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Planalto rebate ministro e nega aumento do Bolsa Família

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Em nota, a Casa Civil negou que haja estudos dentro do governo para reajustar o benefício, como dito pelo ministro do Desenvolvimento Social em entrevista mais cedo.

Brasília / DF

A Casa Civil negou, nesta sexta-feira (7/2), que o governo esteja estudando um aumento do Bolsa Família, como anunciado pelo ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, em entrevista mais cedo. Segundo a pasta, ligada diretamente à Presidência da República, o tema não está na pauta e nem será discutido.

“A Casa Civil da Presidência da República informa que não existe estudo no governo sobre o aumento do valor do benefício do Bolsa Família. Esse tema não está na pauta do governo e não será discutido”, diz a nota enviada à imprensa pelo órgão.

Dias comentou, em entrevista à agência de notícias Deutsche Welle, publicada nesta sexta, que vai preparar um relatório entre fevereiro e março sobre um possível reajuste no benefício, citando que houve um aumento no preço dos alimentos. 

“Como nós trabalhamos com a perspectiva de um ano inteiro, vamos ter que reunir todo mundo da Caisan (Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional) para tomar uma decisão dialogando com o presidente, porque isso repercute. Será um ajuste? Será um complemento na alimentação?”, comentou o ministro.

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Questionado se o reajuste é uma opção, Dias respondeu: “Está na mesa. A decisão vai ser tomada até o final de março”. A fala pegou o governo e a Fazenda de surpresa.

Temor com aumento de gastos

O mercado reagiu mal à fala de Wellington Dias, que contribuiu para o fechamento do dólar em R$ 5,7936, com alta de 0,52%, e queda de 1,27% da Ibovespa, maior bolsa brasileira. Houve pressão também pelo cenário externo, com temores sobre a guerra de tarifas promovida pelo governo Trump, dos Estados Unidos.

Um aumento no Bolsa Família necessitaria de mudanças no Orçamento de 2025 para ser implementado, e representaria mais gastos para o governo, na contramão do ajuste fiscal cobrado por operadores do mercado.

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* Informações do Correio Braziliense – Conteúdo

* Foto/Destaque: Marcelo Camargo / Agência Brasil

 

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STF volta a julgar revisão da vida toda do INSS

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Os ministros vão julgar recurso para esclarecer a decisão, que, em março do ano passado, derrubou a tese favorável à revisão dos benefícios

Brasília / DF

O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma nesta sexta-feira (14) o julgamento que trata da revisão da vida toda de aposentadorias do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A análise do caso será iniciada às 11h, no plenário virtual da Corte.

Os ministros vão julgar recurso para esclarecer a decisão, que, em março do ano passado, derrubou a tese favorável à revisão dos benefícios.

Na ocasião, o Supremo reviu seu próprio entendimento que autorizou a revisão da vida toda de aposentadorias. Por 7 votos a 4, os ministros decidiram que os aposentados não têm direito de optar pela regra mais favorável para recálculo do benefício.

Na sessão virtual de hoje, os ministros vão julgar um recurso apresentado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM), uma das entidades que fazem parte do processo.

A entidade alega que a Corte mudou seu próprio entendimento sobre a questão e pede a exclusão da proibição dos aposentados que entraram com ações revisionais na Justiça até 21 de março de 2024, data na qual o Supremo fixou que a revisão da vida toda não tem validade.

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A mudança de entendimento ocorreu porque os ministros julgaram as duas ações de inconstitucionalidade, e não o recurso extraordinário no qual os aposentados ganharam o direito à revisão.

Ao julgarem constitucionais as regras previdenciárias de 1999, a maioria dos ministros entendeu que a regra de transição é obrigatória e não pode ser opcional aos aposentados conforme o cálculo mais benéfico.

A deliberação virtual vai até o dia 21 deste mês.

AGU defende rejeição do recurso

Em parecer enviado ao STF, a Advocacia-Geral da União (AGU) defendeu a rejeição do recurso por entender que não há ilegalidade na decisão.

Para o órgão, o recurso busca reverter a decisão da Corte que impede a revisão dos benefícios, medida que não pode ser realizada por meio dos embargos de declaração, tipo de recurso utilizado.

Vale rememorar que os dados contábeis apresentados registram informações prestadas por órgãos técnicos do governo federal, em especial pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e por secretarias especiais dos ministérios da Fazenda e da Previdência Social acerca do expressivo impacto financeiro nos cofres públicos e, ainda, do impacto administrativo-operacional que decorreriam do eventual acolhimento da pretensão da embargante, justificou o órgão.

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Entenda o caso

Em 2022, quando o Supremo estava com outra composição plenária, foi reconhecida a revisão da vida toda e permitido que aposentados que entraram na Justiça pudessem pedir o recálculo do benefício com base em todas as contribuições feitas ao longo da vida.

O STF reconheceu que o beneficiário pode optar pelo critério de cálculo que renda o maior valor mensal, cabendo ao aposentado avaliar se o cálculo de toda vida pode aumentar ou não o benefício.

Segundo o entendimento, a regra de transição feita pela Reforma da Previdência de 1999, que excluía as contribuições antecedentes a julho de 1994, quando o Plano Real foi implementado, pode ser afastada caso seja desvantajosa ao segurado.

Os aposentados pediram que as contribuições previdenciárias realizadas antes de julho de 1994 sejam consideradas no cálculo dos benefícios.

Essas contribuições pararam de ser consideradas em decorrência da reforma da previdência de 1999, cujas regras de transição excluíam da conta os pagamentos antes do Plano Real.

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* Informações Agência Brasil

* Foto/Destaque: Estátua do STF / Crédito: Marcello Casal Júnior / Agência Brasil

 

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