Cultura
Raridades do Arquivo Público de Vitória estão em rede global de bibliotecas
CIDADES
Por Edlamara Conti* – Vitória/ES
Documentos raros do Arquivo Público Municipal, alguns dos tempos da Villa de Nossa Senhora da Victoria, já estão disponíveis on-line para pesquisadores, estudantes, escritores e curiosos de todo o mundo. O acervo, formado por documentos oficiais, manuscritos, legislações, livros, jornais, revistas, acervos fotográficos, audiovisuais e cartográficos, está sendo cadastrado na plataforma Pergamum, que reúne mais de 10 mil bibliotecas de todos os continentes.
O trabalho foi iniciado neste ano e já estão indexados quase 300 itens do acervo cartográfico, que contém 6.543 documentos, entre mapas, croquis e plantas arquitetônicas. A previsão é concluir esta etapa até maio de 2026. Posteriormente serão indexados os acervos fotográficos (18.544 itens, de 1900 a 2000) e de jornais (quase 14.785 exemplares, de 1800 a 1979).
O trabalho será contínuo e avançará para outros tipos documentais, como os audiovisuais (2.905 itens) e revistas (861 itens), além dos documentos manuscritos (180 caixas de arquivo, de 1789 a 1908); livros; legislações municipais (desde o séc. XVIII); e acervo dos prefeitos (de 1909 a 2012).
Relíquias do Século XIX
Entre as primeiras peças indexadas estão os croquis de um pontilhão sobre o Córrego do Reguinho (1835) e um quiosque (1895) na Praça Costa Pereira. Desenhados à mão, sobre papel cartão, com lápis ou com giz de cera, revelam a praça em uma configuração completamente diferente da atual. Estes documentos singulares, cuidadosamente preservados, são um convite a uma viagem no tempo.
Um pouco mais recente, é o projeto de remodelação da Cidade Alta, de 1940, que contempla obras da nova Rua Dionísio Rezende e trecho da Rua Domingos Martins, onde está a Catedral. Uma época de mudanças e efervescência na capital, refletida no urbanismo e na vida cotidiana.
Guardião da História Oficial
O Arquivo Público Municipal preserva todo tipo de documento oficial, como leis, ofícios, recolhimento de impostos, contratos, compras, recibos, prestação de contas e etc. O item mais antigo é uma Carta Régia, relativa ao abastecimento de donativos às embarcações do Rio de Janeiro e Bahia, escrita por D. João IV em 1646. Também integra o acervo o edital informando que o imperador D. Pedro I elevou a Victoria de Villa para Cidade em 2 de Novembro de 1823.
O número de documentos arquivados é dinâmico, por vários fatores. Uma grande parte do acervo é temporária, formada de processos administrativos e de gestão de pessoal. Outro fator é a contínua entrada de documentos oficiais, assim como obras culturais e acadêmicas produzidas a partir de pesquisas possibilitadas pelo Arquivo.
Estima-se que, dispondo todas as caixas de arquivo histórico (não temporário), mais de 1.500 caixas, o resultado seria cerca de 2.550 metros lineares de documentos oficiais. Nesta soma não estão incluídos itens como livros, mapas, projetos, croquis, entre outros.
Rede global de pesquisas
Todo o material contendo detalhes da história do município será cadastrado (ou, na linguagem técnica, descrito e indexado à) na Plataforma Pergamum e poderá ser acessado por pesquisadores, estudantes, gestores públicos e organizações em geral de 49 países.
O Pergamum foi lançado em 1996, para criar uma rede de bibliotecas no Brasil. O sistema, que pertence à Associação Paranaense de Cultura e é gerenciado pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná, evoluiu para o gerenciamento de acervos bibliográficos. Atualmente, estão cadastradas obras de instituições de ensino Fundamental, Médio e Superior, órgãos públicos, como tribunais, ministérios, governos estaduais e prefeituras, museus, arquivos e organizações em geral.
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* Prefeitura de Vitória / Comunicação – Conteúdo
* Foto/Destaque: Divulgação / PMV
CIDADES
Prefeitura garante posse do Estádio do Sernamby e avança em modernização na prática esportiva
Por Paulo Roberto Borges* – São Mateus / ES
Em pouco mais de dez meses de gestão municipal, o prefeito do município de São Mateus, Marcus Batista (Podemos) tem executado ações importantes no resgate da autoestima dos cidadãos e a desapropriação do Estádio do Sernamby, palco e símbolo de grandes conquistas do futebol mateense, é uma dessas iniciativas em prol do desenvolvimento da cidade de São Mateus no setor do esporte e lazer. Anteriormente já havia desapropriada a área do antigo Greca que estava abandonada há mais de 20 anos.
O projeto de desapropriação do estádio foi encaminhado e aprovado pela Câmara de Vereadores na sessão da última segunda-feira (10). O projeto consolida a posse definitiva da área e foi uma desapropriação amigável firmado entre o Município e a Mitra Diocesana, que há décadas detinha o domínio útil do terreno. Com a aprovação do projeto, a área — que compreende mais de 13 mil metros quadrados, incluindo arquibancadas, centro educativo, casa dos escoteiros e casa do vigilante — passará oficialmente ao patrimônio municipal.
