Coluna / Opinião
Bloco de Nota / Dezembro 2ª edição
OPINIÃO

Por Paulo Roberto Borges
Sabedoria
O saudoso Enéas Carneiro, ex-candidato à Presidência da República, deixou um legado de ética, moral e valorização do conhecimento que faria muita falta a diversos governantes e políticos da atualidade. Homem íntegro e altamente capacitado, defendia o estudo e a formação intelectual como pilares para o exercício da vida pública — algo que contrasta fortemente com o cenário político brasileiro de hoje, comandado por figuras que mais envergonham do que honram a função que ocupam.
Para aqueles que acreditam que política é profissão ou carreira, o Dr. Enéas costumava afirmar — e com razão — que carreira é a militar, a eclesiástica, entre outras, nas quais se galgam postos por mérito, tempo de serviço e competência. Na política, o que se vê é um vai-e-vem incessante: o sujeito é prefeito, depois deputado, governador, senador, e retorna a cargos anteriores conforme a conveniência. Em uma carreira verdadeira, um general não volta a soldado.
À época, parte da imprensa tentou desqualificar Enéas, ridicularizando um homem culto, firme e coerente. Eram jornalistas de nome, mas pobres de conhecimento, que preferiam o deboche à reflexão. Hoje, ao observar o exercício da profissão, causa indignação ver jornalistas que mal dominam a escrita ou a oratória, defendendo princípios apenas por conveniência. Falta uma verdadeira profilaxia ética no jornalismo, para separar o profissional sério do aventureiro oportunista.
É isso. Vida que segue.
Escândalo
Os Correios acumulam um rombo estimado em R$ 6 bilhões somente neste ano, até o mês de setembro. No governo anterior, as estatais apresentavam lucro, inclusive os Correios. O atual governo promove uma quebradeira generalizada. Se fossem empresas privadas, já estariam falidas.
O que causa ainda mais estranheza é que uma empresa que não honra compromissos com fornecedores consegue patrocinar artistas simpáticos ao governo e marcar presença em eventos internacionais, como a COP-30. Pior: discute-se a liberação de empréstimos para salvar uma estatal claramente deficitária. A maioria fez o “L”.
Falácia presidencial
O presidente Lula declarou que todos aqueles sobre os quais recaia qualquer suspeita de envolvimento na roubalheira do INSS deveriam ser investigados por uma CPMI. No discurso, é eficiente; na prática, a realidade é bem diferente. O governo orientou sua base a barrar requerimentos de convocação de aliados citados entre os suspeitos.
Na lista aparecem nomes sensíveis, como o irmão do presidente, Frei Chico, e agora o filho, Cláudio, o “Lulinha”, que teria deixado o país rumo à Espanha antes que a situação se agravasse.
Ainda sobre a fraude no INSS
Só no Brasil acontecem certos absurdos. Existe um sindicato que, juridicamente, não deveria sequer existir: o Sindicato Nacional de Aposentados e Pensionistas. Aposentados e pensionistas não constituem categoria laboral ativa, o que torna a entidade nula de pleno direito.
Quem autorizou sua atuação? E por que seu nome aparece associado à farra do INSS? Perguntas que seguem sem resposta.
Bateu o martelo
O governador Renato Casagrande (PSB) consolidou o nome de seu vice, Ricardo Ferraço (MDB), como pré-candidato à sucessão estadual em 2026. Havia dúvidas se esse compromisso se manteria até o fim, especialmente diante de experiências passadas que ainda ecoam na memória política do Espírito Santo.
Com a decisão, Casagrande encerra as especulações e as conversas atravessadas. Ferraço é o escolhido e tem sido levado a tiracolo em agendas políticas pelo estado. Ainda pouco conhecido por parte do eleitorado, precisará ser apresentado de forma mais consistente.
PODE ISSO, ARNALDO?!
Não. Não pode.
O Congresso Nacional aprova leis; ao Supremo Tribunal Federal cabe a função de guardião da Constituição, limitando-se a declarar se uma norma é constitucional ou não. Entretanto, da forma como o sistema vem operando — impulsionado por iniciativas de partidos de esquerda — quase tudo é levado ao STF, que acaba legislando, governando e interferindo diretamente nos rumos do país, muitas vezes em sintonia com o Poder Executivo.
Esse cenário distorce o equilíbrio entre os Poderes e enfraquece a separação prevista na Constituição. Assim, a democracia brasileira torna-se relativa, esvaziada de seu sentido pleno — mais próxima de uma ficção institucional do que de um regime verdadeiramente representativo.
