenamento de gás carbônico (CO₂).

A parceria é um primeiro passo, que tem como meta avaliar modelos de negócios e possíveis estruturas de financiamento que contribuam para a descarbonização da indústria capixaba, especialmente nas áreas de mineração e siderurgia. A proposta está alinhada às diretrizes estratégicas do banco de desenvolvimento, que visam promover uma economia mais verde por meio da neoindustrialização do Estado.

O documento foi assinado no Palácio Anchieta, em Vitória, com a presença do governador Renato Casagrande e do vice-governador Ricardo Ferraço. Também estiveram presentes os secretários de Estado, Sérgio Vidigal (Desenvolvimento) e Felipe Rigoni (Meio Ambiente e Recursos Hídricos).

“A gente nunca deixa de usar os combustíveis, mas precisamos usar cada vez menos. Estamos usando a força dos combustíveis fósseis para alavancarmos a energia limpa. Estamos montando um ciclo virtuoso e quando a Vale busca conosco todas as alternativas possíveis para a descarbonização nos deixa animados, pois esse é um caminho sem volta. O debate na COP 30 é a implementação do financiamento e o nosso Fundo de Descarbonização já vai iniciar com meio bilhão de reais e tenho certeza que irá atrair novos investidores. Temos condições de publicar o edital para selecionar a gestora do Fundo e vamos dar o pontapé inicial e definitivo para esse caminho sem volta que é a descarbonização”, afirmou o governador Casagrande.

Para o diretor-presidente do Bandes, Marcelo Saintive, a colaboração com a empresa fortalece a atuação do banco em prol de soluções sustentáveis. “A assinatura do documento sinaliza um passo importante para a construção de um ambiente mais favorável à inovação verde no Estado e reafirma o compromisso do banco em apoiar projetos que promovam a transição energética e o desenvolvimento sustentável do Espírito Santo. O Estado reúne condições ideais para esse tipo de iniciativa, com vocação logística, industrial e ambiental estratégica. Além disso, o Bandes segue o movimento dos bancos de desenvolvimento de todo o mundo, atuando como catalisador de investimentos em inovação e tecnologias limpas”, pontuou.

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Por sua vez, a Vale — maior mineradora do Brasil — já vem adotando diretrizes sustentáveis em sua estratégia corporativa, buscando reduzir suas emissões de carbono e contribuir para a agenda ambiental global. Com o protocolo, ambas as instituições poderão compartilhar conhecimentos, elaborar estudos técnicos e mobilizar especialistas e agentes de mercado nacionais e internacionais para viabilizar as iniciativas conjuntas.

“A assinatura deste protocolo de intenções reforça a estratégia da Vale de explorar alternativas para descarbonização e combate às mudanças climáticas. Temos metas claras para reduzir nossas emissões e buscamos soluções inovadoras para alcançar esses objetivos. Acreditamos que o Bandes pode ser uma alavanca de desenvolvimento para que as empresas estejam cada vez mais preparadas para atenderem o mercado de forma sustentável”, disse a gerente de Mudanças Climáticas da Vale, Vivian MacKnight.

“A formalização dessa parceria é estratégica para a agenda de sustentabilidade e direcionamento dos esforços do Banco para financiamento de projetos relacionados à economia verde, porque estamos indo além do crédito, estamos criando as condições necessárias para que novas cadeias de valor surjam no estado, por meio da produção de combustíveis de baixo carbono. A Vale é um grande demandante do insumo, precisamos identificar e estimular o potencial de produção que o estado tem, e esta parceria é o primeiro passo para isso”, destacou a diretora Operacional do Bandes, Gabriela Vichi.

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“O nosso governo vem deixando alguns legados para a sociedade do Espírito Santo. Um deles é o programa capixaba de Descarbonização. Colocar de pé uma cooperação como essa vai estimular que outras empresas também possam se associar. É uma iniciativa inovadora. A Vale está presente em alguns estados brasileiros, mas somos pioneiros numa iniciativa como essa. Um produto absolutamente diferenciado para oferecer ao Brasil. É mais uma experiência capixaba sinalizando ao País o caminho, alguém que pega recursos que têm como origem o combustível fóssil para financiar a transição energética”, pontuou o vice-governador Ricardo Ferraço.

No caminho para uma economia cada vez mais sustentável

A iniciativa reforça a estratégia do Governo do Espírito Santo de posicionar o Estado como referência em sustentabilidade e transição energética. Por meio do Bandes, o governo tem atuado no apoio a projetos estruturantes que visam a descarbonização da economia, a ampliação do uso de energias renováveis e o fortalecimento de cadeias produtivas alinhadas com os princípios da economia circular.

Nos últimos anos, o banco capixaba tem intensificado sua atuação como indutor de políticas públicas voltadas ao desenvolvimento sustentável, com destaque para a mobilização de capital verde, a criação de instrumentos financeiros voltados a tecnologias limpas e o incentivo à inovação industrial. “A parceria com a Vale é outro um marco neste caminho, reafirmando o papel estratégico do banco no futuro verde do Espírito Santo”, acrescentou Saintive.

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* Governo do ES / Comunicação / Bandes – Gerência de Comunicação Institucional – Conteúdos

* Fotos: Hélio Filho / Secom

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