Para o prefeito Marcus Batista, a sua iniciativa é importante para iniciar um projeto de reestruturação e modernização do futuro Estádio Municipal de São Mateus que será instalado no local. “É mais um espaço esportivo. O Campo do Sernamby faz parte da história da cidade, da identidade de quem cresceu vendo os jogos e participando da vida comunitária. Nosso compromisso é devolver esse espaço à altura do que São Mateus merece”, afirmou entusiasmado o prefeito.
O projeto prevê a ampliação e adequação das instalações para atender a diferentes modalidades esportivas, além de criar áreas multiuso para eventos e atividades comunitárias. A reestruturação permitirá ao município sediar competições regionais e estimular o esporte amador e escolar, impulsionando também o comércio e o turismo local.
Para viabilizar a desapropriação de forma amigável, a Prefeitura entregará à Mitra Diocesana três terrenos públicos localizados em Guriri — nos loteamentos Residencial Bom Jesus e Residencial Mar Aberto — com áreas que somam cerca de 27 mil metros quadrados. Esses terrenos foram avaliados pela comissão técnica e aprovados como compensação justa pela área urbana do Sernamby, hoje reconhecida como estratégica para o desenvolvimento urbano e esportivo da cidade.
Com a regularização jurídica e a posse definitiva do campo, o Município abre caminho para novos investimentos estruturais. Além do Sernamby, a operação traz reflexos positivos para outras localidades, como Guriri, que recebe a valorização das áreas destinadas à Mitra, fortalecendo o ordenamento territorial e ampliando o potencial de desenvolvimento urbano na região.
“Essa é uma solução que valoriza o patrimônio público, respeita a história e garante benefícios concretos para toda São Mateus. O esporte é uma ferramenta poderosa de integração social, e estamos colocando isso no centro das políticas públicas”, reforçou o prefeito Marcus Batista.

O lendário Estádio do Sernamby – Foto: Reprodução
A História do Lendário Estádio do Sernamby
O Estádio Sernamby foi inicialmente idealizado para ser um centro comunitário. O centro contava com salas de aula para cursos de graça e um campo de futebol, onde treinava a Associação Atlética Paroquial, hoje São Mateus. O início foi no dia 13 de dezembro de 1963, quando a comunidade do bairro Sernamby se reuniu a seus líderes e decidiu iniciar a construção de um centro recreativo. Oito dias após essa reunião, o grupo conseguiu a doação de um terreno para a obra, uma área de 16 mil m², cedida pelo prefeito Otívio de Almeida Cunha que apostou também no movimento da comunidade.
A campanha teve ampla repercussão entre outras autoridades da cidade. Uma delas, o então bispo Dom José Dalvit deu sua aprovação ao movimento, colocando-se a inteira disposição da comunidade do Sernamby para ajudar no que pudesse. Com o trabalho incontestável de vários elementos do bairro e o dinamismo de Padre Antônio Pianca, o Centro Educativo e Recreativo foi inaugurado a 5 de março de 1965. As instalações do centro contavam com três salas de aula, uma sala para a escola de datilografia e um amplo salão para reuniões e festas da comunidade. Anexo ao campo havia um sobrado em dois pavimentos que era utilizado como vestiário e alojamento para os jogadores do time.

Estádio do Sernamby em seus dias de glória e São Mateus campeão capixaba
Sobre a administração do presidente Antônio Bravim, o estádio teve concluída da construção do muro que o cerca. O alambrado e o primeiro lance de arquibancadas foram construídos no ano de 1975, na administração de Ebes Lima Guimarães. Foi na administração de Ebes que houve a fusão do time, que hora se chamava Associação Atlética Desportiva com o Centro Educativo Recreativo. Como resultado da fusão, o clube passou a se chamar Centro Educativo Recreativo Associação Atlética São Mateus, nome que permanece até hoje.
No ano de 1996 houve a conclusão do segundo lance de arquibancadas, num movimento que ficou conhecido como “Campanha do Cimento”, onde líderes políticos, empresários e torcedores se mobilizaram para a conclusão da arquibancada. Após a conclusão da expansão, o clube conseguiu, no ano de 1998, junto ao Governo do Estado, um sistema de iluminação, que foi utilizado até recentemente.
Em 2004, na administração do presidente Paulo Nardoto, um novo lance de arquibancadas foi construído atrás do gol que fica na rua Monsenhor Guilherme Schmidt, ampliando a capacidade do estádio para 7.500 pessoas. Em 2011, o estádio teve sua capacidade reduzida para 4.600 pessoas sentadas para a disputa do Campeonato Brasileiro da Série D de 2011. Em 2013, a diretoria do São Mateus cogitou a venda do estádio devido à interdição das arquibancadas e crise financeira do clube, porém a venda não foi realizada.
O estádio possuía capacidade para 3.854 pessoas até 2016 devido interdição de parte da arquibancada. Após reformas, teve sua capacidade liberada para 4.500 pessoas para utilização do São Mateus no Campeonato Capixaba de 2017.
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* Com informações da Prefeitura / Comunicação
* Foto/Destaque: Reprodução / PMSM
* Pesquisa: Wikipédia – Google
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