Resumão
Voo rasante – A companhia aérea Azul passa por uma reestruturação profunda diante de dificuldades operacionais e financeiras. *** Discriminação e perseguição – O STF aciona a Polícia Federal com rapidez contra parlamentares de oposição. Já na esquerda, aparentemente, só há inocentes. *** Privilégio – Mesadas de R$ 300 mil somadas a reforços de R$ 25 milhões fariam inveja a qualquer trabalhador que luta diariamente por um salário digno — aquele que permita comprar picanha, cervejinha e sobreviver com dignidade. E ainda “passear” na Espanha, porque aqui estaria perigoso viver…
Destaque – Quando o assunto é boa gestão municipal, não se pode esquecer do prefeito de Jaguaré, Marcos Guerra. *** Propaganda – O governo Lula intensificou o que já está no DNA do PT: propaganda institucional. Despeja fortunas em publicidade para mostrar o que não faz, criando narrativas que, na prática, configuram desinformação. Programas sociais funcionam como propaganda eleitoral disfarçada, aceita apenas por conveniência. *** Guriri – O bairro mais populoso de São Mateus precisa de atenção especial do poder público. O crescimento acelerado já suscita debates sobre emancipação. Caso isso ocorra, São Mateus perderia parte significativa de seu território e arrecadação. O tema merece discussão séria e responsável.
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“Democracia é quando eu mando em você; ditadura é quando você manda em mim”.
— Millôr Fernandes
OPINIÃO
Bloco de Notas – Dezembro / 1ª edição

Por Paulo Roberto Borges
Lei inútil
No Brasil, infelizmente, tem leis que pegam e outras que passam batidas. A lei eleitoral é polêmica, pois pega para uns e não para outros. Nesses meses, longe do período oficial para se começar a pedir voto, deixa a dúvida. Aliás, não precisaríamos ter Justiça Eleitoral. Poderia ser um simples departamento no judiciário.
É comum assistir eventos políticos que mais parecem campanha fora do tempo estipulado por lei. As vendas nos olhos da tal justiça eleitoral poderiam ser retiradas para que enxergue o que todos vêem e ela não.
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Pesquisa politica
No município de São Mateus foi feita uma pesquisa para saber em quem o eleitor local votaria para deputado estadual. O cenário diante dos nomes colocados, foi devastador para quase todos, exceto para o ex-pefeito Daniel Santana, que pontuou a pesquisa. Logo depois vem o nome do radialista Carlinhos Lyrio que disputa todas as eleições sem sucesso. Depois que se elegeu deputado e cumpriu seus quatro anos, nunca mais venceu. Foi bem votado em quase todas, mas não se elegeu. Na última, para prefeito, era festejada como certa a sua vitória, mas algo aconteceu que perdeu por pouco.
Com relação ao ex-prefeito Daniel, conhecido por Daniel da Açaí, vale registrar que cumpriu dois mandatos e não se sabe qual benfeitoria importante fez pela população, exceto festas de arromba no Balneário de Guriri e a peso de ouro em suas contratações. Ele é empresário de entretenimento.
Em tempo: Esteve preso pela Polícia Federal, mas foi solto pela Justiça e reassumiu o mandato até o fim. Continua solto e é candidatíssimo a deputado estadual.Vai entender!
Uma sentença, um prêmio.
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Faísca Parlamentar
O vereador Léo Monjardim (Novo) subiu à tribuna da Câmara, na sessão de quarta-feira (3) e soltou os cachorros para cima do ex-deputado federal, Carlos Manato(sem partido). Monjardim, que é líder do prefeito Pazolini e pré-candidato ao Senado, soube que Manato questionou a sua pré-candidatura alegando que ele é quem deveria disputar uma das vagas ao Senado como representante da direita capixaba. Teria dito que Monjardim não tem voto suficiente para se eleger.
Léo Monjardim não deixou barato e disparou a sua metralhadora pontuando todos os vacilos de Manato, quando candidato ao governo, dizendo ser desqualificado, despreparado e o desafiou para um debate sobre qualquer assunto. Disse que Manato não pensa no Estado, na cidade e nem na população. Pensa se eleger para abrigar a família sob o manto de um mandato e que só aparece para a política em época de eleição.
Monjardim disse que vai disputar o pleito para o Senado e que para a outra vaga dará seu voto para Maguinha Malta (PL). Para muitos, o partido Novo está muito bem representado para as eleições de 2026.
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Finalmente!
Acabou a “operação iô-iô”. O prefeito de Vila Velha, Arnaldinho Borgo definiu sua nova casa política, o PSDB, para participar do pleito – dizem as boas e más línguas – ao governo.
