Escândalo Nacional
Moraes ligou seis vezes a Galípolo em um dia para falar do Master
BRASIL
Nova informação contrasta com versão oficial divulgada pelo ministro do STF
Brasília / DF
Apesar de oficialmente o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sustentar que tratou com o presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, apenas sobre os efeitos da aplicação da Lei Magnitsky, novas notícias veiculadas sobre o tema sugerem que ele teria sim contatado o chefe da autarquia algumas vezes para falar sobre a venda do Banco Master ao Banco de Brasília (BRB).
De acordo com informações do jornal O Estado de São Paulo, Moraes chegou a fazer seis ligações telefônicas em um único dia a Galípolo para tratar do andamento da operação, segundo relatos de fontes do meio jurídico e do mercado financeiro. O Banco Master acabou sendo liquidado extrajudicialmente em 18 de novembro, após o Banco Central identificar indícios de fraudes que somariam cerca de R$ 12 bilhões.
A notícia ganha ainda mais relevância em razão da descoberta de que o escritório de advocacia de Viviane Barci, esposa do ministro, mantinha um contrato com o Master que previa o pagamento de R$ 3,6 milhões mensais, totalizando até R$ 129 milhões ao longo de três anos. O acordo incluía atuação junto a vários órgãos, entre eles o próprio Banco Central.
A revelação de que Moraes teria tentado interceder pelo Master foi publicada inicialmente por Malu Gaspar, do jornal O Globo. Oficialmente, tanto o ministro quanto o BC deram versões que contrastam com os bastidores relatados por fontes do Estadão e de Gaspar. Em nota, Moraes afirmou que seus contatos com Galípolo se limitaram a discutir os impactos da Lei Global Magnitsky.
O Banco Central, por sua vez, também confirmou que houve diálogo sobre as sanções, mas evitou afirmar que o tema foi o único tratado.
A revelação sobre os contatos entre Moraes e BC reacendeu questionamentos sobre conflito de interesses do ministro e motivou reações políticas. Parlamentares já discutem a abertura de uma CPI para investigar o contrato firmado pelo escritório de Viviane Barci e a eventual prática de advocacia administrativa.
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- Informações jornal Estadão
- Foto/Destaque: Reprodução / Estadão
BRASIL
Esquema de desvio leva a prisões em massa no Maranhão
Prefeito e vice-prefeita estão presos, e os 11 vereadores são suspeitos de fazerem parte do esquema de corrupção
Por Vanilson Oliveira*
O presidente da Câmara Municipal de Turilândia (MA), José Luis Araújo Diniz (União), conhecido como Pelego, assumiu interinamente a prefeitura da cidade três dias após ter sido preso pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), na Operação Tântalo II, que investiga um esquema de desvio de mais de R$ 56 milhões dos cofres públicos. Prefeito e vice-prefeita estão presos, e os 11 vereadores são suspeitos de fazerem parte do esquema de corrupção.
A posse ocorreu no último dia 26, por determinação do Ministério Público do Estado do Maranhão, que já havia determinado o afastamento e a prisão do prefeito Paulo Curió (União), da primeira-dama Eva Curió, além da ex-vice-prefeita Janaína Lima e do marido dela, Marlon Serrão. O contador da prefeitura Wandson Barros também foi detido. Eles estão na Unidade Prisional de Ressocialização de Pedrinhas, em São Luís.

Presidente da Câmara assumiu a Prefeitura
José Luís Araújo Diniz foi detido na terça-feira e está em prisão domiciliar. Mesmo na condição de investigado, ele tomou posse como prefeito interino por decisão da Justiça. Segundo o MP do Maranhão, os alvos da apuração integram uma organização criminosa que teria atuado de forma estruturada para desviar recursos públicos por meio de fraudes em licitações, corrupção ativa e passiva, peculato e lavagem de dinheiro.
As investigações indicam que empresas de fachada ou controladas por integrantes do grupo eram contratadas pela prefeitura para prestação de serviços, principalmente nas áreas de saúde e assistência social. Em diversos contratos, os serviços não teriam sido executados, apesar dos pagamentos terem sido efetuados.
Paulo Curió, prefeito de Turilândia
De acordo com o MP, após o pagamento das notas fiscais, parte significativa dos valores retornava aos investigados por meio de transferências financeiras intermediadas pelo contador da prefeitura. As empresas envolvidas ficariam com comissões que variavam entre 10% e 15% dos recursos.
O prejuízo estimado aos cofres públicos de Turilândia ultrapassa R$ 56 milhões. Apenas nos contratos ligados às áreas de saúde e assistência social, o valor sob investigação chega a cerca de R$ 43 milhões. Até o fechamento desta edição, as defesas dos envolvidos não haviam se manifestado.
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- Correio Braziliense – Conteúdo
- Foto/Destaque: Reprodução / Internet
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