Lançamento de Livro
Maciel de Aguiar lança nesta quinta-feira (24), em Vitória, mais uma obra literária: “O Velho Lobo do Mar”
Educação & Cultura

Um dos mais renovados escritores capixabas, Maciel de Aguiar, está lançando mais uma obra de sua vasta produção literária. Desta vez é o livro O Velho Lobo do Mar.
O evento de lançamento será nesta quinta-feira (24), no Centro Cultural Triplex Vermelho, na Praça Costa Pereira, no centro Vitória, às 19 horas.
O escritor e sua mais recente obra ¨O Velho Lobo do Mar
O livro conta a história de um aventureiro marinheiro brasileiro, nas décadas de 1930 e 1940, que mergulhava para a Marinha dos EUA, na Segunda Guerra Mundial, armando e desarmando mina submarina, além de consertar hélices e soldar cascos de navios de longo curso e outras embarcações, muitas vezes com o mar infestado de tubarões. E, nas noites de farras com outros marinheiros, principalmente nos cabarés em vários portos do mundo, gostava de contar que enfrentava os ferozes tubarões “chutando ou batendo com uma madeira na ponta de seus bicos e eles fugiam com medo”, o que, se não fosse falado por aquele velho lobo do mar, poderia ser interpretado como mais uma “inverosímil história de pescador”.
O certo é que ele navegou por todos os oceanos, enfrentou as mais violentas tempestades, e, quando aportava, balançava o corpo de um lado para o outro; vivenciou muitas noitadas de bebedeira em cabarés, testemunhou incontáveis brigas, sobretudo de marinheiros ingleses, franceses, norte americanos e porto-riquenhos; participou de competições de mergulho livre, em apneia, além de luta de boxe, queda de braço; fumava charutos cubanos e virou comandante de grandes embarcações. Foi náufrago por três vezes e, em um desses naufrágios — no cargueiro Cerro Ancón, com bandeira do Panamá, supostamente torpedeado por submarinos alemães — permaneceu à deriva em alto mar, no Oceano Atlântico, durante quatro semanas, sobre algumas pranchas de madeira junto com seis companheiros que não tiveram a mesma sorte e foram devorados pelos implacáveis assassinos dos mares. Em 1936, em um cabaré em Habana Vieja, conheceu outro aventureiro, o escritor norte-americano Ernest Hemingway, de quem se tornou amigo, e ambos ouviram e testemunharam, em uma praia de Cuba, um velho pescador contar que havia pescado um monumental peixe e o matou após dois dias de uma luta tenaz, amarrando-o ao barco, mas os famintos tubarões comeram mais da metade de suas carnes, e, também, o ajudaram a trazer o enorme esqueleto ao lado da canoa para a terra firme.
Anos depois, aquela história originou o célebre livro O velho e o mar, que Ernest Hemingway publicou, em 1952, e o ajudou a ganhar o Prêmio Nobel de Literatura de 1954; nessa época, o marinheiro e mergulhador havia abandonado a vida mundana e estava de volta ao Brasil; foi fabricante de sapatos no Rio de Janeiro e, meses depois, montou o Bar Tupy, na cidadezinha de Conceição da Barra, norte do Estado do Espírito Santo, e se notabilizou na produção de picolés, refrescos e sorvetes com as frutas da estação; também mantinha um pequeno palco nos fundos do estabelecimento, onde — the best of the night — ele contava as suas aventuras mundanas para os habitués notívagos, poetas, seresteiros, boêmios e demais frequentadores.
Porém o mais surpreendente ocorreu após ambos serem acometidos pelas mesmas doenças — hipertensão, depressão e diabetes, morando a milhares de quilômetros de distância e havia décadas que não se falavam —, quando beijaram a face da eternidade, no mesmo dia e mês, tomando a mesma e dolorosa decisão de precipitar o fim de suas vidas.
E, se você se emocionou com a leitura de O velho e o mar, do consagrado escritor Ernest Hemingway, por certo também irá se emocionar ao ler O velho lobo do mar, de Maciel de Aguiar — filho do aventureiro marinheiro e mergulhador —, que, por mais uma provável coincidência ou benevolência do destino, também foi indicado ao Prêmio Nobel de Literatura.
Como adquirir o Livro
A quem interessar possa, o autor está disponível para realizar lançamentos, fazer palestras e participar de podcasts sobre seu novo livro.
Preços do exemplar: 80,00 nos lançamentos 100,00 nas livrarias 100,00 pela Internet + frete. Memorial Editora [email protected] WhatsApp 27-999881257 Acompanhe pelo Instagram @escritormacieldeaguiar
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- Fotos: Reprodução / Redes Sociais

Educação & Cultura
IJSN celebra dez anos do reconhecimento do Congo como Patrimônio Imaterial do Espírito Santo

Por Stefhani Paiva Lima*
Vitória / ES
O Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), por meio da Coordenação de Estudos Sociais, divulgou o IJSN Especial Congo Capixaba, em celebração aos dez anos do reconhecimento oficial das Bandas de Congo como Patrimônio Imaterial do Espírito Santo.
Originado do entrelaçamento de culturas africanas, indígenas e europeias, o Congo é uma manifestação que ultrapassa o campo artístico: é uma expressão de identidade, resistência e fé. As Bandas de Congo representam não apenas um legado cultural, mas também uma forma de organização comunitária que atravessa gerações, transmitida pela oralidade e pela vivência nos festejos.
Com presença marcante em diversas regiões do Estado, as Bandas de Congo têm uma estrutura própria, com mestres, capitães, reis, rainhas e músicos que conduzem a musicalidade, as toadas, os rituais religiosos e a Festa do Mastro — um dos pontos altos da devoção popular.
A pesquisa destaca a pluralidade de práticas, como o uso de instrumentos tradicionais (casacas, tambores, chocalhos) e a forte conexão com a religiosidade católica popular, como na devoção a São Benedito e à Nossa Senhora da Penha.
De acordo com o IJSN Especial Congo Capixaba, existem 61 bandas de congo no Espírito Santo. A publicação destaca a distribuição dessas bandas por município. O número de bandas de congo apresentado se refere às identificadas em um levantamento realizado pelo Atlas do Folclore Capixaba (2009). O documento ressalta que o quantitativo apresentado pode variar conforme o critério adotado, como a inclusão de bandas mirins, adormecidas, ou grupos formados em projetos educativos e sociais.
A publicação também retrata o processo de luta por reconhecimento e salvaguarda. Desde 2015, com a promulgação da Lei nº 10.363, o Congo passou a ser protegido como patrimônio estadual. Em 2024, foi dado um novo passo com o encaminhamento do pedido ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para o reconhecimento em nível federal.
O movimento, liderado por congueiros, pesquisadores e militantes culturais busca consolidar políticas de valorização das tradições afro-indígenas e ampliar o acesso às ações de fomento e preservação.
A íntegra do estudo está disponível no site do IJSN: https://ijsn.es.gov.br/Media/IJSN/PublicacoesAnexos/S%C3%ADnteses/IJSN%20Especial%20-%20Congo%20Capixaba.pdf
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* IJSN / Comunicação – Conteúdo
* Foto/Destaque: Reprodução / IJSN
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