Já esteve de braços dados com o governador Renato Casagrande (PSB), dando a impressão que poderia se filiar ao seu partido e até “cavar” espaço ao lado (ou na frente), do vice-governador Ricardo Ferraço (MDB), que é “oficialmente” o pré-candidato de Casagrande ao governo. Arnaldinho ficou nesse sobe e desce, realizando várias articulações para obter um lugar ao sol na seara do governador. Teria criado confusão no antigo partido, Podemos, e depois no União Brasil, além de trazer constrangimentos à base aliada ao Palácio Anchieta.
Arnaldinho é pré-candidato supostamente na disputa do Anchieta, mas para algumas lideranças políticas ouvidas, sua intenção pode ser compor na chapa com o Ricardo Ferraço. No novo partido, PSDB, acredita ser uma possível realidade, mas já chegou chegando e protagonizando um incêndio na nova casa, para desespero dos membros qua lá estavam fazia muito tempo. Tem alguns até históricos. Ele entrou por uma porta e muitos estão saindo por outra.
Com o aval do “padrinho” Aécio Neves, presidente da legenda em nível nacional, que desapareceu no vendaval que o arrastou para seu lugar de mero coadjuvante na Câmara dos Deputados, Arnaldinho está “nesse” PSDB, É fato.
Vamos aguardar os desdobramentos dessa situação nos próximos capítulos. Enquanto os bombeiros não chegam, o “incêndio” continua…
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Blindagem e Hipocrisia
O PT e seus aliados na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), em seus dicursos, falam estar querendo apurar a roubalheira ocorrida no INSS. Esse desejo fica no discurso, porque na prática blindam todos aqueles convocados a depor e que possam falar mais do que devem, com reprovação dos requerimentos. Na última sessão da CPMI neste ano (continua em fevereiro), o PT e os aliados do governo Lula, reprovaram a convocação de representantes de bancos, do presidente da AGU (Messias) e o Lulinha, filho do presidente da República. Frei chico também foi blindado. Mas, aprovaram a convocação do governador de Minas Gerais, Zema.
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Livro e Polêmica
Já está disponível o livro do escritor e jornalista Maciel de Aguiar – “Matou um Negro Ladrão”. O lançamento aconteceu dia 26 de novembro, em Vitória e já está virando motivo de muita conversa. No lançamento foi “anotada” a ausência de muitos daqueles que deveriam lá estar. No meu caso, tenho duas justificativas. Primeiro não tenho preconceito em divulgar fatos, principalmente aqueles dos quais sou testemunha e, segundo por não estar na capital no dia do lançamento. Sou admirador das obras do amigo, o renomado escritor e jornalista, Maciel de Aguiar.
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Pode Isso, Arnaldo?!

Não, não pode.
Um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), viajar em jatinho particular para assistir uma final de Libertadores da América entre Palmeiras e Flamengo, acompanhado de um advogado do Banco Master, protagonista de um dos maiores escândalos financeiros. E, na véspera, o ministro determinar sigilo sobre o caso.
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RESUMÂO
Incompetência? – As estatais obtiveram lucro no período em que o Jair Bolsonaro era o presidente do Brasil. O governo petista do presidente Lula entrou e as estatais voltaram a dar prejuízo. O rombo nos Correios é o símbolo da incapacidade ou … de gestão do atual governo. /// Fato – O escritor e jornalista Maciel de Aguiar, em seu recente livro lançado mês passado, relata um fato acontecido em São Mateus, quando um reitor da Ceunes-Ufes, matou um jovem negro de 16 anos que se ateveu a subir em uma mangueira e “roubar” uma manga. Na ocasião foi dito que a arma havia sido comprada recentemente e essa fora a primeira vez usada pelo seu proprietário. /// Guriri – Muitos prefeitos passaram e o Balneário de Guriri, em São Mateus, tem sofrido durante todos esses anos, com alagamentos e abandono. Guriri costumava ser lembrado apenas nas festas de final de ano e no carnaval. Agora, com a nova gestão, o balneário mateense passou a ser olhado com mais atenção e responsabilidade. Marcus Batista (Podemos), o prefeito, tem realizado com a sua equipe, várias intervenções naquilo que compete ao poder público municipal. /// Perseguição? – Fato é que o ex-presidente Jair Bolsonaro sofre de perseguição cujo objetivo é não permitir que disputa a próxima eleição. Sem motivo para estar preso e condenado como foi, fica claro o medo que a esquerda e o poder atual tem medo da sua capacidade político-eleitoral. /// Estranho – Filipe Martins, um inocente preso e condenado. /// Papo furado – Golpe não houve. É ficção. Ponto final.
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